Reuters
30/04/2001 - 16h58

Quatro palestinos morrem em atentados no Oriente Médio

da Reuters, em Jerusalém

Uma nova onda de violência marcou hoje o Oriente Médio, enquanto o ministro do Exterior de Israel, Shimon Peres, iniciava uma visita aos Estados Unidos para debater o plano de paz apresentado pelo Egito e pela Jordânia.

Uma bomba explodiu em um carro de propriedade de uma assentamento judaico na faixa de Gaza, matando um palestino e ferindo outro, segundo o Exército israelense.

Na cidade de Gaza, uma van explodiu dentro de uma garagem, matando dois palestinos e ferindo outros três que estavam em um prédio vizinho. Segundo a polícia, as circunstâncias não foram esclarecidas.

Na Cisjordânia, um palestino de 38 anos foi morto a tiros na aldeia de Hableh. Ele seria um agente a serviço de Israel.

O Exército de Israel disse que dois soldados feriram dois palestinos que dispararam de um carro perto do assentamento de Avnei Hefetz, na Cisjordânia.

Em outro caso, um palestino feriu uma mulher a facadas no assentamento judaico de Ganim.

Enterro simbólico

Milhares de palestinos participaram hoje de um funeral simbólico em Nablus de um terrorista suicida que morreu num ataque contra um ônibus escolar no domingo.

``A Jihad (guerra santa) contra Israel continuará'', gritava a multidão, enquanto dezenas de homens mascarados, com explosivos fictícios amarrados ao corpos, mostravam a promessa do Hamas [movimento islâmico palestino] de mandar dez suicidas para Israel.

Os lados culpam-se mutuamente pelos conflitos que, desde setembro, já deixaram mortos pelo menos 398 palestinos, 75 israelenses e 13 árabes-israelenses.

Visita aos EUA

Shimon Peres deverá iniciar sua visita aos Estados Unidos com um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan. Ele tem reuniões marcadas com o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, na quarta-feira, e com o presidente George W. Bush, na quinta-feira.

O porta-voz Arye Mekel disse que Israel apresentou reservas ao plano do Egito e da Jordânia.

``A principal é que antes de tudo deve haver o final completo da violência contra nós. Só então poderemos retornar à mesa de negociação'', disse Mekel.

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