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24/06/2003 - 03h00

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da Folha de S.Paulo

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CAPA

Quero parabenizá-los pelo excelente Sinapse sobre avaliações. Considero de fundamental importância para a educação leituras como as que nos proporciona esse caderno.
Rosana Soares Bertocco Parisi
Poços de Caldas, MG

Excelentes as colocações feitas na reportagem "Exame é uma bomba?". Mas concluo que ela apenas levanta e bombardeia a questão da avaliação. Não encaminha idéias, infelizmente, para ocorrer algum avanço nessa área. Primeiramente, porque são expostas opiniões de doutores teóricos que, muitas vezes, nunca entraram numa sala de aula do ensino médio, exceto quando eram alunos. Por outro lado, expõe opiniões de sucessos ou insucessos de alunos ou professores sem experiência. Com exceção feita à professora Regina Mendes Zaidan, não houve nenhuma colocação clara sobre o problema da avaliação. Enquanto não ocorrer algum aperfeiçoamento na estrutura do ensino, ficaremos sempre pintando as paredes rachadas com críticas que não passam de "pedras" atiradas ao telhado.
Olímpio Rudinin Vissoto Leite
Santos, SP

Li atentamente a reportagem sobre avaliação. Gostei do trabalho, mas gostaria de fazer algumas observações: a) os exemplos usados na reportagem centraram-se nas exceções, e não no cotidiano da sala de aula; b) há no cotidiano das escolas e das universidades uma massa crítica muito preocupada com o processo de avaliação; c) São Paulo tem bons especialistas em avaliação que não foram ouvidos. Penso que a reportagem poderia ter explorado mais a posição dos pais, pois a relação entre escola e família muitas vezes impede o desenvolvimento mais rápido de novas práticas pedagógicas.
Jonival Côrtes
Campinas, SP

Amei o artigo "Professores e inspiradores", de Barbara Gancia. Gostei especialmente da referência e homenagem ao professor de gramática e literatura inglesa. Como sou professora, gostaria também de ser lembrada tão carinhosamente. De vez em quando, encontro ex-alunos dos quais me orgulho. Ainda bem que o magistério não é em vão.
Nazareth Lemos Maldonado Peres
São Paulo, SP

ESTÁGIO

Boa reportagem a respeito de estágios. Gostaria de comentar que seria interessante que a resolução do Conselho Estadual de Educação sobre estágio [que especifica, entre outras normas, carga horária e responsabilidade de supervisão] aplicada ao ensino médio fosse aplicada aos cursos de nível superior. Dessa forma, evitaríamos o desvirtuamento da prática do estágio.
Shigueharu Matai, coordenador de estágio da Escola Politécnica da USP
São Paulo, SP


Muito oportuna a reportagem "O trabalho que não ensina". Estágios cumprem, primordialmente, uma função pedagógica, e desvios precisam ser encarados como problemas sérios e equacionados por meio de ações apropriadas. A Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), citada, mas não ouvida pela reportagem, administra há mais de 20 anos um programa de estágios voltado para o setor público do Estado de São Paulo. O programa inclui avaliações periódicas para, entre outros objetivos, identificar e sanar eventuais desvios, como os apontados pela matéria. Acreditamos que discussões maduras e consistentes, como as que aconteceram no Encontro Nacional de Estágios, constituam uma importante estratégia para aperfeiçoar os estágios no Brasil.
Silvia de Almeida Prado Sampaio, superintendente técnica da Fundap
São Paulo, SP


TESTE

Gostaríamos de dizer que respondemos o teste de política ambiental e que foi bom, pois tratar desse tema é sempre relevante. Mas ele revela uma arrogância. Perguntamos: como ficariam os aracnídeos, os anfíbios e as inúmeras aves e espécies insetívoras se ocorresse o "extermínio" dos pernilongos? Algumas árvores iriam preferir um abraço frio e impessoal a serem dilaceradas por uma motosserra. Sugerimos que o autor faça uma leitura ou releitura da "Ética" de Spinoza.
Célio M. Ferreira e Sílvio de Lima
São Paulo, SP

SISTEMA DE COTAS

Sobre o sistema de cotas, devo reconhecer que é uma ótima intenção. Porém, esse sistema demonstra que não é tão eficiente quanto deveria ser. O governo deveria criar um número de vagas especiais e exclusivas para alunos negros, pardos e vindos de escolas públicas. Desse modo, os estudantes brancos não seriam prejudicados, e a integração daqueles alunos nas universidades ainda seria garantida, diminuindo, assim, as desigualdades entre grupos étnicos e entre diferentes grupos sociais.
Luana Castro de Souza Marotta
Belo Horizonte, MG

MUSEUS

Gostaria de cumprimentá-los por incluir com constância reportagens sobre museus parceiros da educação. No último número, há uma boa reportagem sobre museus de ciências como espaços privilegiados para o aprendizado das crianças.
Arilza de Almeida, diretora-substituta do Museu do Índio e chefe do serviço de atividades culturais
Rio de Janeiro, RJ


CAMINHO DAS PEDRAS

Fiquei surpreso com a reportagem de jazz. Se alguém não "entendia" o jazz, lendo o texto vai entender menos ainda. Os comentários de certos músicos consagrados sobre entender ou não o gênero referem-se ao entendimento de qualquer tipo de arte. Para o autor, entender jazz é saber quem é quem na sua história. Mesmo quem só ouve as músicas, ou só contempla obras de arte, tem um aprendizado gradual. Ninguém falou que o jazz é incompreensível (se não, para que ele existe?). Mas sua compreensão não é um "claro ou escuro". Há matizes.
Marcos Quigna
Ribeirão Preto, SP

SABOR DO SABER

A inocência de Rubem Alves está a ponto de fazê-lo cair no fosso do ridículo. Chamar o vestibular de "câmara de tortura" até que dá para engolir. Afinal de contas, todo o sistema educacional propedêutico, pré-universitário, no mundo todo, é enfiado goela abaixo da criança e do adolescente até que se profissionalizem e arrumem um emprego ou caiam por inteiro no mundo da marginália criminal, miserável, alucinógena ou assistencial. Agora, esse papo de sorteio para a seleção de futuros universitários só pode ser pura piada.
Luiz Alberto de Lima Nassif
São Paulo, SP

É com muito prazer que leio as colunas de Rubem Alves, pela sua sensibilidade ímpar de fazer analogias tão ricas e gratificantes... Muito obrigada pela sua existência, que nos "premia" com mensagens altamente estimuladoras e positivas dentro desse caos urbano.
Mônica Azevedo
São Paulo, SP

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