17/02/2004 - 03h26

Jovens e experientes

CAROLINA CHAGAS
free-lance para a Folha de S.Paulo

A carreira médica é uma espécie de corrida de obstáculos sem fim: um vestibular superdisputado, pelo menos seis anos de estudo, exame para a residência (10 mil formandos para 6.000 vagas no país), especializações, montagem de consultório, pesquisa, atualizações...

Um grupo reduzidíssimo chega à ponta desse funil, com brilhantismo, ainda jovem, antes dos 45 anos. São profissionais apontados pelos seus pares como "geniozinhos", médicos que conseguiram aliar atendimento ao paciente (a chamada "clínica") e pesquisa, que não abandonaram os estudos e que pertencem às equipes dos melhores hospitais do país.

Para selecionar dez profissionais desse grupo seleto, o Sinapse ouviu 23 especialistas renomados das mais variadas áreas da medicina, que apontaram seus "preferidos", mas sem se identificar. Nenhum deles apontou assistentes ou pessoas de suas próprias equipes. "O mercado médico é muito competitivo, e temos muitos jovens promissores. Indicar este ou aquele nome vai gerar muita ciumeira", explicou um dos entrevistados.

Alguns traços se repetem entre muitos dos "top ten": mais da metade é filha de médicos, desde crianças sabiam o que queriam fazer da vida, estudaram em ótimos colégios, escolheram as especializações cedo e investiram muito nelas, tiveram experiência no exterior, estão sempre pesquisando, publicando artigos e —característica pouco valorizada ultimamente— têm enorme respeito por seus pacientes. São profissionais que resgatam o que há de mais mítico na medicina.

Confira abaixo os dez médicos.

Cardiologia pediátrica: Marcelo Jatene

Psiquiatria: Orestes Forlenza

Oncologia/hematologia: Antonio Carlos Buzaid

Ortopedia: Erika Kalil

Cirurgia vascular: Nelson Wolosker

Oncologia/hematologia: Bernardo Garicochea

Geriatria: Fabiano Rocha

Oftalmologia: Wallace Chamon

Endocrinologia: Ana Claudia Latronico

Infectologia: Ricardo Diaz

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