27/07/2004
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03h20
Criatividade: O visionário da cooperação virtual
Heloísa Helvéciafree-lance para a
Folha de S.PauloLuiz Francisco Ribeiro Pinto, 28, trocou a faculdade por uma idéia que parecia utópica: lucrar fazendo os outros lucrarem. Em 2000, criou uma empresa que oferece inclusão digital a micro e pequenos empresários.
Fabiano Cerchiari/Folha Imagem | | Ribeiro Pinto, durante reunião com consultores da Omni Brasil Shop |
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É uma espécie de shopping eletrônico, um mercado cooperativo por meio do qual os associados têm acesso à tecnologia das lojas virtuais, fazem parcerias e participam de programas de geração de renda.
Luiz Francisco foi educado para ser dono do próprio nariz. Seu pai tem uma distribuidora de alimentos. "Meu avô e meu pai nunca tiveram carteira assinada. Fui incentivado a não trabalhar a vida toda por salário."
Quando estava no quarto ano de direito, o pai não podia mais pagar o curso —seus clientes estavam falindo. Então o estudante começou a comprar alimentos importados a crédito e a revender a mercadoria para restaurantes. Com o lucro, conseguia pagar a escola. Que logo abandonaria.
Começou a ler sobre cooperativismo, internet e economia. Criou um programa de autogestão em comércio eletrônico e daí bastou reunir quatro sócios, cada um com R$ 15 mil, abrir a empresa e persistir. "Os primeiros 18 meses foram de prejuízo, vendemos nossos carros. Eu dava palestra sobre e-commerce e alugava o equipamento que comprei para essas palestras. Já tinha investido tanto que não podia voltar."
Para Luiz Francisco, era questão de tempo. "As pessoas não enxergavam o potencial do comércio eletrônico." Os primeiros clientes indicaram outros. Hoje, a Omni Brasil Shop fatura R$ 9 milhões por ano, tem 2.000 clientes e escritórios em quatro cidades.
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