Treinamento
03/07/2009 - 17h25

Residência terapêutica é primeira casa de Cida

PEDRO ANDRADA
da Editoria de Treinamento

Pela primeira vez em seus 62 anos, Aparecida Gonçalves de Oliveira, a Cida, tem uma casa. Foi uma vida toda circulando entre orfanatos e hospitais de São Paulo.

Rafael Hupsel/Folha Imagem
A paciente Aparecida Gonçalves de Oliveira, 61, na entrada da Residência Terapêutica de Pirituba
A paciente Aparecida Gonçalves de Oliveira, 61, na Residência Terapêutica de Pirituba

Cida e mais sete mulheres moram em uma das 19 residências terapêuticas da cidade, serviço do governo em que casas comuns são destinadas a quem esteve por muito tempo em hospitais. Cida passou 29 anos no antigo manicômio Pinel. Saiu de lá em 2008 e se mudou para a casa do bairro Pirituba.

Ela se nega a falar do passado e prefere contar da sua vida atual e das idas ao bairro da Lapa, onde compra "roupas, almoço e botas".

No meio dos relatos de Cida, uma de suas colegas, Tatiane Goes, 29, interrompe a conversa para dizer que nunca conheceu seu pai, mãe e irmãos. Segundos depois, Tatiane se consola. "Mas a minha família é essa", diz, apontando para suas companheiras de casa.

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