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10/12/2010

Aeroportos mudam economia de pequenas cidades

ADRIANO FERNANDES
GUILHERME BRENDLER
VITOR SION
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A abertura de uma unidade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a instalação de um quartel do Exército e a criação de empresas em Sinop (MT) têm algo em comum: o desenvolvimento do aeroporto municipal.

A facilidade de circulação de pessoas atraiu novos empreendimentos. O aeroporto também torna a cidade um polo de atração regional. Sinop, que cresce cerca de 8% ao ano e tem 112 mil habitantes, é considerada referência para 32 municípios.

"Escolhemos Sinop pelo desenvolvimento e o aeroporto foi imprescindível nesse processo", conta Antonio João Segatto, que abriu uma loja de veículos há um mês.

O chefe-geral da sede da Embrapa, João Flávio Veloso Silva, afirma que a estatal tinha outras opções para se instalar no Mato Grosso, mas optou por Sinop "porque ela representa toda a região norte do Estado".

Desde 2009, há voos diretos entre Sinop e Cuiabá, depois de uma série de obras no aeroporto. Antes disso, os passageiros enfrentavam 500 km de estrada para embarcar na capital do Estado.

Para a prefeitura, o investimento de R$ 3 milhões nessas obras foi recompensado. "O aeroporto é a porta de entrada dos investidores. Sem as obras seria difícil a instalação de novas empresas", diz o prefeito Juarez Costa (PMDB).

Empresários que querem acelerar o desenvolvimento local afirmam que, se a prefeitura ampliar a pista do aeroporto em 400 m, qualquer aeronave poderá operar no local.

Em Araguaína (TO) ocorre o mesmo fenômeno. A fabricante de gelatinas Gelnex não construiria uma unidade no município de 120 mil habitantes se o aeroporto local não estivesse operando.

O coordenador administrativo da Gelnex, Marim Guimarães Jr., diz que as linhas aéreas permitem que engenheiros e diretores da empresa poupem tempo.

ELEFANTE BRANCO

Já Parnaíba (PI), que tem 146 mil habitantes, vive situação diferente: seu aeroporto, gerido pela Infraero, tem porte internacional, capacidade para 150 mil passageiros ao ano e a pista foi reformada em março passado.

As obras custaram R$ 18 milhões ao governo federal, e estão previstos mais R$ 7 milhões de investimento na ampliação do pátio, que será triplicado. O município, porém, não recebe voos regulares.

A cidade está localizada perto de alguns dos principais roteiros turísticos do Nordeste, como o delta do rio Parnaíba, os lençóis maranhenses e praias de Jericoacoara, no Ceará.

Empresários locais dizem que a falta de voos regulares limita o potencial turístico da região. A Azul disse que não há estatísticas comprovando que a demanda de Parnaíba justifique a criação de uma rota regular. As outras empresas não se pronunciaram.

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