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Vícios modernos
20/06/2004

FAMÍLIA ADOECE COM DEPENDENTE

DA EQUIPE DE TRAINEES

A família, ao tentar ajudar no tratamento do dependente, muitas vezes, atrapalha. A constatação é do psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, presidente do Grea.

Ele aponta duas razões para isso. A primeira é que as pessoas próximas ao usuário não sabem lidar com a situação. A segunda é que se tornam dependentes do vício dele. "Elas se acostumam com aquele indivíduo ." A solução dos dois problemas, diz Andrade, está no tratamento conjunto do paciente e de seus familiares.

É o que alguns centros de atendimento a dependentes fazem. Na clínica Maia, por exemplo, são promovidas reuniões semanais com as famílias dos internos. Segundo o diretor da clínica, Edmundo Maia, nessas famílias os papéis (mãe, filho, pai) não são bem exercidos. Se elas não forem tratadas, a recuperação do paciente é mais difícil.

Muitos dos anônimos têm um grupo paralelo destinado aos familiares. Neles, os freqüentadores aprendem a não se culpar pela dependência dos outros, a não se deixar chantagear e a impor os limites necessários.

Também no tratamento de compulsões, a colaboração dos parentes ajuda. A psicóloga Maria Paula Oliveira, fundadora do Ambulatório do Jogo do Proad, diz que a orientação familiar é necessária porque o jogador, por exemplo, perde a capacidade de se comunicar com os que estão ao redor. "Se a família ajudar, o prognóstico é melhor." (TL)

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