Turismo

Havaí - Transporte

ANA LUCIA BUSCH
diretora-executiva da Folha Online

Embora cada uma das ilhas do Havaí seja relativamente pequena, a falta de transporte público limita a visita às praias mais distantes, aos vales isolados e às estradas cênicas a quem resolve se juntar a um grupo organizado de turistas ou a quem tenha carro próprio.

Nenhuma opção é barata. O aluguel de carro no arquipélago é um dos mais caros do mundo, mas a única forma de conhecer estradas, lotadas por carros conversíveis e veículos de tração nas quatro rodas. Veja a seguir uma relação dos mais belos roteiros:

Em Maui

Uma estradinha sinuosa, construída em 1926, liga a cidade de Paia a Hana. Ela quase não tem espaço para acomodar dois carros lado a lado. No caminho, de 55 km, dezenas de veículos desfilam pelas 54 pontes e param a cada sinal indicando cachoeiras, riachos, pomares e paisagens de floresta tropical. Pequenos desvios conduzem a praias pedregosas e de areia negra, com mar agitado.

A estrada continua ao sul de Hana até Oheo Gulch, um conjunto de 24 piscinas naturais no Parque Nacional de Haleakala. Os veículos de tração nas quatro rodas e os motoristas destemidos continuam circundando a ilha, até que a estrada é definitivamente interrompida pegando um desvio para o interior. Os pontos de piquenique e os mirantes do trajeto ficam lotados na hora do almoço. Não há postos de gasolina ou restaurantes no caminho.

Em Kauai

Uma entrada praticamente escondida na cidade de Waimea, no sul de Kauai, leva aos parques estaduais do cânion de Waimea e o de Kokee, que protege o pântano de Alakai. No primeiro quilômetro surge o mirante de onde se vê a ilha vizinha de Nihau, cujo acesso é proibido para estrangeiros.

Mais à frente, um outro ponto de observação oferece vista magnífica do fundo do cânion. No estacionamento, galinhas selvagens fazem a festa dos turistas europeus e americanos. No fim da linha, já no parque de Kokee, a estrada é interrompida no mirante de Kalalau, de onde se vê a famosa e inacessível costa de Na Pali.

Sinais ao longo da rota indicam a entrada de trilhas curtas que permitem observar a vegetação típica do local. Há um pequeno restaurante e uma loja de conveniência no centro de visitantes, mas não existem postos de gasolina durante todo o trajeto.

Ainda em Kauai, a partir da capital, Lihue, uma estrada cênica que acaba em Kee Beach, a última praia acessível da costa, atravessa plantações de taro e pacatas cidades, além de ladear as escarpas que descem rumo ao litoral, tornando-o isolado na costa norte.

Logo no início da rota, antes de chegar à cidade de Kapa, um maciço rochedo conhecido como Sleeping Giant domina a paisagem em direção ao interior. A próxima parada é o farol em Kilauea Point, um santuário de pássaros, de onde se pode ver a bela Secret Beach e os resorts de Princeville.

A cidade de Hanalei, logo à frente, tem boas opções de restaurante e ótimas lojinhas de suvenires e artigos para esportes. A partir dali, várias praias de areia dourada culminam em Kee Beach.

Na ilha do Havaí

Na Crater Rim Drive, um "looping" de 25 km contorna toda a cratera do vulcão Kilauea, no Parque Nacional dos Vulcões. A partir do centro de visitantes, a primeira parada é um campo de fendas que solta vapor do centro da terra. Em seguida, o mirante do Kilauea mostra de longe a gigantesca cratera de Halemaumau.

O museu Jaggar ilustra a geologia local, compara vários vulcões no mundo e permite ver a cratera mais de perto. Na próxima parada, cinco minutos de caminhada levam às bordas de Halemaumau por um campo fumegante. No final, uma trilha percorre um túnel de lava, o Thruston, antes da volta ao centro de visitantes. A rota pode levar de uma a três horas.

Já o caminho que percorre o Parque Nacional dos Vulcões pela estrada Chain of Craters, interrompida pela lava, leva de três a quatro horas para ser percorrido.

A diferença de altitude entre o ponto mais alto e o mais baixo, ao nível do mar, é de 1.200 m. Há vários mirantes no caminho com vista para as crateras do vulcão Kilauea. No fim, já percorrendo a costa, é possível ver de longe o cone de fumaça formado pelo encontro da lava com o mar. A estrada termina no centro de visitantes provisório, de onde é possível se aproximar da lava a pé.

Não há postos de gasolina por todo o trajeto. Os restaurantes de um hotel ao lado do centro de visitantes oferecem vista para a cratera de Halemaumau.

A estrada praticamente deserta de Saddle liga Kailua-Kona, na ensolarada costa oeste da ilha, à chuvosa Hilo, no leste. Atravessa o vale entre os vulcões Mauna Loa e Mauna Kea e dá acesso às rotas que levam ao topo. Vale a pena subir até o Mauna Kea.

É recomendável desatarraxar um pouco a tampa do tanque de gasolina para evitar os efeitos da altitude no motor.

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