Turismo

Nova York pós-atentados

Reuters
Bombeiro norte-americano observa os escombros do World Trade Center

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O “cheiro” dos atentados terroristas de 11 de setembro ainda está no ar, mas lentamente, Nova York volta a ser o destino de viagem de turistas do mundo inteiro.

Quem viajar agora para Nova York não conseguirá deixar de notar as mudanças que os atentados terroristas trouxeram para a vida e comércio da cidade.

Muito mais nacionalista e patriótica, Manhattan está repleta de bandeiras que lembram a todo instante o orgulho de ser norte-americano. Nas janelas, faixas com frases como “united we stand” lembram aos visitantes que a cidade vai superar a tragédia de 11 de setembro com a participação de todos os nova-iorquinos.

Até os suvenires foram atingidos pela onda de patriotismo. As lojas de presentes vendem miniaturas das torres gêmeas do World Trade Center e objetos que lembram a tragédia, como camisetas com a frase “We remember World Trade Center?”.

A tradicional camiseta com a frase “I love NY” mudou depois dos atentados. Agora o suvenir ganhou a versão “I love NY more than ever”.

Por US$ 7, é possível comprar um rolo de papel higiênico com o rosto de Osama Bin Laden nas lojas de Chinatown.

Confira uma lista com 12 dicas de o que fazer em Nova York depois dos atentados terroristas:

1. Escombros do World Trade Center - Por mais mórbido que possa parecer, o local virou ponto de visitação de turistas. Mesmo aqueles que não se emocionaram em 11 de setembro sentem um aperto no garganta ao passar pelo local.

2. Empire State Building - Depois da destruição do World Trade Center, o prédio voltou a ser o ponto mais alto de Nova York. A vista a partir de dois observatórios (um no 86º andar e outro no 102º) -com áreas parcialmente ao ar livre- é imperdível.

3. New York Public Library - Não tem nada a ver com os atentados terroristas, mas as escadarias e as estátuas de leão na entrada são o máximo. Você passa pela frente da biblioteca e acaba se lembrando de um monte de filmes que utilizaram o local como locação. A visita à biblioteca também permite que o turista se sinta um verdadeiro nova-iorquino. Basta comprar um lanche e se sentar nas escadarias ou num banco do parque para fazer a “merenda”. Pelo lado sério, o passeio vale pela arquitetura neoclássica e pela possibilidade de pesquisar a gigantesca coleção de livros.

4. St. Patrick’s Cathedral - Os nova-iorquinos ficaram mais apegados à fé religiosa depois dos atentados terroristas. Além de barato -não custa nada entrar na igreja-, o viajante terá a chance de conhecer a maior catedral católica dos Estados Unidos. É impossível não se emocionar ao assistir a uma missa da St. Patrick. O coral gregoriano é de arrepiar. Como a catedral é muito grande, o visitante pode ser obrigado a assistir a uma missa por um dos aparelhos de TV instalados pela catedral. Mesmo assim, vale a pena!

5. Grand Central Terminal - Passar pela Grand Central Station mostra do que os norte-americanos são capazes. Construída entre 1903 e 1913, a estação tem um teto desenhado com os símbolos do zodíaco. As escadarias de mármore lembram o período áureo das viagens de trem.

6. Brooklyn Bridge - Da ponte é possível ter uma visão do local onde antes ficavam as torres do World Trade Center. Alguns turistas arriscam tirar fotos com a falta das torres ao fundo. O passeio vale pela vista maravilhosa e pelo lado histórico: a Brooklyn Bridge, construída em 1883, era a maior ponte suspensa do mundo e a primeira de aço.

7. Estátua da Liberdade - Por mais clichê que seja, quem for a Nova York precisa visitar a Estátua da Liberdade para sentir que esteve na cidade. Além de conhecer o símbolo de Nova York, o visitante terá uma visão privilegiada do local onde deveriam estar as torres do World Trade Center. Nas balsas, muitos turistas aproveitam para clicar o vazio dos prédios.

8. Rockefeller Center - O complexo de 20 edifícios é qualificado como o coração de Manhattan. No inverno, é possível patinar no rinque de patinação no gelo.

9. Chinatown - Tradicional bairro chinês próximo da Little Italy e do Soho, é o local ideal para comprar suvenires de Nova York. As lojinhas, que lembram em muito o comércio da rua 25 de março (região central da cidade de São Paulo), vendem miniaturas das torres gêmeas, cartões postais do World Trade Center, camisetas “I love NY” e uma infinidade de quinquilharias. Os comerciantes locais também vendem uma variedade de produtos falsificados a preços convidativos. Em qualquer ocasião, o turista tem de pechinchar para conseguir um bom desconto.

10. Broadway - Sobrando um dinheirinho, o turista tem de assistir a uma das peças encenadas o ano inteiro na Broadway. As mais tradicionais são Les Misérables, A Bela e a Fera, O Fantasma da Ópera, 42ª Street e O Rei Leão. Nas semanas posteriores aos atentados terroristas, atores pediram ao público doações em dinheiro para as vítimas do World Trade Center. Na hora de comprar o ingresso, as melhores opções são os guichês dos teatros ou a central de venda de ingressos da Broadway, no Tkts, localizado na Times Square.

11. Times Square - A esquina mais famosa de Nova York está lotada de referências aos atentados terroristas, como bandeiras e suvenires do World Trade Center. É um ótimo destino para quem procura num único lugar megastores, teatros, cinemas e luminosos mirabolantes.

12. Macy’s x Conway - Depois de tantas referências aos atentados terroristas, o turista tem o direito de fazer boas compras em Nova York. Mesmo para quem não vai comprar nada, uma visita à Macy’s é imperdível. Chamada de “a maior loja do mundo”, vende de tudo um pouco, nas mais variadas faixas de preço. Uma boa dica de compra é a Conway, localizada a um quarteirão da Macy’s. Frequentada principalmente por consumidores de origem latina, a loja oferece uma miscelânea de produtos com preços inferiores aos dos camelôs. Curiosidade: muitas vendedoras da loja não falam inglês, apenas espanhol.

A jornalista Fabiana Futema viajou para Nova York a convite da Continental Airlines

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