Turismo

Santarém

da Folha Online

No coração da bacia amazônica, Santarém mistura sangue indígena e português, como as águas dos rios Tapajós e Amazonas. Foi assim que a velha aldeia tapajó Ocara-Açu e os portugueses foram criando uma cultura própria, visível sobretudo no folclore de Sairé, quando a representação da tolerância, da aproximação de ambos, ganha contornos de festa.

As raízes portuguesas sobrevivem nas ruas de sobradinhos coloniais, com as fachadas cobertas de azulejos. Os índios da cidade preservam suas tradições mesmo vivendo em palafitas. E têm no artesanato um dos traços de manifestação autêntica e nos muiraquitãs -sapinhos de pedra verde que são amuletos- seu símbolo maior.

Vitórias-régias, tucunarés e botos avisam que a selva está perto. No espetacular encontro dos rios, que a cidade vê de camarote, as águas cristalinas de um correm paralelas ao curso barrento do outro. E, a cada légua, Santarém fica mais verde na floresta e vermelha na pele.

Tapajós x Amazonas

A briga das águas acontece bem na frente da cidade de Santarém, onde os rios se encontram. O verde das águas do Tapajós se nega a misturar-se com o amarelo-barrento do Amazonas.

E a disputa continua por vários quilômetros. Tudo por causa da diferença de temperatura, densidade e sedimentação das águas.

O espetáculo acontece tão próximo às margens que é possível assistí-lo da cidade mesmo. Mas um passeio de barco para conferir o famoso encontro é indispensável.

No Porto de Santarém, ficam atracados centenas de barcos à espera dos turistas. Depois de 10 minutos de viagem se chega à ilha do Meio, construída há 15 anos pela correnteza dos dois rios.

Hoje a ilha já tem vegetação e até moradores. O roteiro dos barcos inclui o igarapé Açu, onde garças, mergulhões, rouxinóis e outras aves alçam vôo a toda hora. Nas margens, muitas palafitas. E até uma igreja com barracão de festas fincada na água.

Durante as duas horas de passeio de barco, aproveite para saborear frutinhas silvestres da região, como a mari-mari (uma vagem verde comprida, com sementes de polpa agridoce) e o jenipapo, e para se deslumbrar com as enormes vitórias-régias que chegam a ter até dois metros de diâmetro.

Serviço
Como chegar - BR-163 ou de barco partindo de Belém
Atrações - construções coloniais, praias fluviais, turismo ecológico e cultura indígena



Consulte também:
  • Atrações turísticas
  • Belém
  • Ilha de Marajó
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