Turismo

Atacama

Luiz Rivoiro/Folha Imagem
Flamingos se banham no Atacama, Chile

ROBERTO DE OLIVEIRA
da Revista da Folha

Se você é daqueles que acha desertos monótonos, é melhor mudar de idéia -principalmente se o destino for o Atacama, no norte do Chile, o mais árido do mundo. Partindo da "riponga" San Pedro de Atacama, vilarejo com cerca de 3.000 habitantes, há passeios para toda a região, considerada a capital arqueológica chilena.

Com céu azul o ano inteiro, chuvas raríssimas e uma imensidão de constelações à noite, tudo ali colabora para uma grande viagem. As temperaturas são contrastantes, calor de 28oC durante o dia e frio de 12oC à noite. Duas coisas são indispensáveis: leve sempre muita água e, fundamental, não saia para nenhum lugar sem guia. Não há placas de indicação no deserto.

Comece por um verdadeiro oásis. No deserto, eles são responsáveis pelas condições de vida; formam as pequenas cidades e os vilarejos e dão sustentação agrícola e econômica aos nativos. Um desses povoados é o primitivo Caspana, a 3.260 m de altitude, com cerca de 400 habitantes descendentes da população indígena aymara.

Aclimatado, no fim da tarde, refresque os olhos conhecendo o "salar" de Atacama. Quando o Sol está em declínio sobre os vulcões, a imagem forma um quadro de diferentes cores em questões de minutos. O deserto, de 90 km de extensão por 30 km de largura, forma uma gigantesca reserva de sal e lítio a 38 km de San Pedro de Atacama. É indispensável no roteiro.

À primeira vista, o "salar" lembra o fundo seco de um oceano ou de uma imensa lagoa salgada, com crostas de sal que chegam a medir até 20 centímetros de altura. Mas, conforme o turista entra no Soncor (o parque nacional dos flamingos), com sua estradinha feita com pedras de sal, percebe a riqueza e a beleza do lugar.

Há quatro grandes lagoas, as chamadas "chaxas", no centro do parque nacional, habitadas por ariscos flamingos cor-de-rosa e por outras pequenas aves.

Outra dica: não volte de lá sem dar uma espiada nos gêiseres, "explosão" em fontes de água quente, de origem vulcânica e cheiro de enxofre, com erupções periódicas. A temperatura da água expelida por essas fontes chega a 800C.

A aventura requer energia. O mais indicado é acordar cedo e chegar aos gêiseres entre as 7h e as 8h, para aproveitar o melhor cenário. Tem de ir muito bem agasalhado porque lá faz frio, cerca de 30C. Mas é paisagem de esquentar a alma.

  • Onde: norte do Chile
  • Para: aventureiros e ecoturistas
  • Temperatura média em dezembro: 20ºC

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