Turismo

Ilha da Trindade

Rogério Cassimiro/Folha Imagem
Vista da chegada à Ilha da Trindade, em que aparecem as cores das formações rochosas

LUCAS CEMBRANELLI
free-lance para a Folha Online
ROGÉRIO CASSIMIRO
editor de imagem da Folha Online

Existe uma porção de terra no meio do oceano Atlântico, localizada a 1.167 quilômetros de Vitória (ES) e a 2.400 quilômetros da África, que é a verdadeira visão do paraíso: a Ilha da Trindade, supervisionada atualmente pela Marinha Brasileira, onde a natureza é virgem, tartarugas marinhas são preservadas, espécies endêmicas de plantas ainda sobrevivem e pouquíssimas pessoas podem chegar.

É lá que o Brasil começa, se baseando no leste, onde o sol nasce.

O arquipélago pertence a uma cadeia de montanhas submarinas do Atlântico numa linha reta que vai do Estado do Espírito Santo em direção à África. De forma alongada e com um terreno extremamente acidentado, possui uma área de apenas 9,2 quilômetros quadrados, o que equivale a metade do arquipélago de Fernando de Noronha.

Mesmo tão pequena, a ilha tem atrações naturais diversificadas: são 12 praias, a maioria formadas por solo de pedra e corais, e cada enseada possui uma característica diferente, como um pico, uma vegetação rasteira, uma piscina natural, solo de terra vermelha, túnel e costões íngremes.

À bordo do navio "Graça Aranha", da Marinha Brasileira, a Folha Online chegou ao paraíso, onde, graças ao trabalho da Secirme (Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar), há trabalhos de preservação de tartarugas marinhas e de manutenção da riqueza da fauna e da flora locais.

O clima em Trindade é oceânico tropical, o que leva a temperatura média anual a cerca de 25,2º C, sendo o mês de fevereiro o mais quente do ano, com 30,2ºC, e o de agosto, o mais frio (17,3ºC). Entre os meses de abril e outubro, a região sofre invasões periódicas de frentes frias, vindas do pólo.

As temperaturas na ilha são estáveis, mas o tempo muda constantemente em poucos minutos. O sol escaldante, diversas vezes, é ocultado por chuvas torrenciais, conhecidas como “pirajás”, traduzidas como “que passam rápido”. Nestas ocasiões é possível observar a formação de arco-íris de forte coloração.

Quando o tempo está limpo em Trindade, é possível ver a ilha vizinha de Martim Vaz, formada por um rochedo íngreme a 49 quilômetros do paraíso, que desponta no meio do azul-marinho do mar. Em Martim Vaz, a vegetação é rasteira no topo e não há presença humana, apenas caranguejos e aves migratórias.

Trindade também serve para alimentar lendas na memória de marinheiros sobre tesouros escondidos no local. A ilha já pertenceu à Inglaterra e foi presídio político, mas hoje significa apenas uma ponta do que existe de mais belo no país.

Mas nem tudo é tão perfeito em Trindade. Sua vegetação é escassa, mas a fauna é riquíssima. Como a ilha é um local de preservação administrado pela Marinha, o paraíso é inacessível, com um trabalho de preservação para impedir que a tão bela natureza de Trindade seja destruída.

Os repórteres Lucas Cembranelli e Rogério Cassimiro viajaram a convite da Marinha do Brasil

GALERIA DE IMAGENS:
  • A ilha (1)

  • A ilha (2)
  • A ilha em preto e branco


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