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24/09/2001
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11h55
As viagens domésticas e o turismo para a América do Sul devem aumentar após os atentados terroristas contra os EUA, há 13 dias, e o setor ainda pode registrar um crescimento de 1,5% a 2% neste ano. A previsão foi feita pela Organização Mundial do Turismo (OMT), com sede em Madri, e contraria análises de especialistas que disseram que o turismo global enfrentaria a pior crise desde a Guerra do Golfo, em 1991.
"Aprendemos que a indústria do turismo se recupera das adversidades muito rapidamente", declarou Francesco Frangialli, secretário-geral da OMT, em comunicado à imprensa.
Segundo Deborah Luhrman, diretora de comunicações da organização, o problema ocorreu nos EUA, e as pessoas irão escolher outros destinos para viajar. "A situação deve beneficiar o turismo na América Latina", disse Luhrman à Folha.
Sem querer tirar vantagem da tragédia, o Brasil pode ser incluído nesse "novo" roteiro mundial para europeus e para os próprios sul-americanos.
"É hora de pensar no turismo intra-regional da América do Sul e pensar com todo o carinho num aumento de europeus para o Nordeste", afirma Caio Luiz de Carvalho, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo).
Além de estimular o turismo interno, a Embratur apresenta amanhã à Secretaria Geral da Presidência e ao Ministério do Esporte e Turismo a campanha internacional: "Se viajar é sua paixão, o Brasil é seu destino".
Com investimentos de US$ 20 milhões, a campanha deve começar em outubro e durar até dezembro de 2002, de olho, principalmente, nos turistas sul-americanos e europeus.
A vinda destes tem aumentado bastante. Nos últimos três meses, 10 mil portugueses visitaram o Brasil e consumiram no Nordeste US$ 5,3 milhões.
No ranking de europeus que vêm ao Brasil, os portugueses perdem apenas para os ingleses, os italianos e os alemães.
Além do Nordeste, a Embratur quer destacar o ecoturismo através da campanha internacional. Já foram feitas experiências com holandeses, nas quais incluiu-se roteiro de ecoturismo em Tocantins e em Mato Grosso.
Para aumentar as visitas de estrangeiros no Brasil, a idéia é ampliar os escritórios de turismo no exterior, implantando-os em países como Portugal e França.
O escritório-modelo foi montado em Londres, em abril de 2000, pelo atual ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, quando era embaixador na capital inglesa.
Segundo o inglês Christopher Pickard, diretor do Brazilian Tourist Office, o escritório recebe 1.300 consultas por mês, e após os atentados, o público "já está vendo a América do Sul como um lugar seguro". Toda semana há vôos charter para o Nordeste.
"Todos [os vôos" estão lotados", diz Pickard, autor do guia em inglês sobre o Rio de Janeiro "The Insider's Guide to Rio".
O escritório investiu US$ 100 mil em táxis. Os famosos veículos londrinos circulam desde março pelas ruas londrinas propagandeando o Brasil, com informações e fotos do país dentro deles. "É um sucesso", diz Pickard.
Leia mais:
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Operadoras brasileiras buscam alternativas de viagem
Irlanda e Oceania são opções para intercâmbio e fugir dos EUA
Brasileira ainda sonha com viagem aos EUA
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Cai ocupação de hotéis na Grécia
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Egito cancela "Aida" pela segunda vez
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Turismo mundial deve crescer até 2% neste ano
da Folha de S.PauloAs viagens domésticas e o turismo para a América do Sul devem aumentar após os atentados terroristas contra os EUA, há 13 dias, e o setor ainda pode registrar um crescimento de 1,5% a 2% neste ano. A previsão foi feita pela Organização Mundial do Turismo (OMT), com sede em Madri, e contraria análises de especialistas que disseram que o turismo global enfrentaria a pior crise desde a Guerra do Golfo, em 1991.
"Aprendemos que a indústria do turismo se recupera das adversidades muito rapidamente", declarou Francesco Frangialli, secretário-geral da OMT, em comunicado à imprensa.
Segundo Deborah Luhrman, diretora de comunicações da organização, o problema ocorreu nos EUA, e as pessoas irão escolher outros destinos para viajar. "A situação deve beneficiar o turismo na América Latina", disse Luhrman à Folha.
Sem querer tirar vantagem da tragédia, o Brasil pode ser incluído nesse "novo" roteiro mundial para europeus e para os próprios sul-americanos.
"É hora de pensar no turismo intra-regional da América do Sul e pensar com todo o carinho num aumento de europeus para o Nordeste", afirma Caio Luiz de Carvalho, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo).
Além de estimular o turismo interno, a Embratur apresenta amanhã à Secretaria Geral da Presidência e ao Ministério do Esporte e Turismo a campanha internacional: "Se viajar é sua paixão, o Brasil é seu destino".
Com investimentos de US$ 20 milhões, a campanha deve começar em outubro e durar até dezembro de 2002, de olho, principalmente, nos turistas sul-americanos e europeus.
A vinda destes tem aumentado bastante. Nos últimos três meses, 10 mil portugueses visitaram o Brasil e consumiram no Nordeste US$ 5,3 milhões.
No ranking de europeus que vêm ao Brasil, os portugueses perdem apenas para os ingleses, os italianos e os alemães.
Além do Nordeste, a Embratur quer destacar o ecoturismo através da campanha internacional. Já foram feitas experiências com holandeses, nas quais incluiu-se roteiro de ecoturismo em Tocantins e em Mato Grosso.
Para aumentar as visitas de estrangeiros no Brasil, a idéia é ampliar os escritórios de turismo no exterior, implantando-os em países como Portugal e França.
O escritório-modelo foi montado em Londres, em abril de 2000, pelo atual ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, quando era embaixador na capital inglesa.
Segundo o inglês Christopher Pickard, diretor do Brazilian Tourist Office, o escritório recebe 1.300 consultas por mês, e após os atentados, o público "já está vendo a América do Sul como um lugar seguro". Toda semana há vôos charter para o Nordeste.
"Todos [os vôos" estão lotados", diz Pickard, autor do guia em inglês sobre o Rio de Janeiro "The Insider's Guide to Rio".
O escritório investiu US$ 100 mil em táxis. Os famosos veículos londrinos circulam desde março pelas ruas londrinas propagandeando o Brasil, com informações e fotos do país dentro deles. "É um sucesso", diz Pickard.
Leia mais:
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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