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09/09/2002 - 19h59

Em 2001/02, turismo dos EUA perde US$ 92,3 bilhões

MARISTELA DO VALLE
da Folha de S.Paulo

A indústria do turismo dos EUA deve sofrer um impacto negativo de US$ 92,3 bilhões em 2001 e em 2002 se comparado à demanda prevista, de acordo com pesquisa feita pelo WTTC (World Travel & Tourism Council).

O mesmo WTTC analisou quantos empregos cada país deve deixar de oferecer em turismo em relação à sua previsão inicial neste ano e em 2001, e nesse item a China é a primeira da lista, com um saldo negativo de 1,77 milhão, se forem somados os empregos perdidos e os que o país esperava ganhar; nos EUA, o setor deve deixar de oferecer 663 mil empregos.

Apesar desses números, a China teve um ótimo desempenho em chegadas internacionais no primeiro semestre deste ano, cuja variação foi de 16% em relação ao mesmo período de 2001, segundo documento concluído recentemente pela OMT (Organização Mundial do Turismo).

Quase todos os países citados no documento tiveram queda ou crescimento modesto nesse dado, exceto a China e a África do Sul, cujo turismo internacional cresceu 6,7% no período.

A crise já havia começado em 2001, quando a variação de chegadas do turismo internacional caiu 0,6% após anos de crescimento, segundo a OMT.
Nos três primeiros meses deste ano, a contração do turismo mundial se acentuou, mas, como o cenário melhorou um pouco no segundo trimestre, a expectativa de um bom desempenho no segundo semestre pode fazer com que alguns destinos terminem o ano com saldo positivo.

Os hotéis europeus sentiram queda na quantidade de turistas vindos principalmente dos EUA e da Ásia. Já o número de brasileiros no continente deve cair de 640 mil, em 2000, para 500 mil este ano, segundo prevê a Maison de la France. Seu diretor no Brasil, Vincent Toulotte, evidencia a crise econômica do país como principal causa da diferença.

Por outro lado, o Brasil é uma das vítimas da crise da Argentina, que provocou queda de 43% na emissão de turistas para países como Chile, Uruguai e Paraguai, segundo o documento da OMT.

Com a má fase por que passa a economia em geral, os preços têm interferido na decisão da viagem e a internet se tornou um instrumento importante para pesquisar roteiros e produtos. Além disso, desde o final de 2001, os turistas têm feito reservas na última hora.

Já o turismo interno tem crescido e quem viaja para o exterior prefere os países menos longínquos, detectou a OMT. Por influência do 11 de setembro, muitos têm preferido se deslocar via terrestre e evitado o avião.

Dessa forma, os europeus têm preferido ir para destinos do próprio continente, e os asiáticos, para países como China e Austrália.

Porém este último está frustado com o número das chegadas de estrangeiros, pois contava com a euforia da Olimpíada de 2000 para incrementar o setor, divulgou o seu governo na semana passada.

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