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24/02/2003
-
05h49
da Folha de S.Paulo, em Angra dos Reis (RJ)
"Estou aqui para fazer amigos e conhecer gente diferente." Esse discurso de fachada é comum entre participantes de viagens que reúnem solteiros e têm o objetivo -nem sempre explícito- de unir casais com gincanas e festas de integração em que as mulheres devem vestir calça ou saia branca.
Mas às vezes a desproporção homens/mulheres pode desanimar o sexo feminino. Numa viagem realizada pela Folha num fim de semana, por exemplo, havia 132 mulheres para 59 homens, algo como 0,45 homem por mulher.
Conclusão: por menos Reynaldo Gianecchini que seja, o homem que se aventura em viagens "just for singles" (só para solteiros) fica cobiçado. Mas eles também vão em busca da conquista, na esperança de que a proporção torne tudo mais fácil. Bobagem. São elas que costumam conduzir as conversas sem ceder, talvez por estarem em "desvantagem".
Muitos dizem que escolheram o programa para dispensar o trabalho de arrumar companhia de viagem. Alguns contatos viram namoro; nessa viagem específica, cerca de dez casais se formaram.
Tais roteiros têm pessoas de todas as idades e profissões: médicos, economistas, arquitetos, comerciantes, dentistas, advogados, jornalistas. A "festa" começa no ônibus, continua com as palestras sobre sexo e relacionamento, passa pelos jantares e termina em eventos como a festa do Havaí, com direito a forró e músicas carnavalescas.
Flertes e olhares "gulosos" são comuns. Uma conversa que começa com um clichê do tipo "Você vem sempre a viagens assim?" flui bem até a descoberta de conhecidos em comum. Nessa hora, o interlocutor se fecha, como se ninguém pudesse saber de sua participação numa viagem para solteiros. Alguns chegam até a ficar irados ao descobrir que estão conversando com um jornalista.
Promotora de vendas, Rose Borges, 32, é uma das poucas pessoas que dão entrevista. "Estou achando divertido demais", conta, acrescentando ter visto gente de 20 a 60 anos. Rose viajou com quatro amigas. Ela diz que não está em busca de namorado e que não encontrou a pessoa certa. "Na viagem ganhei sete telefones. O assédio foi grande em cima de nós", conta, na volta, sem se mostrar propriamente modesta. E opina: "Não acho que seja viagem para solitários desesperados".
Luís Perez, editor-assistente de Veículos e Construção, viajou a convite do hotel do Bosque e da Terrazul Turismo & Eventos.
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LUÍS PEREZda Folha de S.Paulo, em Angra dos Reis (RJ)
"Estou aqui para fazer amigos e conhecer gente diferente." Esse discurso de fachada é comum entre participantes de viagens que reúnem solteiros e têm o objetivo -nem sempre explícito- de unir casais com gincanas e festas de integração em que as mulheres devem vestir calça ou saia branca.
Mas às vezes a desproporção homens/mulheres pode desanimar o sexo feminino. Numa viagem realizada pela Folha num fim de semana, por exemplo, havia 132 mulheres para 59 homens, algo como 0,45 homem por mulher.
Conclusão: por menos Reynaldo Gianecchini que seja, o homem que se aventura em viagens "just for singles" (só para solteiros) fica cobiçado. Mas eles também vão em busca da conquista, na esperança de que a proporção torne tudo mais fácil. Bobagem. São elas que costumam conduzir as conversas sem ceder, talvez por estarem em "desvantagem".
Muitos dizem que escolheram o programa para dispensar o trabalho de arrumar companhia de viagem. Alguns contatos viram namoro; nessa viagem específica, cerca de dez casais se formaram.
Tais roteiros têm pessoas de todas as idades e profissões: médicos, economistas, arquitetos, comerciantes, dentistas, advogados, jornalistas. A "festa" começa no ônibus, continua com as palestras sobre sexo e relacionamento, passa pelos jantares e termina em eventos como a festa do Havaí, com direito a forró e músicas carnavalescas.
Flertes e olhares "gulosos" são comuns. Uma conversa que começa com um clichê do tipo "Você vem sempre a viagens assim?" flui bem até a descoberta de conhecidos em comum. Nessa hora, o interlocutor se fecha, como se ninguém pudesse saber de sua participação numa viagem para solteiros. Alguns chegam até a ficar irados ao descobrir que estão conversando com um jornalista.
Promotora de vendas, Rose Borges, 32, é uma das poucas pessoas que dão entrevista. "Estou achando divertido demais", conta, acrescentando ter visto gente de 20 a 60 anos. Rose viajou com quatro amigas. Ela diz que não está em busca de namorado e que não encontrou a pessoa certa. "Na viagem ganhei sete telefones. O assédio foi grande em cima de nós", conta, na volta, sem se mostrar propriamente modesta. E opina: "Não acho que seja viagem para solitários desesperados".
Luís Perez, editor-assistente de Veículos e Construção, viajou a convite do hotel do Bosque e da Terrazul Turismo & Eventos.
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