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07/04/2003
-
04h45
da Folha de S.Paulo, no Jalapão
Os habitantes do deserto do Jalapão sobrevivem da venda, em mercados da região, dos produtos plantados em suas pequenas lavouras e do comércio do artesanato local, confeccionado a partir do famoso capim-dourado.
O capim e a seda de buriti, juntos, se transformam num dos artesanatos mais bonitos da região, pois de tanto brilho, parecem ser feitos de ouro.
A partir do capim, as artesãs fazem diversos tipos de peças, desde bolsas, porta-jóias e pulseiras, até fruteiras, cestos e "sous-plats" (suporte decorativo para ser usado embaixo do prato).
A comunidade de Mumbuca, um dos vilarejos com pouco menos de 200 habitantes, é conhecida pela produção do artesanato. Seus moradores, descendentes de escravos vindos da Bahia no início do século 20, sobrevivem basicamente do capim-dourado.
Apesar de alguns homens participarem da produção do artesanato, a maioria se dedica à agricultura e à colheita do capim-dourado, feita em setembro e outubro, deixando a maior parte do trabalho para as mulheres.
O grande sucesso entre os turistas fez com que as artesãs aumentassem o preço cobrado pelas bolsas e cestarias. Uma bolsa de 25 cm a 30 cm custa entre R$ 30 e R$ 35, preço bastante salgado.
Mas, se o turista quiser levar uma lembrança do artesanato para casa, é melhor adquiri-lo diretamente na fonte. Em Palmas, capital do Tocantins, a mesma bolsa sai por cerca de R$ 70. Em São Paulo, uma bolsa feita de capim-dourado pode custar até R$ 200.
A arte de tecer o capim começa cedo. As meninas aprendem com as mães e, aos 12 anos, já ajudam no sustento da família. E o trabalho continua até o fim da vida.
Dona Miúda, como é conhecida Guilhermina Ribeiro da Silva, 73, é a matriarca do vilarejo. Como a tradição tem seu preço, as cestarias produzidas por ela são mais caras que as demais.
Aos 14 anos, dona Miúda já ajudava sua mãe a produzir as peças artesanais. Teve 11 filhos, dos quais 9 são mulheres. Todas elas aprenderam a arte de misturar capim com seda de buriti desde cedo e trabalham juntas para sustentar a comunidade.
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Os habitantes do deserto do Jalapão sobrevivem da venda, em mercados da região, dos produtos plantados em suas pequenas lavouras e do comércio do artesanato local, confeccionado a partir do famoso capim-dourado.
O capim e a seda de buriti, juntos, se transformam num dos artesanatos mais bonitos da região, pois de tanto brilho, parecem ser feitos de ouro.
A partir do capim, as artesãs fazem diversos tipos de peças, desde bolsas, porta-jóias e pulseiras, até fruteiras, cestos e "sous-plats" (suporte decorativo para ser usado embaixo do prato).
A comunidade de Mumbuca, um dos vilarejos com pouco menos de 200 habitantes, é conhecida pela produção do artesanato. Seus moradores, descendentes de escravos vindos da Bahia no início do século 20, sobrevivem basicamente do capim-dourado.
Apesar de alguns homens participarem da produção do artesanato, a maioria se dedica à agricultura e à colheita do capim-dourado, feita em setembro e outubro, deixando a maior parte do trabalho para as mulheres.
O grande sucesso entre os turistas fez com que as artesãs aumentassem o preço cobrado pelas bolsas e cestarias. Uma bolsa de 25 cm a 30 cm custa entre R$ 30 e R$ 35, preço bastante salgado.
Mas, se o turista quiser levar uma lembrança do artesanato para casa, é melhor adquiri-lo diretamente na fonte. Em Palmas, capital do Tocantins, a mesma bolsa sai por cerca de R$ 70. Em São Paulo, uma bolsa feita de capim-dourado pode custar até R$ 200.
A arte de tecer o capim começa cedo. As meninas aprendem com as mães e, aos 12 anos, já ajudam no sustento da família. E o trabalho continua até o fim da vida.
Dona Miúda, como é conhecida Guilhermina Ribeiro da Silva, 73, é a matriarca do vilarejo. Como a tradição tem seu preço, as cestarias produzidas por ela são mais caras que as demais.
Aos 14 anos, dona Miúda já ajudava sua mãe a produzir as peças artesanais. Teve 11 filhos, dos quais 9 são mulheres. Todas elas aprenderam a arte de misturar capim com seda de buriti desde cedo e trabalham juntas para sustentar a comunidade.
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