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28/04/2003
-
07h01
da Folha de S.Paulo
Milhares de turistas do mundo todo visitam anualmente o monumento "Metade do Mundo" para tirar suas fotos com um pé no hemisfério Sul e o outro no hemisfério Norte sem saber que na verdade estão com os dois no Sul.
O monumento, construído em 1936, a 24 quilômetros ao noroeste de Quito, não está exatamente sobre a linha do Equador como se supunha. A expedição geodésica francesa que de 1736 a 1742 mediu e demarcou a linha imaginária de latitude 0º 0' 0" errou.
A linha do Equador, que divide o globo terrestre, passa, na verdade, 300 metros ao norte de onde está demarcada. Quem constatou o erro foram cientistas também franceses, 250 anos depois.
Agora com aparelhagem sofisticada, que opera através do sistema de posicionamento global via satélite (GPS), eles descobriram que a posição correta da linha coincide exatamente com a que os índios chamavam de "inti-ñan", ou "caminho do sol" na língua quíchua. Mais um "mico" da cultura ocidental invasora e colonialista se constata.
A guia turística Rosario Naranjo, da empresa Metropolitan Touring, que há 50 anos opera o passeio à "metade do mundo", mostra orgulhosa aos visitantes os shows de músicos e bailarinos em homenagem ao Sol.
E confessa: "Não dizemos aos turistas que o meio do mundo não é aqui, para não frustrá-los. Quando aparece alguém que sabe a verdade, dizemos que a terra se deslocou desde a primeira medição. Se, mesmo assim, o turista não se convencer, somos obrigado a admitir a verdade".
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Linha do Equador está no lugar errado
ANTÔNIO GAUDÉRIOda Folha de S.Paulo
Milhares de turistas do mundo todo visitam anualmente o monumento "Metade do Mundo" para tirar suas fotos com um pé no hemisfério Sul e o outro no hemisfério Norte sem saber que na verdade estão com os dois no Sul.
O monumento, construído em 1936, a 24 quilômetros ao noroeste de Quito, não está exatamente sobre a linha do Equador como se supunha. A expedição geodésica francesa que de 1736 a 1742 mediu e demarcou a linha imaginária de latitude 0º 0' 0" errou.
A linha do Equador, que divide o globo terrestre, passa, na verdade, 300 metros ao norte de onde está demarcada. Quem constatou o erro foram cientistas também franceses, 250 anos depois.
Agora com aparelhagem sofisticada, que opera através do sistema de posicionamento global via satélite (GPS), eles descobriram que a posição correta da linha coincide exatamente com a que os índios chamavam de "inti-ñan", ou "caminho do sol" na língua quíchua. Mais um "mico" da cultura ocidental invasora e colonialista se constata.
A guia turística Rosario Naranjo, da empresa Metropolitan Touring, que há 50 anos opera o passeio à "metade do mundo", mostra orgulhosa aos visitantes os shows de músicos e bailarinos em homenagem ao Sol.
E confessa: "Não dizemos aos turistas que o meio do mundo não é aqui, para não frustrá-los. Quando aparece alguém que sabe a verdade, dizemos que a terra se deslocou desde a primeira medição. Se, mesmo assim, o turista não se convencer, somos obrigado a admitir a verdade".
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