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05/05/2003
-
03h05
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao RN
Com aniversário em 25 de dezembro -daí o nome-, Natal acumula histórias de projeção internacional. Quem conhece tais fatos e o sentimento de seus moradores faz uma viagem mais completa à cidade do que aqueles que simplesmente fazem um tour por seus pontos turísticos.
Em 1942, a posição geográfica de Natal foi classificada como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo" pelo Departamento de Guerra dos EUA, com Suez, Gibraltar e Bósforo. A cidade ficou então conhecida como "Trampolim da Vitória", onde aviões vindos da Europa abasteciam e seguiam para a África.
A população natalense foi a primeira a consumir Coca-Cola na América do Sul, em 1942, quando a chegada das tropas aliadas trouxe de carona a quarta fábrica da bebida no mundo. A bala do Mickey, vendida na Disney, também sai dali, da fábrica Sam's, que, há 50 anos, exporta guloseimas.
Natal ainda foi ponto de parada do escritor francês Saint-Exupéry, aviador na Segunda Guerra, que citou o pôr-do-sol da cidade no livro "Atlântico Sul" e o baobá, árvore africana que tem três exemplares no Rio Grande do Norte, na sua mais famosa obra, "O Pequeno Príncipe". O autor teria ficado impressionado com o fato de que eram necessários 15 homens para abraçar o tronco da árvore.
Essas e as outras histórias são contadas por Abdenego Silva, 38, guia de turismo da cidade, que se inspira na raposa de Saint-Exupéry para falar de um coqueiro, elemento constante nas praias potiguares: "Se você apenas mostra o coqueiro, ele será um coqueiro como outro qualquer. Mas, se você lembra que o coco, na guerra, foi usado como soro, porque é rico em proteínas, sais minerais e vitaminas, um coqueiro, para essa pessoa, nunca mais será o mesmo", afirma Abdenego.
Quem fita o mar de Natal está mais perto da África que de São Paulo e mais próximo da Europa que da Argentina. Ali é a "esquina do continente". E dali, da beira da praia, mar adentro, um mundaréu de água dá a impressão de que de Natal não se chega a lugar algum. Mentira. A capital potiguar já ganhou o mundo.
Carol Frederico viajou a convite do Ocean Palace Hotel & Resort e da TAM.
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CAROL FREDERICOEnviada especial da Folha de S.Paulo ao RN
Com aniversário em 25 de dezembro -daí o nome-, Natal acumula histórias de projeção internacional. Quem conhece tais fatos e o sentimento de seus moradores faz uma viagem mais completa à cidade do que aqueles que simplesmente fazem um tour por seus pontos turísticos.
Carol Frederico/Folha Imagem |
Falésia da praia da Pipa, destino que começou a ser explorado 14 anos atrás pelo guia de turismo Abdenego Silva, conhecido com Abi |
Em 1942, a posição geográfica de Natal foi classificada como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo" pelo Departamento de Guerra dos EUA, com Suez, Gibraltar e Bósforo. A cidade ficou então conhecida como "Trampolim da Vitória", onde aviões vindos da Europa abasteciam e seguiam para a África.
A população natalense foi a primeira a consumir Coca-Cola na América do Sul, em 1942, quando a chegada das tropas aliadas trouxe de carona a quarta fábrica da bebida no mundo. A bala do Mickey, vendida na Disney, também sai dali, da fábrica Sam's, que, há 50 anos, exporta guloseimas.
Natal ainda foi ponto de parada do escritor francês Saint-Exupéry, aviador na Segunda Guerra, que citou o pôr-do-sol da cidade no livro "Atlântico Sul" e o baobá, árvore africana que tem três exemplares no Rio Grande do Norte, na sua mais famosa obra, "O Pequeno Príncipe". O autor teria ficado impressionado com o fato de que eram necessários 15 homens para abraçar o tronco da árvore.
Essas e as outras histórias são contadas por Abdenego Silva, 38, guia de turismo da cidade, que se inspira na raposa de Saint-Exupéry para falar de um coqueiro, elemento constante nas praias potiguares: "Se você apenas mostra o coqueiro, ele será um coqueiro como outro qualquer. Mas, se você lembra que o coco, na guerra, foi usado como soro, porque é rico em proteínas, sais minerais e vitaminas, um coqueiro, para essa pessoa, nunca mais será o mesmo", afirma Abdenego.
Quem fita o mar de Natal está mais perto da África que de São Paulo e mais próximo da Europa que da Argentina. Ali é a "esquina do continente". E dali, da beira da praia, mar adentro, um mundaréu de água dá a impressão de que de Natal não se chega a lugar algum. Mentira. A capital potiguar já ganhou o mundo.
Carol Frederico viajou a convite do Ocean Palace Hotel & Resort e da TAM.
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