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02/06/2003
-
07h12
No mês de junho, o município de Fagundes, a 26 km de Campina Grande, vira local de peregrinação para aqueles que querem subir ao altar. Diz a crendice popular que os que passarem três vezes por baixo da pedra de santo Antônio, a 6 km do centro, chegarão às núpcias em menos de um ano.
A tarefa não é tão fácil assim. É preciso rastejar por uma fenda na rocha até sair do outro lado. O sacrifício, dizem alguns, vale a pena.
"Há três anos, eu queria casar e passei três vezes por baixo da pedra", conta o motorista Roberto de Souza, 21. "Em menos de um ano, me casei", diz o rapaz, hoje divorciado e com um filho.
A pedra, com formato oval, tem cerca de 30 m de altura. A lenda conta que, há mais de cem anos, alguns escravos escalaram parte da rocha por meio de uma gameleira (espécie de árvore). Em uma bifurcação da rocha, encontraram uma imagem de santo Antônio, que foi levada à igreja da cidade, dando início a romarias.
Alguns dias depois, a imagem sumiu e foi reencontrada no local original, onde fora achada. Leva-da à igreja novamente, a imagem retornou no dia seguinte à rocha.
Na terceira vez que isso aconteceu, os fiéis que foram à pedra viram que a gameleira havia se afastado da rocha, e os galhos, secado.
Começaram, então, as histórias de milagre e as romarias à pedra de santo Antônio, que, em 1904, ganhou uma capelinha com a imagem do santo. Hoje há também uma casinha onde as pessoas agradecem às graças alcançadas, deixando no local vestidos de noiva e grinaldas.
No dia de santo Antônio, uma romaria com cerca de 10 mil pessoas vai da igreja São João Batista, no centro da cidade, até a pedra, onde ocorre uma missa campal.
O acesso à pedra, que fica na serra de Bodopitá, pode ser feito de carro -parte do trajeto é por estrada de terra. Como os ônibus de excursão não sobem até lá, há um serviço de transporte, a R$ 3.
Casamento coletivo
Na semana em que se comemora o dia do santo casamenteiro (13 de junho), 30 casais unirão os trapinhos em um casamento coletivo no parque do Povo.
O evento, que acontece no dia 15 de junho, às 20h, é bancado pela prefeitura, que também aluga as roupas dos noivos e fornece o bolo. Cada casal paga uma taxa de R$ 7,50 para o cartório -a cerimônia é apenas civil.
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Pedra "garante" núpcias em menos de um ano
da Folha de S.Paulo, em Campo GrandeNo mês de junho, o município de Fagundes, a 26 km de Campina Grande, vira local de peregrinação para aqueles que querem subir ao altar. Diz a crendice popular que os que passarem três vezes por baixo da pedra de santo Antônio, a 6 km do centro, chegarão às núpcias em menos de um ano.
A tarefa não é tão fácil assim. É preciso rastejar por uma fenda na rocha até sair do outro lado. O sacrifício, dizem alguns, vale a pena.
"Há três anos, eu queria casar e passei três vezes por baixo da pedra", conta o motorista Roberto de Souza, 21. "Em menos de um ano, me casei", diz o rapaz, hoje divorciado e com um filho.
A pedra, com formato oval, tem cerca de 30 m de altura. A lenda conta que, há mais de cem anos, alguns escravos escalaram parte da rocha por meio de uma gameleira (espécie de árvore). Em uma bifurcação da rocha, encontraram uma imagem de santo Antônio, que foi levada à igreja da cidade, dando início a romarias.
Alguns dias depois, a imagem sumiu e foi reencontrada no local original, onde fora achada. Leva-da à igreja novamente, a imagem retornou no dia seguinte à rocha.
Na terceira vez que isso aconteceu, os fiéis que foram à pedra viram que a gameleira havia se afastado da rocha, e os galhos, secado.
Começaram, então, as histórias de milagre e as romarias à pedra de santo Antônio, que, em 1904, ganhou uma capelinha com a imagem do santo. Hoje há também uma casinha onde as pessoas agradecem às graças alcançadas, deixando no local vestidos de noiva e grinaldas.
No dia de santo Antônio, uma romaria com cerca de 10 mil pessoas vai da igreja São João Batista, no centro da cidade, até a pedra, onde ocorre uma missa campal.
O acesso à pedra, que fica na serra de Bodopitá, pode ser feito de carro -parte do trajeto é por estrada de terra. Como os ônibus de excursão não sobem até lá, há um serviço de transporte, a R$ 3.
Casamento coletivo
Na semana em que se comemora o dia do santo casamenteiro (13 de junho), 30 casais unirão os trapinhos em um casamento coletivo no parque do Povo.
O evento, que acontece no dia 15 de junho, às 20h, é bancado pela prefeitura, que também aluga as roupas dos noivos e fornece o bolo. Cada casal paga uma taxa de R$ 7,50 para o cartório -a cerimônia é apenas civil.
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