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17/06/2003
-
02h41
da Folha de S.Paulo
Solução caseira nas férias de julho. Cerca de 70% dos 2,5 milhões de brasileiros que recorrerão a operadoras e agências de turismo para viajar no próximo mês terão o Brasil como destino. Não é difícil descobrir o porquê: é preciso ter conta quente ou sangue-frio para encarar a instabilidade da moeda nacional, ainda mais em temporada de reformas políticas fundamentais.
Até que o dólar deu uma trégua, recuando em relação à cotação praticada no final de 2002. Quem viajou em dezembro chegou a pagar R$ 3,75 pela moeda americana, que hoje oscila ao redor de R$ 3 -mesmo assim bem acima dos R$ 2,50 de julho passado.
Em compensação, o euro atingiu picos superiores a R$ 4 e fechou na quinta-feira a R$ 3,41, jogando à estratosfera os já altos preços do países europeus e provocando uma queda de 5% nas viagens para o velho continente.
Bom para o turismo nacional. Rodolpho Carlos Gerstner, 41, vice-presidente da Braztoa (associação das operadoras), calcula que, pelos negócios fechados até agora, estas férias devem registrar um crescimento de 10% no número de passageiros embarcados para destinos nacionais. Os roteiros mais badalados são os resorts (da Bahia à floresta amazônica), os de ecoturismo e as chamadas "cidades de inverno" --Serra Gaúcha, no topo da lista.
Para variar, a demanda da temporada já repercute nos preços. Impulsionados principalmente pela alta das tarifas aéreas, os pacotes domésticos subiram em média 25%, contra uma inflação de 17,24%, segundo o levantamento do IBGE.
Países "hermanos"
De olho no preço, na proximidade e na diversidade de roteiros, quem não se intimida de viajar em moeda forte está preferindo a vizinhança. Com praticamente as mesmas tarifas de 2002, a América do Sul --principalmente Argentina e Chile- ocupa a liderança, com mais de 70% das vendas externas, seguida pela Europa e pelos EUA.
As barreiras impostas na concessão de vistos pelo consulado norte-americano, explica Gerstner, vêm colocando aquele país em terceiro plano, apesar de os preços para destinos campeões, como Disney, estarem nos mesmos patamares do ano passado.
Para Nova York, por exemplo, os pacotes básicos (com três noites em Manhattan e passagem aérea), subiram, em média, 8%, menos que a metade da inflação do período.
De qualquer forma, as operadoras recomendam não deixar para comprar em cima da hora. A grande maioria das companhias aéreas cortaram vôos depois do atentado de 11 de setembro, reduzindo a oferta de assentos: a Europa perdeu em torno de 15%, os EUA, 25%, países da América Latina, menos de 10%. Mesmo no Brasil, com a embrionária fusão de TAM e Varig, a redução pode chegar a 16%.
Resultado: os vôos lotam mais cedo.
Se você ainda não decidiu o seu destino, confira os 27 roteiros e 64 pacotes selecionados nas próximas páginas e boas férias.
Prevenir para relaxar
1- Fique atento na hora de comprar pacote e reservar passagem aérea e hospedagem. Procure referências sobre agências já "testadas" por amigos e verifique se têm registro na Embratur
2- Consulte o banco de dados do Procon sobre viagens. Pela internet ou por telefone, o usuário descobre que tipo de reclamação foi feita e se o problema foi ou não solucionado
3- Exija que todo o serviço seja detalhado em contrato e guarde a via datada e assinada, além de todos os prospectos, anúncios e folhetos publicitários. Jamais se esqueça de exigir os recibos
4- Comprovantes de reservas e vouchers também são obrigatórios. Se a viagem não transcorrer conforme o acertado, é possível pedir reparação de prejuízos, com base no Código de Defesa do Consumidor
5- Se houver cancelamento, a empresa tem de restituir todos os valores pagos corrigidos, bem como eventuais perdas financeiras e danos morais. Tente juntar o máximo de provas possíveis, como fotos, filmagens, notas fiscais e recibos
6- Não se esqueça de que o prazo para reclamar é de 30 dias após o término da viagem
Serviço:
Procon, tel. 0/xx/11/3824-0446.
Na internet: www.procon.sp.gov.br.
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Brasil será destino de 70% dos turistas nacionais em julho
ROBERTO DE OLIVEIRAda Folha de S.Paulo
Solução caseira nas férias de julho. Cerca de 70% dos 2,5 milhões de brasileiros que recorrerão a operadoras e agências de turismo para viajar no próximo mês terão o Brasil como destino. Não é difícil descobrir o porquê: é preciso ter conta quente ou sangue-frio para encarar a instabilidade da moeda nacional, ainda mais em temporada de reformas políticas fundamentais.
Até que o dólar deu uma trégua, recuando em relação à cotação praticada no final de 2002. Quem viajou em dezembro chegou a pagar R$ 3,75 pela moeda americana, que hoje oscila ao redor de R$ 3 -mesmo assim bem acima dos R$ 2,50 de julho passado.
Em compensação, o euro atingiu picos superiores a R$ 4 e fechou na quinta-feira a R$ 3,41, jogando à estratosfera os já altos preços do países europeus e provocando uma queda de 5% nas viagens para o velho continente.
Bom para o turismo nacional. Rodolpho Carlos Gerstner, 41, vice-presidente da Braztoa (associação das operadoras), calcula que, pelos negócios fechados até agora, estas férias devem registrar um crescimento de 10% no número de passageiros embarcados para destinos nacionais. Os roteiros mais badalados são os resorts (da Bahia à floresta amazônica), os de ecoturismo e as chamadas "cidades de inverno" --Serra Gaúcha, no topo da lista.
Para variar, a demanda da temporada já repercute nos preços. Impulsionados principalmente pela alta das tarifas aéreas, os pacotes domésticos subiram em média 25%, contra uma inflação de 17,24%, segundo o levantamento do IBGE.
Países "hermanos"
De olho no preço, na proximidade e na diversidade de roteiros, quem não se intimida de viajar em moeda forte está preferindo a vizinhança. Com praticamente as mesmas tarifas de 2002, a América do Sul --principalmente Argentina e Chile- ocupa a liderança, com mais de 70% das vendas externas, seguida pela Europa e pelos EUA.
As barreiras impostas na concessão de vistos pelo consulado norte-americano, explica Gerstner, vêm colocando aquele país em terceiro plano, apesar de os preços para destinos campeões, como Disney, estarem nos mesmos patamares do ano passado.
Para Nova York, por exemplo, os pacotes básicos (com três noites em Manhattan e passagem aérea), subiram, em média, 8%, menos que a metade da inflação do período.
De qualquer forma, as operadoras recomendam não deixar para comprar em cima da hora. A grande maioria das companhias aéreas cortaram vôos depois do atentado de 11 de setembro, reduzindo a oferta de assentos: a Europa perdeu em torno de 15%, os EUA, 25%, países da América Latina, menos de 10%. Mesmo no Brasil, com a embrionária fusão de TAM e Varig, a redução pode chegar a 16%.
Resultado: os vôos lotam mais cedo.
Se você ainda não decidiu o seu destino, confira os 27 roteiros e 64 pacotes selecionados nas próximas páginas e boas férias.
Prevenir para relaxar
1- Fique atento na hora de comprar pacote e reservar passagem aérea e hospedagem. Procure referências sobre agências já "testadas" por amigos e verifique se têm registro na Embratur
2- Consulte o banco de dados do Procon sobre viagens. Pela internet ou por telefone, o usuário descobre que tipo de reclamação foi feita e se o problema foi ou não solucionado
3- Exija que todo o serviço seja detalhado em contrato e guarde a via datada e assinada, além de todos os prospectos, anúncios e folhetos publicitários. Jamais se esqueça de exigir os recibos
4- Comprovantes de reservas e vouchers também são obrigatórios. Se a viagem não transcorrer conforme o acertado, é possível pedir reparação de prejuízos, com base no Código de Defesa do Consumidor
5- Se houver cancelamento, a empresa tem de restituir todos os valores pagos corrigidos, bem como eventuais perdas financeiras e danos morais. Tente juntar o máximo de provas possíveis, como fotos, filmagens, notas fiscais e recibos
6- Não se esqueça de que o prazo para reclamar é de 30 dias após o término da viagem
Serviço:
Procon, tel. 0/xx/11/3824-0446.
Na internet: www.procon.sp.gov.br.
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