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17/06/2003 - 06h27

Veja dicas para quem leva "crianças na bagagem"

ANA ESTELA DE SOUZA PINTO
da Folha de S.Paulo

Só entendi totalmente o significado da expressão "mãe de primeira viagem" quando botei minha filha a tiracolo e embarquei no vôo que nos levaria a San Diego, na costa oeste americana.

Sofia tinha 18 meses, terrível idade em que os bebês ainda são bebês, mas pensam que não são.

Àquela altura eu já dominava as habilidades necessárias para cuidar do primeiro filho. Mas a viagem é toda uma expedição. Sem marido, então, é um safári. Que começa bem antes do aeroporto.

A foto do passaporte, por exemplo. Convencer o bebê a ficar sentado imóvel e sozinho na frente daquele monte de luz e fios pode ser um pequeno pesadelo.

Sofia aparece chorando no dela.

Segunda etapa: viagem ao cartório. Sem autorização por escrito do pai, com firma reconhecida, a mãe não sai do país com a criança. O pai, no caso, viajaria um mês antes de nós, para começar o pós-doutorado na Califórnia.

Outra questão é "equacionar" a bagagem para que as mãos fiquem livres. É anatomicamente impossível levar a criança no carrinho e carregar -empurrar, puxar, o que seja- as malas. Raciocínio simples que só me ocorreu na véspera de ir para o aeroporto.

Por sorte, achei numa loja de artigos infantis um último carregador de criança, que se usa como mochila, às costas.

Lá fomos nós, mais mala, bolsa, filmadora e a inseparável sacola do bebê, item de primeira necessidade onde se enfiam colheres, chocalhos, chupetas, leite em pó, paninhos de boca e afins.

Alguma coisa de pano é importantíssima e deve estar à mão. No minúsculo espaço de uma poltrona de avião -classe econômica, é claro-, seu bebê vai babar, regurgitar, derrubar o suco ou, pior, virar seu prato de macarrão.

Aliás, cuide para não ficar na primeira fileira: os braços são fixos. Eu já tentava imaginar uma maneira de fazer a Sofia dormir sentada quando a aeromoça conseguiu boas almas que trocassem de lugar conosco.

Outra descoberta incrível foi a de que nem toda aeronave tem trocador de fraldas. Você já estava embaraçada porque o bebê chorou 90 minutos seguidos após chutar a bandeja do jantar no vizinho? Imagine ter que trocar fraldas sujas na própria poltrona de avião!

Enfim, 17 horas, quatro mamadas e duas conexões mais tarde, chegamos sãs (eu, nem tanto) e salvas a San Diego para quatro semanas de diversão.

E mais, muito mais canseira. Com filhos de um ano e meio, não há férias que descansem.

DICAS ESPERTAS

Longos trajetos

Se puder, viaje à noite, no horário em que a criança está acostumada a dormir, e em um vôo sem escalas.

Mãe sozinha

Se estiver viajando sem outro adulto, solicite no check-in um auxílio com a bagagem para a hora do desembarque. Alguém da companhia aérea pode ajudar na saída do avião.

Amamentação

Procure amamentar o bebê (no peito ou com mamadeira) durante a decolagem e a aterrissagem: acalma, faz dormir e reduz a chance de dores de ouvido causadas pela pressão interna.

Comida

Na reserva, requisite o menu infantil, que inclui papinhas, batatinhas fritas, iogurte etc. (dependendo da idade). Normalmente, eles também oferecem uma sacolinha contendo fraldas descartáveis e mamadeiras.

Cadeirinhas/carrinhos

Uma opção é levar a cadeirinha de carro (se não for pesada), e colocá-la na poltrona ao lado, caso haja lugar. Se o vôo não estiver lotado, ao fazer o check-in, você pode solicitar o bloqueio de um dos assentos na sua fileira.

Distração

Procure levar brinquedos conforme a faixa etária do seu filho para distraí-lo. Leve livros, conte histórias, faça desenhos, invente brincadeiras.

Chá

Se a criança for muito agitada, tente dar um chazinho de camomila ou erva-doce pouco antes do embarque. Mal não faz.

Fontes:"Viajando com as Crianças: Um Guia para Pais de Primeira Viagem", de Lucy Needham Vianna; Sineida Aparecida Girão, pediatra e professora da Unifesp; Projeto Agência de Viagens

Ana Estela de Sousa Pinto, 38, é jornalista e mãe de centésima viagem.

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