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14/07/2003
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04h44
Dos muitos estilos arquitetônicos presentes no Principado de Astúrias, apenas um representa de fato uma contribuição própria para as artes européias. Trata-se do pré-românico, também chamado de pré-românico asturiano.
Essa escola arquitetônica viveu seu auge a partir do século 9º, pouco depois da formação do Principado de Astúrias, que data de 722. As principais obras são um legado do rei Ramiro 1º, que governou o principado por apenas oito anos, de 842 a 850. No século seguinte, a capital se transferiu de Oviedo para León, e o movimento artístico perdeu força.
Os maiores exemplos da arquitetura pré-românica se encontram a metros de distância um do outro, no monte Naranco, a três quilômetros de Oviedo, hoje novamente a capital de Astúrias.
A igreja Santa Maria de Naranco foi construída para ser o palácio de verão de Ramiro 1º. Só mais tarde seria transformada em capela. Feita totalmente de pedra, a construção representa um avanço em relação às técnicas utilizadas até então, com o emprego de pedra e madeira. Do ponto de vista estilístico, a edificação se destaca pelas proporções que, com seus arcos simétricos, reforçam o perfil alongado da igreja.
Pouco acima, no mesmo monte de onde se tem uma vista panorâmica de Oviedo, foi construída a igreja São Miguel de Lillo, com características similares.
Projetada para ser um templo religioso, São Miguel de Lillo surpreende o visitante pela verticalidade da construção, uma impressão acentuada pelas alturas diferentes das cúpulas. A obra, em cujos afrescos e esculturas aparecem as primeiras figuras humanas da Espanha cristã, reflete uma ligeira influência bizantina e oriental. Ambas as construções datam de 848.
O breve e intenso período em que floresceu o pré-românico corresponde aos anos que se seguiram ao início da Reconquista, como é conhecida a derrota dos invasores mouros. O principado cristão nasceu com a vitória da batalha de Cavadonga, no início do século 8º, quando Astúrias resistiu à invasão dos mouros.
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Monte Naranco concentra traços pré-românicos
do enviado especial da Folha de S.Paulo à EspanhaDos muitos estilos arquitetônicos presentes no Principado de Astúrias, apenas um representa de fato uma contribuição própria para as artes européias. Trata-se do pré-românico, também chamado de pré-românico asturiano.
Essa escola arquitetônica viveu seu auge a partir do século 9º, pouco depois da formação do Principado de Astúrias, que data de 722. As principais obras são um legado do rei Ramiro 1º, que governou o principado por apenas oito anos, de 842 a 850. No século seguinte, a capital se transferiu de Oviedo para León, e o movimento artístico perdeu força.
Os maiores exemplos da arquitetura pré-românica se encontram a metros de distância um do outro, no monte Naranco, a três quilômetros de Oviedo, hoje novamente a capital de Astúrias.
A igreja Santa Maria de Naranco foi construída para ser o palácio de verão de Ramiro 1º. Só mais tarde seria transformada em capela. Feita totalmente de pedra, a construção representa um avanço em relação às técnicas utilizadas até então, com o emprego de pedra e madeira. Do ponto de vista estilístico, a edificação se destaca pelas proporções que, com seus arcos simétricos, reforçam o perfil alongado da igreja.
Pouco acima, no mesmo monte de onde se tem uma vista panorâmica de Oviedo, foi construída a igreja São Miguel de Lillo, com características similares.
Projetada para ser um templo religioso, São Miguel de Lillo surpreende o visitante pela verticalidade da construção, uma impressão acentuada pelas alturas diferentes das cúpulas. A obra, em cujos afrescos e esculturas aparecem as primeiras figuras humanas da Espanha cristã, reflete uma ligeira influência bizantina e oriental. Ambas as construções datam de 848.
O breve e intenso período em que floresceu o pré-românico corresponde aos anos que se seguiram ao início da Reconquista, como é conhecida a derrota dos invasores mouros. O principado cristão nasceu com a vitória da batalha de Cavadonga, no início do século 8º, quando Astúrias resistiu à invasão dos mouros.
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