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15/09/2003 - 06h22

Tijolo rubro em Boston lembra colonização

FÁBIO CHIOSSI
enviado especial da Folha de S.Paulo a Boston (EUA)

Uma das primeiras comunidades dos Estados Unidos (ou melhor, das colônias inglesas que dariam origem aos EUA) e berço da independência, Boston guarda a influência da antiga metrópole. Além de Harvard, a primeira universidade americana, fundada em 1636, outros tantos prédios em estilo georgiano -aqueles com tijolinhos vermelhos- relembram a época da colonização.

O visitante que passar por lá e já tiver pisado na Inglaterra logo reconhecerá contornos arquitetônicos originários daquele país, que compõem um horizonte eclético com modernos edifícios.

O centro é a melhor prova disso. A Old State House, sede da administração inglesa de 1713 a 1776, espreme-se por entre prédios modernos do distrito financeiro.

No alto da fachada da edificação, estão um leão, num canto, e um unicórnio, no outro, símbolos da monarquia inglesa. Preste atenção na varanda logo abaixo, onde, em 18 de julho de 1776, a Declaração de Independência foi lida pela primeira vez, aos bostonianos. Em 1881, após alterações, o prédio foi restaurado.

Em frente a essa varanda, alguns anos antes (em 1770), ocorreu o Massacre de Boston. Os soldados ingleses que vinham garantir a segurança dos cobradores de impostos da coroa costumavam ser insultados e apedrejados ao passarem pelas ruas da cidade. Uma vez, os insultos acabaram em briga; soldados ingleses dispararam e cinco americanos morreram, em frente à Old State House, onde hoje há uma estação do metrô.

Não longe dali, pode-se encontrar uma estátua de Samuel Adams, um dos líderes da revolução contra a coroa britânica e, mais tarde, um dos subscritores da Declaração de Independência -além de governador do já Estado de Massachusetts (1794-97). A peça em metal fica no Faneuil Hall, local onde a idéia de expulsar os ingleses tomou corpo.

O prédio, um presente dado à cidade de Boston em 1742 por um rico comerciante francês, Peter Faneuil, é uma construção em estilo georgiano -na verdade, o que o turista vê hoje é uma restauração, datada de 1970-, onde os revolucionários se juntavam para pregar ao povo a independência.

Na frente do prédio, conhecido também como "berço da liberdade", está o Quincy Market, um mercado que forma um corredor ao ar livre onde se encontram todos os tipos de lojas: de bares e restaurantes a lojas de louça e butiques de grifes de moda.

Outro prédio que se destaca no centro de Boston por seu design, na esquina da rua State e da India, é o Custom House, de 1847. Ele se tornou o primeiro arranha-céus de Boston mais de 60 anos depois, quando a estrutura ganhou alguns andares.

De meados do século 19 até 1913, lá havia apenas a estrutura original: um prédio imitando um templo grego da ordem dórica, onde, conforme indica o nome em inglês, funcionava a alfândega.

Em 1913 construiu-se sobre o "templo" o prédio que hoje se vê, de 16 andares. Apesar de haver na cidade uma lei restringindo a altura dos edifícios -e a torre do Custom House violava essa lei-, sua construção foi permitida pois o terreno pertencia à União e não estava sob a jurisdição de Boston.

Hoje, na maioria dos andares do prédio, funciona o hotel Marriott's Custom House, com 80 quartos. À noite, a iluminação da torre e do relógio, colorida, destaca-se entre as luzes da cidade.

Fábio Chiossi viajou a convite da Sun & Sea

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