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22/09/2003
-
03h48
da Folha de S.Paulo, Enviado especial ao Chile
Uma das vinícolas chilenas mais conhecidas no Brasil batiza um dos bairros tradicionais de Santiago: Concha y Toro. Isso dá uma idéia da importância da marca para o país.
Tudo começou com Don Melchor de Concha y Toro, fundador da vitivinícola em 1883, no vale del Maipo --região que abriga as mais tradicionais vitivinícolas do Chile. Alguns vinhos, como o Casillero del Diablo, cuja tradução da primeira parte pode ser adega ou porão, ainda trazem histórias e lendas centenárias.
Conta-se que, depois de 20 anos adaptando uvas viníferas de Bordeaux, na França, em solo chileno, Don Melchor passou a reservar para si as melhores safras.
Entretanto para evitar "sócios" nessas reservas especiais, espalhou o rumor de que o diabo vivia no porão onde descansava o vinho das ricas garrafas. Aquele vinho se foi, mas o diabo ficou. Pelo menos no nome.
O Casillero não é o único vinho da tradicional vinícola. Há o Marques de Casa Concha Cabernet Sauvignon 2001, que tem a vantagem de poder ser tomado imediatamente, segundo os degustadores especializados; e o Marques de Casa Concha Merlot 2001 do vale do Rapel, de sabor achocolatado e pouca acidez.
Da mesma vinícola são o Trio Gewürztraminer 2001 de aroma frutal e ótimo para acompanhar uma refeição típica japonesa; e ainda o Terrunyo Sauvignon Blanc 2001, com sabor de mel.
Uma visita até a vinícola Concha y Toro (www.conchaytoro.com) deve ser marcada com antecedência e custa US$ 4 (tel.: 00/ xx/56/2/472-5000).
Vale Colchagua
Se o que é "bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil", como andaram espalhando, os vinhos da Montes Alpha seriam os melhores para nós.
Os vinhedos da Montes Alpha são cultivados no vale do Colchagua e no de Curicó, de onde 95% da produção total é exportada para mais de 60 países, como os vinhos Montes Alpha M e Montes Folly. Em 2003, pesquisa da revista americana "Wine & Spirits" o elegeu como o vinho chileno preferido pelos americanos.
Durante a "expedição" podem ser degustados os Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e o Syrah. O turista também se delicia com as histórias contadas.
Descobre-se que a seleção das uvas do vinho Montes Folly, com 100% de uvas Syrah para prensagem, é manual, uva por uva. As que não aparentam "saúde" são desprezadas. O nome Folly veio da loucura que foi plantar pela primeira vez naquela área a variedade Syrah. A trabalheira deu certo e resultou em um vinho de alta qualidade, segundo os proprietários da vinícola. As visitas aos vinhedos da Montes Alpha estão abertas ao público (e-mail: montes@monteswines.com).
Ousadia
Depois de uma degustação de vinhos, uma refeição em um restaurante de comida típica chilena é obrigatória. No restaurante Osadia (calle Tolaba, 477, tel. local: 231-4738, Santiago), o chef Carlo Von Muhlenbrock introduziu ousadia nos pratos e nos preços. Os pratos vão de seviches (lula, camarões, ostras e merluza) a pescados e mariscos. Há carnes de cordeiro a filé de avestruz.
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Diabo ''viveu'' em porão de vinícola chilena
JULIO ABRAMCZYKda Folha de S.Paulo, Enviado especial ao Chile
Uma das vinícolas chilenas mais conhecidas no Brasil batiza um dos bairros tradicionais de Santiago: Concha y Toro. Isso dá uma idéia da importância da marca para o país.
Tudo começou com Don Melchor de Concha y Toro, fundador da vitivinícola em 1883, no vale del Maipo --região que abriga as mais tradicionais vitivinícolas do Chile. Alguns vinhos, como o Casillero del Diablo, cuja tradução da primeira parte pode ser adega ou porão, ainda trazem histórias e lendas centenárias.
Conta-se que, depois de 20 anos adaptando uvas viníferas de Bordeaux, na França, em solo chileno, Don Melchor passou a reservar para si as melhores safras.
Entretanto para evitar "sócios" nessas reservas especiais, espalhou o rumor de que o diabo vivia no porão onde descansava o vinho das ricas garrafas. Aquele vinho se foi, mas o diabo ficou. Pelo menos no nome.
O Casillero não é o único vinho da tradicional vinícola. Há o Marques de Casa Concha Cabernet Sauvignon 2001, que tem a vantagem de poder ser tomado imediatamente, segundo os degustadores especializados; e o Marques de Casa Concha Merlot 2001 do vale do Rapel, de sabor achocolatado e pouca acidez.
Da mesma vinícola são o Trio Gewürztraminer 2001 de aroma frutal e ótimo para acompanhar uma refeição típica japonesa; e ainda o Terrunyo Sauvignon Blanc 2001, com sabor de mel.
Uma visita até a vinícola Concha y Toro (www.conchaytoro.com) deve ser marcada com antecedência e custa US$ 4 (tel.: 00/ xx/56/2/472-5000).
Vale Colchagua
Se o que é "bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil", como andaram espalhando, os vinhos da Montes Alpha seriam os melhores para nós.
Os vinhedos da Montes Alpha são cultivados no vale do Colchagua e no de Curicó, de onde 95% da produção total é exportada para mais de 60 países, como os vinhos Montes Alpha M e Montes Folly. Em 2003, pesquisa da revista americana "Wine & Spirits" o elegeu como o vinho chileno preferido pelos americanos.
Durante a "expedição" podem ser degustados os Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e o Syrah. O turista também se delicia com as histórias contadas.
Descobre-se que a seleção das uvas do vinho Montes Folly, com 100% de uvas Syrah para prensagem, é manual, uva por uva. As que não aparentam "saúde" são desprezadas. O nome Folly veio da loucura que foi plantar pela primeira vez naquela área a variedade Syrah. A trabalheira deu certo e resultou em um vinho de alta qualidade, segundo os proprietários da vinícola. As visitas aos vinhedos da Montes Alpha estão abertas ao público (e-mail: montes@monteswines.com).
Ousadia
Depois de uma degustação de vinhos, uma refeição em um restaurante de comida típica chilena é obrigatória. No restaurante Osadia (calle Tolaba, 477, tel. local: 231-4738, Santiago), o chef Carlo Von Muhlenbrock introduziu ousadia nos pratos e nos preços. Os pratos vão de seviches (lula, camarões, ostras e merluza) a pescados e mariscos. Há carnes de cordeiro a filé de avestruz.
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