Publicidade
Publicidade
13/10/2003
-
06h36
A civilização inca se rendeu aos conquistadores espanhóis, mas não sem antes lhes pregar uma grande peça: Machu Picchu. Durante quatro séculos, o complexo permaneceu escondido. Os espanhóis, que dominaram toda a costa do Pacífico e vasculharam a cordilheira em busca de ouro, nunca souberam do santuário ecológico.
A "falha" dos conquistadores espanhóis só veio à tona em 1911, quando o complexo de Machu Picchu foi descoberto pelo historiador americano Hiran Bingham. O tesouro escondido pelos incas recebeu de Bingham a denominação de "a cidade perdida".
O segredo sobre Machu Picchu não foi surpresa apenas para os forasteiros. Hoje, sabe-se que até os habitantes comuns desconheciam da existência do complexo, construído para abrigar a classe dominante do império da civilização. Além dos governantes, somente alguns nobres, sacerdotes, e certas mulheres escolhidas tinham acesso ao local, que acabou se transformando em um imenso santuário.
O ponto de partida para conhecer Machu Picchu fica em Cuzco. É possível fazer o trajeto a pé, desde que se tenha tempo e disposição para caminhar durante três ou quatro dias. A outra opção é seguir de trem. A passagem custa US$ 88 (ida e volta), em um trem moderno e confortável com serviço de bordo e guia, ou US$ 53 em um trem mais modesto. O salgado preço é compensado.
Durante os 112 quilômetros percorridos, incrementados pela paisagem da cordilheira e pelo curso do rio Urubamba, o viajante consegue observar vários vestígios da civilização, como canalizações e observatórios feitos entre os séculos 8º e 15.
De quebra, a rota garante a visualização dos dois maiores picos nevados da cordilheira; o Verônica, que tem 5.850 m, e o Salkantay, que atinge a altura de 6.271 m.
Chegando na estação final de Machu Picchu, é preciso pegar um microônibus e percorrer mais 8 km. A passagem custa US$ 9.
Máquina fotográfica e uma garrafa de água são os únicos objetos indispensáveis para as três horas de caminhada dentro do sítio.
Uma das coisas que mais impressionam é a descoberta de que os enormes blocos de pedras das construções, que pesam até 40 toneladas, não são originários do local. Numa época em que teoricamente não se conhecia ainda a roda, as pedras eram extraídas de montanhas próximas e levadas até o alto de Machu Picchu.
Como? Eis apenas um dos vários mistérios sobre a civilização inca. É proibido entrar no complexo carregando bolsas e sacolas.
A maioria dos visitantes sempre fica tentada a garantir uma pedrinha de recordação --imagine o que seria do sítio arqueológico visitado por cerca de mil pessoas diariamente. O ingresso para a visita custa US$ 20. Estudantes pagam meia-entrada.
Leia mais
Folha de coca dá as boas-vindas em Cuzco
Cuzco era umbigo do mundo para povo andino
Templos peruanos traduzem habilidade de andinos
Engenharia tem um quê da técnica inca
Vendedor faz escolta cerrada em mercado
Rato sai do mato e vai para a mesa de restaurante fino
Pacotes para o Peru
Iquitos introduz aventura na selva peruana
Passados pré-colonial e hispânico assinalam Lima
Especial
Veja galeria de fotos do Peru
112 km anunciam vestígio de Machu Picchu
do enviado especial da Folha de S.Paulo ao PeruA civilização inca se rendeu aos conquistadores espanhóis, mas não sem antes lhes pregar uma grande peça: Machu Picchu. Durante quatro séculos, o complexo permaneceu escondido. Os espanhóis, que dominaram toda a costa do Pacífico e vasculharam a cordilheira em busca de ouro, nunca souberam do santuário ecológico.
A "falha" dos conquistadores espanhóis só veio à tona em 1911, quando o complexo de Machu Picchu foi descoberto pelo historiador americano Hiran Bingham. O tesouro escondido pelos incas recebeu de Bingham a denominação de "a cidade perdida".
Fabio Marra/Folha Imagem |
Trilhos que levam a Machu Picchu e o rio Urubamba vistos do interior do trem |
O segredo sobre Machu Picchu não foi surpresa apenas para os forasteiros. Hoje, sabe-se que até os habitantes comuns desconheciam da existência do complexo, construído para abrigar a classe dominante do império da civilização. Além dos governantes, somente alguns nobres, sacerdotes, e certas mulheres escolhidas tinham acesso ao local, que acabou se transformando em um imenso santuário.
O ponto de partida para conhecer Machu Picchu fica em Cuzco. É possível fazer o trajeto a pé, desde que se tenha tempo e disposição para caminhar durante três ou quatro dias. A outra opção é seguir de trem. A passagem custa US$ 88 (ida e volta), em um trem moderno e confortável com serviço de bordo e guia, ou US$ 53 em um trem mais modesto. O salgado preço é compensado.
Durante os 112 quilômetros percorridos, incrementados pela paisagem da cordilheira e pelo curso do rio Urubamba, o viajante consegue observar vários vestígios da civilização, como canalizações e observatórios feitos entre os séculos 8º e 15.
De quebra, a rota garante a visualização dos dois maiores picos nevados da cordilheira; o Verônica, que tem 5.850 m, e o Salkantay, que atinge a altura de 6.271 m.
Chegando na estação final de Machu Picchu, é preciso pegar um microônibus e percorrer mais 8 km. A passagem custa US$ 9.
Máquina fotográfica e uma garrafa de água são os únicos objetos indispensáveis para as três horas de caminhada dentro do sítio.
Uma das coisas que mais impressionam é a descoberta de que os enormes blocos de pedras das construções, que pesam até 40 toneladas, não são originários do local. Numa época em que teoricamente não se conhecia ainda a roda, as pedras eram extraídas de montanhas próximas e levadas até o alto de Machu Picchu.
Como? Eis apenas um dos vários mistérios sobre a civilização inca. É proibido entrar no complexo carregando bolsas e sacolas.
A maioria dos visitantes sempre fica tentada a garantir uma pedrinha de recordação --imagine o que seria do sítio arqueológico visitado por cerca de mil pessoas diariamente. O ingresso para a visita custa US$ 20. Estudantes pagam meia-entrada.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.