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13/10/2003
-
06h51
enviado especial da Folha de S.Paulo ao Peru
Um dos roteiros mais disputados pelos turistas que visitam o Peru exige determinação: levantar cedo, ficar sem comer e ainda ter de tomar um chá amargo. A palavra-chave para quem vai a Cuzco --um vale de clima seco e frio localizado no alto da cordilheira dos Andes, a 3.360 metros do nível do mar-- é madrugar.
Cerca de 20 vôos diários partem de Lima nas primeiras horas do dia com destino à cidade por uma questão de segurança. Quando a tarde cai, a corrente de vento, canalizada entre a serra e as rochas, torna-se muito forte, comprometendo as condições para pouso de aeronaves em Cuzco.
A viagem é rodeada de expectativas."Atenção: nada de pressa em Cuzco. Andem devagar, comam pouco e nem pensar em exercícios físicos." Os guias alertam os turistas ainda no aeroporto.
Em tom de brincadeira, o aviso é feito com rima. Andar com "despacito" (devagarinho), comer "poquito" (pouquinho) e dormir "solito" (sozinho).
No avião, uma rotina necessária pode afligir alguns turistas. O desjejum é acompanhado de chá de coca, sugerido para amenizar os efeitos da altitude da cordilheira. "Chacchar" --termo quase onomatopéico, que no idioma local significa mascar-- é de grande importância para os povos andinos, explica o guia.
O chá amargo também é oferecido na chegada aos hotéis e após as refeições. As folhas para "chacchar" também são vendidas em feiras de rua. "Devido à altitude, a digestão demora mais, causando sensação de desconforto ao turista desavisado. O chá ajuda", explica um guia local.
Mascar a folha da coca também contribui para desfazer a sensação de desconforto causada pelo excesso de altitude. Há um porém: o "chacchar" produz um sumo que deixa os dentes com a coloração esverdeada e a boca ligeiramente adormecida.
Na chegada, festa! Grupos tocam músicas típicas e de quebra tentam vender seus CDs. Essa é uma forma de dar boas-vindas aos que entram na "casa e morada dos deuses", como diziam os incas- povo que habitou a região entre os séculos 8º e 15.
Ruínas
Cuzco é uma cidade aconchegante. No estilo colonial, ainda preserva construções incaicas. Templos e palácios construídos em pedras milenares e fortalezas históricas estão espalhadas pela cidade, que foi a capital administrativa, militar e religiosa do império inca. No entorno, também existem ruínas de grande valor histórico como as do vale Sagrado e as do sítio arqueológico no vale do rio Urubamba.
Também Machu Picchu, a impressionante cidade perdida dos incas, descoberta há apenas 92 anos, fica perto: a 110 km de Cuzco.
Fabio Marra viajou a convite da Promperu e da companhia aérea Taca
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FABIO MARRAenviado especial da Folha de S.Paulo ao Peru
Um dos roteiros mais disputados pelos turistas que visitam o Peru exige determinação: levantar cedo, ficar sem comer e ainda ter de tomar um chá amargo. A palavra-chave para quem vai a Cuzco --um vale de clima seco e frio localizado no alto da cordilheira dos Andes, a 3.360 metros do nível do mar-- é madrugar.
Cerca de 20 vôos diários partem de Lima nas primeiras horas do dia com destino à cidade por uma questão de segurança. Quando a tarde cai, a corrente de vento, canalizada entre a serra e as rochas, torna-se muito forte, comprometendo as condições para pouso de aeronaves em Cuzco.
Fabio Marra/Folha Imagem |
Habitação inca construída sob canaletas |
A viagem é rodeada de expectativas."Atenção: nada de pressa em Cuzco. Andem devagar, comam pouco e nem pensar em exercícios físicos." Os guias alertam os turistas ainda no aeroporto.
Em tom de brincadeira, o aviso é feito com rima. Andar com "despacito" (devagarinho), comer "poquito" (pouquinho) e dormir "solito" (sozinho).
No avião, uma rotina necessária pode afligir alguns turistas. O desjejum é acompanhado de chá de coca, sugerido para amenizar os efeitos da altitude da cordilheira. "Chacchar" --termo quase onomatopéico, que no idioma local significa mascar-- é de grande importância para os povos andinos, explica o guia.
O chá amargo também é oferecido na chegada aos hotéis e após as refeições. As folhas para "chacchar" também são vendidas em feiras de rua. "Devido à altitude, a digestão demora mais, causando sensação de desconforto ao turista desavisado. O chá ajuda", explica um guia local.
Mascar a folha da coca também contribui para desfazer a sensação de desconforto causada pelo excesso de altitude. Há um porém: o "chacchar" produz um sumo que deixa os dentes com a coloração esverdeada e a boca ligeiramente adormecida.
Na chegada, festa! Grupos tocam músicas típicas e de quebra tentam vender seus CDs. Essa é uma forma de dar boas-vindas aos que entram na "casa e morada dos deuses", como diziam os incas- povo que habitou a região entre os séculos 8º e 15.
Ruínas
Cuzco é uma cidade aconchegante. No estilo colonial, ainda preserva construções incaicas. Templos e palácios construídos em pedras milenares e fortalezas históricas estão espalhadas pela cidade, que foi a capital administrativa, militar e religiosa do império inca. No entorno, também existem ruínas de grande valor histórico como as do vale Sagrado e as do sítio arqueológico no vale do rio Urubamba.
Também Machu Picchu, a impressionante cidade perdida dos incas, descoberta há apenas 92 anos, fica perto: a 110 km de Cuzco.
Fabio Marra viajou a convite da Promperu e da companhia aérea Taca
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