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19/01/2004 - 03h57

Ordem premiava personalidades "desparafusadas"

da enviada especial da Folha de S.Paulo a Buenos Aires

Ter um parafuso a menos: ser aluado, meio desequilibrado mentalmente; ter um parafuso frouxo. Todo mundo sabe que quem tem um parafuso a menos na cabeça fica meio doido. Sofre de desvarios.

Baseada nessa verdade popular, foi criada, em 1948, a Orden del Tornillo, ou Ordem do Parafuso, em um domingo qualquer, na sala de jantar da casa de Quinquela Martín.

Tratava-se de uma confraria de pessoas eleitas pelo grupo que a criou. O objetivo era homenagear os loucos, aqueles que tinham um parafuso a menos. Para os criadores da ordem, eram justamente as pessoas desatinadas que desempenhavam o papel de cultivar o bem, a verdade e a beleza de espírito. Quinquela Martín foi escolhido grão-mestre da ordem. A idéia saiu da cabeça desparafusada do ceramista J. Lucio Rodríguez.
Diversas pessoas que se destacaram foram premiadas com cargos no clube. Entre os membros, figuram artistas, embaixadores, filantropos, músicos, jornalistas e poetas.

A celebração de nomeação de um membro da Ordem do Parafuso consistia em uma pequena cerimônia na sede da ordem, a casa de Quinquela Martín.

Ali, comiam, faziam algumas piadas e entregavam, ao novo membro, o título, que vinha acompanhado de um fardão, um traje com parafusos por todos os lados. Na frente, ele é urdido com um cadarço, e os parafusos fazem as vezes de botões. Uma bengala em forma de parafuso e um parafuso dourado pendendo do pescoço completam a vestimenta.

Entre os membros da ordem, destaca-se o cineasta e ator Charles Chaplin, que, por ter morrido antes de pegar seu fardão e seu parafuso dourado, foi representado por sua filha Geraldine.

Ao todo, mais de três centenas de pessoas tiveram a honra de pertencer a tão distinta ordem.

Os nomes desses felizardos, assim como um exemplar do fardão, podem ser vistos no museu, perto do quarto em que Quinquela Martín dormia.

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