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26/01/2004 - 04h55

Resgate evidencia segurança de arvorismo

da enviada especial da Folha de S.Paulo a Atibaia (SP)

Momentos de expectativa entre as copas das árvores do bosque do Village Eldorado Atibaia.

Dependurado por uma cadeirinha de fitas de náilon, o contador Marcos Lima desce devagarinho, numa velocidade controlada pelos instrutores do arvorismo. Ao pisar o chão, aplausos do pequeno público que observa a cena, convencido da segurança do esporte.

Destinado apenas aos hóspedes do hotel nas férias, em feriados prolongados e alguns fins de semana, o circuito de arvorismo do hotel foi montado pela empresa Trilha Brasil e só pode ser percorrido com a presença de dois instrutores, os que resgataram Lima.

O contador escorregou do cabo de aço numa etapa do circuito chamada "falsa baiana", que consiste num cabo de aço para deslocamento com o pé e outro em cima para ser segurado com as mãos. "Você não precisa fazer força com os braços, o equilíbrio está no pé", adverte o instrutor Evaldo Ramos de Andrade. Fácil falar. "Minhas pernas começaram a tremer e eu perdi a força nas mãos", lembra Lima, que, ao "cair", ficou de ponta-cabeça, dependurado no cabo de aço com as dobras dos joelhos.

Ele não despencou do alto das árvores por causa das tais tiras de náilon, que ficam durante todo o percurso acopladas às cordas ou cabos do circuito por garras chamadas de mosquetões. No início, o funcionamento deles parece complexo para o estreante.

Eles ficam na ponta das fitas de náilon, que se transformam em cadeirinha quando os pés estão soltos no vazio. Ao entrar no circuito, o aventureiro precisa encaixar um dos mosquetões na corda que acompanha o trajeto. Para não ficar completamente solto em nenhum momento, ele deve, entre uma etapa e outra, acoplar à corda o mosquetão que está solto antes de tirar o outro.

Lembrar disso, equilibrar-se e ainda tirar fotos parece muita coisa para uma cabeça só. Mas a operação passa a acontecer automaticamente durante o itinerário, e o instrutor sempre está por perto em caso de dúvida ou confusão.

Simples, as primeiras etapas ajudam o principiante a se familiarizar com o arvorismo. A caminhada sobre pneus no alto das árvores testa quem tem mais força: o medo de altura ou a vontade de superar o desafio de continuar.

Na atividade seguinte, o caminho é trilhado sobre vários pedaços de troncos de árvores. Quando se pisa no início do tronco seguinte, ele abaixa um pouco, parecendo que vai cair, mas isso não passa de paúra de principiante.

A seguir, uma escada horizontal pode apavorar alguns, já que a distância entre uma tora e outra parece considerável. Mas não precisa ter pressa, o importante é seguir o seu ritmo.

Finalmente chega a fatídica "falsa baiana". "Ela exige muito músculo", comenta o bancário Rogério Ravazzolo, que, porém, cumpriu o circuito até o fim.

Aqui os medrosos podem desistir e descer no chamado rapel de baldinho, como o realizado com Lima, numa velocidade controlada. "Quem pára nesse ponto perde o melhor do circuito", comenta o instrutor Daniel Ferreira, referindo-se à tirolesa, última atividade do arvorismo do hotel.

Melhor parte para alguns, pânico para outros, já que se trata de uma queda livre na qual o aventureiro fica dependurado por uma roldana. "O mais difícil é ter coragem de se largar lá do alto, pois não há mais apoio nos pés", comenta o recreador do hotel Marcelo Yaroussalian. "No meio da tirolesa, parece que você vai se esborrachar na árvore seguinte."

Mas isso não acontece, porque uma roldana breca o deslizamento da tirolesa, que vira uma espécie de pêndulo. "C'est l'horreur", comenta a brasileira Mildred Aubry, que, por morar há 19 anos na Suíça, expressa-se em francês quando está com medo.

Já a adolescente Luma Babolim Antonio achou uma "delícia" a tirolesa. "Senti que estava voando."

Circuitos de arvorismo em Atibaia - Hotel Village Eldorado Atibaia (apenas para hóspedes): 0/xx/11/4411-0533; Centro de Esportes e Aventura Portal dos Pinheiros: 0/xx/11/4411-8325, R$ 40 por pessoa; Recanto da Paz: 0/xx/11/4415-1369, R$ 30 por pessoa (interessados devem telefonar para se informar quando os circuitos funcionam, o que só acontece com a presença de instrutores).

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