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15/03/2004
-
06h28
Patrimônio histórico da humanidade, o centro antigo de São Luís é usado como cenário da novela "Da Cor do Pecado", da Rede Globo. Ruas calçadas de pedras, escadarias, casarões azulejados, as cores e os sons da capital maranhense são complemento para a trama do folhetim das 19h (horário de Brasília).
A casa de Preta (Taís Araújo), personagem principal, fica aos pés da escadaria da rua do Giz e já virou ponto de visitação turística. No beco Catarina Mina, um casarão de paredes alaranjadas, pintado pela produção da novela, é o cenário para a casa de pai Helinho (Matheus Nachtergaele), uma espécie de vidente que é o melhor amigo da protagonista.
Para gravar os primeiros capítulos, o elenco ali ficou um mês, tempo suficiente para os atores sentirem o clima da ilha de São Luís. "A cidade como cenário reaquece a novela", afirma Taís Araújo. "Aqui [São Luís], a cultura acontece verdadeiramente. Não se paga para assistir a um tambor-de-crioula, por exemplo, que acontece nos finais de tarde de todas as sextas-feiras no mercado [a feira da Casa das Tulhas, também conhecida como feira da Praia Grande]. Fui muito bem tratada aqui", diz a atriz sobre uma das mais tradicionais manifestações culturais do Maranhão. No primeiro capítulo, o personagem Paco (Reynaldo Gianecchini) observa Preta dançando em uma roda de tambor-de-crioula.
"Eu não tinha referência da cultura do Maranhão, que é surpreendente. São muitos batuques. À noite, não é difícil você ouvir um som de tambor distante. As pessoas daqui são muito alegres, característica bem brasileira", complementa Nachtergaele.
Mas a população ludovicense critica a novela. "Eles [os personagens] dobram uma rua e estão em Alcântara. Viram em outro canto [esquina] e estão nos Lençóis. Aqui não é assim", diz o comerciante João Cândido Martins, 47.
Alcântara fica a quase uma hora de barco de São Luís. Já o parque dos Lençóis tem entrada por Barreirinhas, três horas de carro da capital e mais um trajeto de pelo menos mais uma hora de jardineira, um jipe com bancos na carroceria, ou uma hora e meia pelo rio Preguiças.
O elenco voltou à capital maranhense no início de fevereiro para gravar capítulos da segunda fase da novela, considerada pelos atores mais dramática.
As cenas da novela não mostram somente a bela paisagem do conjunto de casarões do centro histórico de São Luís, mas exibem também os sobrados abandonados, desmoronados e até mesmo ocupados por sem-teto.
A degradação de boa parte do centro histórico é um reflexo da pobreza. O turista é facilmente abordado por pedintes, crianças e adultos, que muitas vezes não parecem mendigos, mas são capazes de utilizar argumentos insistentes para conseguir dinheiro.
"O folhetim não aborda isso. É um povo abandonado. Um custo de vida muito alto. As pessoas "cortam um dobrado" para viver e, para o consumo do turista, o custo também é caro", diz o ator.
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Casa de personagem de novela em São Luís vira atração
da Folha de S.Paulo, no MaranhãoPatrimônio histórico da humanidade, o centro antigo de São Luís é usado como cenário da novela "Da Cor do Pecado", da Rede Globo. Ruas calçadas de pedras, escadarias, casarões azulejados, as cores e os sons da capital maranhense são complemento para a trama do folhetim das 19h (horário de Brasília).
A casa de Preta (Taís Araújo), personagem principal, fica aos pés da escadaria da rua do Giz e já virou ponto de visitação turística. No beco Catarina Mina, um casarão de paredes alaranjadas, pintado pela produção da novela, é o cenário para a casa de pai Helinho (Matheus Nachtergaele), uma espécie de vidente que é o melhor amigo da protagonista.
Para gravar os primeiros capítulos, o elenco ali ficou um mês, tempo suficiente para os atores sentirem o clima da ilha de São Luís. "A cidade como cenário reaquece a novela", afirma Taís Araújo. "Aqui [São Luís], a cultura acontece verdadeiramente. Não se paga para assistir a um tambor-de-crioula, por exemplo, que acontece nos finais de tarde de todas as sextas-feiras no mercado [a feira da Casa das Tulhas, também conhecida como feira da Praia Grande]. Fui muito bem tratada aqui", diz a atriz sobre uma das mais tradicionais manifestações culturais do Maranhão. No primeiro capítulo, o personagem Paco (Reynaldo Gianecchini) observa Preta dançando em uma roda de tambor-de-crioula.
"Eu não tinha referência da cultura do Maranhão, que é surpreendente. São muitos batuques. À noite, não é difícil você ouvir um som de tambor distante. As pessoas daqui são muito alegres, característica bem brasileira", complementa Nachtergaele.
Mas a população ludovicense critica a novela. "Eles [os personagens] dobram uma rua e estão em Alcântara. Viram em outro canto [esquina] e estão nos Lençóis. Aqui não é assim", diz o comerciante João Cândido Martins, 47.
Alcântara fica a quase uma hora de barco de São Luís. Já o parque dos Lençóis tem entrada por Barreirinhas, três horas de carro da capital e mais um trajeto de pelo menos mais uma hora de jardineira, um jipe com bancos na carroceria, ou uma hora e meia pelo rio Preguiças.
O elenco voltou à capital maranhense no início de fevereiro para gravar capítulos da segunda fase da novela, considerada pelos atores mais dramática.
As cenas da novela não mostram somente a bela paisagem do conjunto de casarões do centro histórico de São Luís, mas exibem também os sobrados abandonados, desmoronados e até mesmo ocupados por sem-teto.
A degradação de boa parte do centro histórico é um reflexo da pobreza. O turista é facilmente abordado por pedintes, crianças e adultos, que muitas vezes não parecem mendigos, mas são capazes de utilizar argumentos insistentes para conseguir dinheiro.
"O folhetim não aborda isso. É um povo abandonado. Um custo de vida muito alto. As pessoas "cortam um dobrado" para viver e, para o consumo do turista, o custo também é caro", diz o ator.
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