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29/03/2004
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03h02
As pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos, em Gizé, são, no imaginário de quem sonha visitar o Egito, o ápice de uma viagem ao país.
Não há dúvida, não há nada parecido no planeta. Mas elas poderiam ser muito mais impressionantes não fosse o descaso com que esses monumentos únicos estão sendo tratados.
As pirâmides foram construídas no meio do deserto, próximas a um braço do rio Nilo. E permaneceram assim, isoladas, durante mais de 4.000 anos.
Nas últimas décadas, no entanto, a falta de visão das autoridades egípcias permitiu que a cidade do Cairo fosse se aproximando dos monumentos e chegasse ao absurdo de colar neles.
Hoje, quando o turista visita a tão célebre e "enigmática" esfinge, precisa fazer um grande esforço para não ver também a lanchonete da rede de fast food KFC ali bem perto e dezenas de construções modernas de péssima arquitetura. Sem falar nos camelôs vendendo suvenires. Não há enigma que resista.
A conspurcação daquele que deveria ser o ponto alto de uma viagem ao Egito continua com os ônibus de turistas trafegando em estradas feitas em meio às pirâmides. Ou seja, entre as pirâmides de Queóps e Quéfren, as maiores e mais bonitas, não há mais deserto, mas um caminho de asfalto.
Até mesmo a vista mais famosa do local, de um ponto elevado um pouco distante onde se podem ver as três pirâmides juntas, está comprometida pela sujeira --não faltam garrafas de plástico espalhadas pela areia do que deveria ser deserto-- e por um horrível anfiteatro improvisado onde costuma ser apresentada a ópera "Aida", de Giuseppe Verdi.
A sensação, lógico, é de frustração. Por mais que se tente abstrair, é impossível não perceber o prejuízo causado pelo turismo de massa, mal planejado, e pela falta de cuidado com aquela que é a única das sete maravilhas da Antigüidade ainda de pé.
Está mais do que na hora de o governo egípcio fazer uma intervenção radical em toda a área em torno das pirâmides e mudar completamente o tipo de turismo praticado no local. É preciso recuperar a magia das pirâmides do Egito, fazer com que elas voltem a ser incríveis testemunhos da história da humanidade, destacadas no tempo e no espaço.
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Descaso tira brilho das pirâmides
da Folha de S.Paulo, no EgitoAs pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos, em Gizé, são, no imaginário de quem sonha visitar o Egito, o ápice de uma viagem ao país.
Não há dúvida, não há nada parecido no planeta. Mas elas poderiam ser muito mais impressionantes não fosse o descaso com que esses monumentos únicos estão sendo tratados.
As pirâmides foram construídas no meio do deserto, próximas a um braço do rio Nilo. E permaneceram assim, isoladas, durante mais de 4.000 anos.
Nas últimas décadas, no entanto, a falta de visão das autoridades egípcias permitiu que a cidade do Cairo fosse se aproximando dos monumentos e chegasse ao absurdo de colar neles.
Hoje, quando o turista visita a tão célebre e "enigmática" esfinge, precisa fazer um grande esforço para não ver também a lanchonete da rede de fast food KFC ali bem perto e dezenas de construções modernas de péssima arquitetura. Sem falar nos camelôs vendendo suvenires. Não há enigma que resista.
A conspurcação daquele que deveria ser o ponto alto de uma viagem ao Egito continua com os ônibus de turistas trafegando em estradas feitas em meio às pirâmides. Ou seja, entre as pirâmides de Queóps e Quéfren, as maiores e mais bonitas, não há mais deserto, mas um caminho de asfalto.
Até mesmo a vista mais famosa do local, de um ponto elevado um pouco distante onde se podem ver as três pirâmides juntas, está comprometida pela sujeira --não faltam garrafas de plástico espalhadas pela areia do que deveria ser deserto-- e por um horrível anfiteatro improvisado onde costuma ser apresentada a ópera "Aida", de Giuseppe Verdi.
A sensação, lógico, é de frustração. Por mais que se tente abstrair, é impossível não perceber o prejuízo causado pelo turismo de massa, mal planejado, e pela falta de cuidado com aquela que é a única das sete maravilhas da Antigüidade ainda de pé.
Está mais do que na hora de o governo egípcio fazer uma intervenção radical em toda a área em torno das pirâmides e mudar completamente o tipo de turismo praticado no local. É preciso recuperar a magia das pirâmides do Egito, fazer com que elas voltem a ser incríveis testemunhos da história da humanidade, destacadas no tempo e no espaço.
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