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05/04/2004 - 05h18

Protagonista do boi-de-mamão ressuscita

da enviada especial da Folha de S.Paulo a Santa Catarina

O boi sempre morre no folguedo do boi-de-mamão, importado dos Açores como a farra do boi, mas em seguida ressuscita, graças à ajuda de uma benzedeira, cujo conhecimento se sobrepõe ao do médico na brincadeira.

A manifestação folclórica catarinense lembra o bumba-meu-boi, com seu protagonista formado por uma pessoa escondida sob uma fantasia de pano.

Mas em Santa Catarina outros personagens compõem a história: a Maricota, apoiada em pernas-de-pau, é inspirada nas esguias alemãs que chegaram após os açorianos, como Waldemar, seu baixinho marido, que precisa subir em algo para beijá-la; os urubus (normalmente crianças) pinicam o ânus do boi morto; e os vaqueiros oferecem criancinhas para a Bernúncia "comer", mas ela, coberta por pano como o boi, expele os pequenos por baixo, como se desse à luz.

"A figura da Bernúncia pode estar associada ao dragão chinês ou à baleia, o que tem bastante relação com os Açores, onde o animal era caçado, comenta João Otávio Neves Filho, o Janga, dono da Casa Açoriana Artes e Tramóias Ihoas, em Santo Antônio de Lisboa, praia de Florianópolis. Ali há figuras de cerâmica desses personagens à venda.

A casa, que tem o propósito de valorizar o artista local, ainda comercializa presépios feitos de conchas, mariscos e/ou palha de banana, quadros alusivos à cultura do Estado e miniaturas de paus de fitas, ao redor dos quais os brincantes dançam para celebrar a primavera.

O artesanato produzido em Santa Catarina também é comercializado na Casa da Alfândega, no centro histórico da capital.

Ali há divertidas Bernúncias em forma de fantoche e peças confeccionadas com material reciclado, como uma girafa feita com tronco de árvore, meia, tecido e botões.

Artesanato em Florianópolis - Casa Açoriana: rua Cônego Serpa, 30, Santo Antônio de Lisboa, tel.: 0/xx/48/235-1262; Casa da Alfândega: rua Conselho Mafra, 141, centro, tel.: 0/xx/48/224-6082.


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