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31/05/2004 - 02h32

Viagem a dois: Quem casa no exterior está atrás de intimidade

HELOISA LUPINACCI
da Folha de S.Paulo

Chegar à igreja a bordo da carruagem da Cinderela para se casar em plena Disneyworld (Orlando, EUA). Declarar fidelidade vitalícia na mesma capela em que Frank Sinatra o fez em Las Vegas (EUA). Posar para fotos trajando pareôs ou colares de flores nas exóticas cerimônias havaianas ou taitianas. Casar e passar a lua-de-mel em um hotel especializado em realizar os desejos de noivos e recém-casados na Jamaica. O cardápio de sonhos é vasto para quem decide viajar com o intuito de misturar casamento e lua-de-mel no exterior.

Silvio Cioffi/Folha Imagem

Canoa típica da Polinésia pega onda com turistas na praia de Waikiki, na Ilha de Oahu (Havaí)


Motivação

Grande parte das pessoas que fazem isso procura não uma certidão oficial, mas sim uma cerimônia simbólica. Outra parte quer distância de discórdias familiares que podem acompanhar a preparação da festa.

"Muitas vezes o casal quer fugir das brigas de família e afirma que o importante são eles dois", diz Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP. Para ela, quem se casa no exterior está atrás, principalmente, de intimidade.

Esse foi o propósito de Rosângela de Jesus e Vicente Romano Matos. "Antes do enlace, a gente se perguntou: "vamos fazer um casamento para os outros ou para a gente?'", conta Rosângela, que se uniu com Vicente em uma cerimônia no Taiti.

Há, ainda, uma parcela de casais que, depois do casamento no Brasil, durante a lua-de-mel, repete o ritual no destino visitado. Esse é o caso de Samantha e Marcelo Perrucci, que, quatro dias depois de se casarem em território nacional, confirmaram os votos em uma capela em Las Vegas (EUA). "O clima é outro, é uma coisa de sonho e cinema", diz Samantha.

Mesmo que a maioria das pessoas que se casa em outros países esteja mais interessada na simbologia do que em registros oficiais, o serviço de regularização no Brasil do casamento feito no exterior é bastante procurado.

Segundo Geny de Jesus Macedo Morelli, oficial do 1º Cartório de Registro Civil de São Paulo, que fica na Sé, cerca de dez casais procuram, diariamente, esse cartório para regularizar certidões de casamento estrangeiras. Desses dez casais, três são formados por cônjuges brasileiros que fizeram seu casamento no exterior. Os outros sete são formados por um brasileiro e um estrangeiro -em números aproximados.

A certidão nacional leva cinco dias para ficar pronta a partir do momento em que o casal entrega a documentação ao cartório.

Mas é preciso ter um estado civil que permita o matrimônio. "No caso de uma pessoa já casada no Brasil, o casamento no exterior com outro cônjuge é nulo", avisa a advogada Taís Gasparian. O preço do processo de regularização pode ser menor do que se imagina. No total, gasta-se, em média, R$ 270.

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