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28/06/2004
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04h43
Estima-se que, em 1992, cem famílias árabes viviam em Campo Grande. O número parece pequeno --a capital tem 662.534 habitantes--, mas a presença árabe é marcante e pode ser apreciada, com muito prazer, em armazéns e restaurantes. Após percorrer um pequeno roteiro gastronômico, tem-se a certeza de que Campo Grande é das Arábias.
A rua Sete de Setembro, no centro, concentra diversos desses armazéns. De quadra em quadra, ondas perfumadas de zaatar (mistura de ervas usada como tempero) anunciam os sabores a serem desvendados em cada uma das portas que contam a história dessa imigração, iniciada em 1894, quando o comerciante Amim Scafe chegou à cidade.
A Confeitaria Árabe mistura armazém com restaurante. Nas prateleiras, há diversos produtos com rótulos árabes, como tâmaras, arak e afins. Um narguilé pode ser comprado por R$ 200.
No balcão do bar, um desfile de pastas frias não é de comer com os olhos, mas, como dizem, quem vê cara não vê coração.
"Homus", "baba-ghanuji", patê de "chanclich" com tomatinhos e cebola picada, quibe cru e outras pastas frias convivem ao lado de esfihas e quibes.
O ideal é ficar nas pastas frias para fazer um pequeno lanche. Embora o serviço não seja luxuoso --os pratos são de plástico no melhor estilo piquenique--, a petisco vale a pena. Pegue um pacote de pão para acompanhar a seleção de pastas, vendidas por peso: cada 100 g custa R$ 2.
Na mesma rua fica o Baba Rum, um café cujos balcões estão recobertos de tabuleiros de doces árabes de comer de joelhos. A massa folheada é crocante, a calda, no ponto certo, e as castanhas (pistache, nozes e amêndoas), abundantes. As esfihas, vendidas em bandejas, têm massa fina, e a carne é bem temperada.
Para uma refeição propriamente dita, a pedida é ir ao Litani (rua Euclides da Cunha, 707; tel.: 0/ xx/67/324-9396) ou ao Arabian (r. Sete de Setembro, 340, tel.: 0/xx/ 67/321-6168). Para o segundo, é preciso reservar mesas. O preço do bufê de pastas é R$ 3 por 100 g.
O Litani fica na rua que pretende ser a Oscar Freire de Campo Grande. Cheia de lojas de grife e de decoração, a rua Mato Grosso é, no entanto, como todas as locais, algumas faixas mais larga do que sua musa paulistana. E achar vagas ali não é tão desafiador como na rua de São Paulo.
O bufê custa R$ 19,90 por pessoa aos domingos e tem pastas, saladas e pratos quentes. No menu à la carte, há o ótimo chich barak, capeletti de carne cozido na coalhada, que é bem-feito, mas às vezes pode vir com alho demais.
De sobremesa, não deixe de experimentar o malabie, um manjar branco com água de rosas ou de flor-de-laranjeira, coberto por um geléia de damascos, digno dos paladares de Sherazade.
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Campo Grande: Imigração árabe dá sabor à cidade
da Folha de S.PauloEstima-se que, em 1992, cem famílias árabes viviam em Campo Grande. O número parece pequeno --a capital tem 662.534 habitantes--, mas a presença árabe é marcante e pode ser apreciada, com muito prazer, em armazéns e restaurantes. Após percorrer um pequeno roteiro gastronômico, tem-se a certeza de que Campo Grande é das Arábias.
A rua Sete de Setembro, no centro, concentra diversos desses armazéns. De quadra em quadra, ondas perfumadas de zaatar (mistura de ervas usada como tempero) anunciam os sabores a serem desvendados em cada uma das portas que contam a história dessa imigração, iniciada em 1894, quando o comerciante Amim Scafe chegou à cidade.
A Confeitaria Árabe mistura armazém com restaurante. Nas prateleiras, há diversos produtos com rótulos árabes, como tâmaras, arak e afins. Um narguilé pode ser comprado por R$ 200.
No balcão do bar, um desfile de pastas frias não é de comer com os olhos, mas, como dizem, quem vê cara não vê coração.
"Homus", "baba-ghanuji", patê de "chanclich" com tomatinhos e cebola picada, quibe cru e outras pastas frias convivem ao lado de esfihas e quibes.
O ideal é ficar nas pastas frias para fazer um pequeno lanche. Embora o serviço não seja luxuoso --os pratos são de plástico no melhor estilo piquenique--, a petisco vale a pena. Pegue um pacote de pão para acompanhar a seleção de pastas, vendidas por peso: cada 100 g custa R$ 2.
Na mesma rua fica o Baba Rum, um café cujos balcões estão recobertos de tabuleiros de doces árabes de comer de joelhos. A massa folheada é crocante, a calda, no ponto certo, e as castanhas (pistache, nozes e amêndoas), abundantes. As esfihas, vendidas em bandejas, têm massa fina, e a carne é bem temperada.
Para uma refeição propriamente dita, a pedida é ir ao Litani (rua Euclides da Cunha, 707; tel.: 0/ xx/67/324-9396) ou ao Arabian (r. Sete de Setembro, 340, tel.: 0/xx/ 67/321-6168). Para o segundo, é preciso reservar mesas. O preço do bufê de pastas é R$ 3 por 100 g.
O Litani fica na rua que pretende ser a Oscar Freire de Campo Grande. Cheia de lojas de grife e de decoração, a rua Mato Grosso é, no entanto, como todas as locais, algumas faixas mais larga do que sua musa paulistana. E achar vagas ali não é tão desafiador como na rua de São Paulo.
O bufê custa R$ 19,90 por pessoa aos domingos e tem pastas, saladas e pratos quentes. No menu à la carte, há o ótimo chich barak, capeletti de carne cozido na coalhada, que é bem-feito, mas às vezes pode vir com alho demais.
De sobremesa, não deixe de experimentar o malabie, um manjar branco com água de rosas ou de flor-de-laranjeira, coberto por um geléia de damascos, digno dos paladares de Sherazade.
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