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12/07/2004
-
05h56
da enviada especial da Folha de S.Paulo a Piedade (SP)
De uma forma ou de outra, vários paulistanos já provaram, sem saber, o sabor de Piedade, município a 100 km de São Paulo, na forma de alcachofras, morangos, caquis, hortaliças ou cogumelos medicinais. Na cidade também se criam camarões em cativeiro, além de cabra, javali e avestruz. E não há como negar que a vocação piedadense finca os pés na roça.
Responsável por de 25% a 30% do que chega à mesa do paulistano, segundo a Diretoria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Piedade, a produção desse cinturão verde no interior de São Paulo elege a alcachofra e o morango como carros-chefes.
Quando se trata do primeiro, é muito certeiro que a alcachofra comida em casa ou no restaurante tenha origem piedadense. O município ocupa a liderança e responde por 90% da produção nacional do vegetal. O auge da temporada de colheita vai do fim de agosto até dezembro. Neste ano, a estimativa do departamento de agricultura do município é comercializar de 350 mil a 400 mil caixas de alcachofra, com média de 15 cabeças em cada uma.
O item até virou tema de evento ao lado do morango. A Festa da Alcachofra e do Morango, que recebeu 50 mil visitantes num único final de semana no ano passado, deverá realizar sua sexta edição no mês de setembro. A confirmação da festa, organizada pelas associações de produtores de morango e de alcachofra e pela Prefeitura de Piedade, depende de encontrar um lugar com infra-estrutura para acolher visitantes.
Mas, antes de setembro, a recém-inaugurada pousada Ronco do Bugio, cujo restaurante começou a funcionar em janeiro deste ano, já esquenta as panelas para fazer o próprio festival, que começa nesta sexta-feira, dia 16, e segue, sempre nos finais de semana, até 7 de agosto.
Visitas
Embora seja superlativa no abastecimento, nem todas as propriedades rurais piedadenses estão escancaradas à visitação. A estrutura para o receptivo de turistas é incipiente e bastante caseira.
Alguns agricultores, como George Yassunobu Osako, que cultiva alcachofra numa área de 13 hectares, e Roberto Noriyuki, produtor de cinco hectares de morango, abrem suas porteiras para mostrar a plantação e explicam um pouco sobre o cultivo.
Toda alcachofra de Piedade é da variedade roxa de São Roque, explica Osako. Na opinião dele, essa coloração atrai o comprador "pelos olhos", diferentemente da verde cultivada na região Sul do país. A mulher do agricultor, Regina, encarrega-se da produção de fundo de alcachofra em conserva, vendido por R$ 10 cada vidro.
No caso da fruta vermelha, cuja safra vai de junho a dezembro, Noriyuki apresenta a variedade Piedade, um morango bem graúdo e arredondado, batizado em homenagem à cidade, e a Toyonoka, um pouco menor, doce e bastante suculenta.
Para conhecer essas propriedades é preciso agendar as visitas na Diretoria de Agricultura ou nas respectivas associações. "O agroturismo é algo novo. Está se aprendendo", diz Osmar Borzacchini, engenheiro agrônomo e diretor municipal de Agricultura e Abastecimento de Piedade.
b>Associação de Produtores de Alcachofra de Piedade: 0/xx/15/3244-1957; Diretoria de Agricultura: 0/xx/15/3244-1201
Margarete Magalhães hospedou-se a convite da pousada Ronco do Bugio.
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MARGARETE MAGALHÃESda enviada especial da Folha de S.Paulo a Piedade (SP)
De uma forma ou de outra, vários paulistanos já provaram, sem saber, o sabor de Piedade, município a 100 km de São Paulo, na forma de alcachofras, morangos, caquis, hortaliças ou cogumelos medicinais. Na cidade também se criam camarões em cativeiro, além de cabra, javali e avestruz. E não há como negar que a vocação piedadense finca os pés na roça.
Responsável por de 25% a 30% do que chega à mesa do paulistano, segundo a Diretoria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Piedade, a produção desse cinturão verde no interior de São Paulo elege a alcachofra e o morango como carros-chefes.
Quando se trata do primeiro, é muito certeiro que a alcachofra comida em casa ou no restaurante tenha origem piedadense. O município ocupa a liderança e responde por 90% da produção nacional do vegetal. O auge da temporada de colheita vai do fim de agosto até dezembro. Neste ano, a estimativa do departamento de agricultura do município é comercializar de 350 mil a 400 mil caixas de alcachofra, com média de 15 cabeças em cada uma.
O item até virou tema de evento ao lado do morango. A Festa da Alcachofra e do Morango, que recebeu 50 mil visitantes num único final de semana no ano passado, deverá realizar sua sexta edição no mês de setembro. A confirmação da festa, organizada pelas associações de produtores de morango e de alcachofra e pela Prefeitura de Piedade, depende de encontrar um lugar com infra-estrutura para acolher visitantes.
Mas, antes de setembro, a recém-inaugurada pousada Ronco do Bugio, cujo restaurante começou a funcionar em janeiro deste ano, já esquenta as panelas para fazer o próprio festival, que começa nesta sexta-feira, dia 16, e segue, sempre nos finais de semana, até 7 de agosto.
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Embora seja superlativa no abastecimento, nem todas as propriedades rurais piedadenses estão escancaradas à visitação. A estrutura para o receptivo de turistas é incipiente e bastante caseira.
Alguns agricultores, como George Yassunobu Osako, que cultiva alcachofra numa área de 13 hectares, e Roberto Noriyuki, produtor de cinco hectares de morango, abrem suas porteiras para mostrar a plantação e explicam um pouco sobre o cultivo.
Toda alcachofra de Piedade é da variedade roxa de São Roque, explica Osako. Na opinião dele, essa coloração atrai o comprador "pelos olhos", diferentemente da verde cultivada na região Sul do país. A mulher do agricultor, Regina, encarrega-se da produção de fundo de alcachofra em conserva, vendido por R$ 10 cada vidro.
No caso da fruta vermelha, cuja safra vai de junho a dezembro, Noriyuki apresenta a variedade Piedade, um morango bem graúdo e arredondado, batizado em homenagem à cidade, e a Toyonoka, um pouco menor, doce e bastante suculenta.
Para conhecer essas propriedades é preciso agendar as visitas na Diretoria de Agricultura ou nas respectivas associações. "O agroturismo é algo novo. Está se aprendendo", diz Osmar Borzacchini, engenheiro agrônomo e diretor municipal de Agricultura e Abastecimento de Piedade.
b>Associação de Produtores de Alcachofra de Piedade: 0/xx/15/3244-1957; Diretoria de Agricultura: 0/xx/15/3244-1201
Margarete Magalhães hospedou-se a convite da pousada Ronco do Bugio.
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