Publicidade
Publicidade
19/07/2004
-
05h33
Antigamente as freiras usavam a clara do ovo para engomar seus hábitos e, para não desperdiçar a gema, a utilizava como ingrediente para criar sobremesas. As bainhas engomadas se foram, mas os doces conventuais ficaram e há quem ainda faça questão de reproduzir as receitas originais, algumas de cerca de 500 anos.
É o caso de Cacilda Amaral Craveira Correia, proprietária da Pousadinha, em Montemor-o-Velho, a cerca de 20 km de Coimbra. A doceria tem uma funcionária e um quartinho especialmente designados para esticar a massa que envolve o crocante pastel-de-Tentúgal (0,75 cada um), cujo aspecto lembra o rolinho primavera e que tem recheio de ovos.
A massa, de farinha e água, esticada inúmeras vezes até ficar fina como uma folha de papel, envolve a iguaria. Diolinda Amaral cora as bochechas de tanto distendê-la ao fim de oito horas de jornada e confessa já estar farta de comer doces.
O mesmo não acontece com Cacilda, que se refestela numa mesa com um bocadinho de cada tipo de doce da casa.
Além das iguarias tradicionais, a doceira cria receitas próprias e prepara tudo com ingredientes naturais. A variedade convida o freguês a um belo lanche que o isenta da refeição noturna. Destaque para a barquinha de mondengo (0,80), doce de ovos acomodados numa massa em forma de bote e coberta de amêndoas. Já as claras que hoje sobram se transformam em suspiros, alguns gigantes (2,20), a serem divididos entre vários glutões.
O cúmulo da sobremesa gemada é a omelete ao rum (6,50) servida no Primavera dos Jerónimos, em Lisboa, e flambada na hora, formando uma casca. Os sabores do ovo e da bebida acabam se complementando.
Já sem a predominância do gosto das gemas, o pudim abade de Priscos tem ainda na lista de ingredientes açúcar, casca de limão, vinho do Porto e uma porção de toucinhos que lhe dá brilho, mas normalmente passa despercebido.
Pousadinha - Estrada Coimbra-Figueira da Foz, 111; Montemor-o-Velho, tel: 00/xx/351/239/951-158.
Leia mais
Calor ilumina tours por Portugal
Jorra vinho de antigo aqueduto
Povoado de xisto resiste ao passar dos séculos
Mosteiros e palácios hospedam turistas
Em Portugal, Europa desaba no Atlântico
Variação gastronômica veda regime à mesa
Tacinha de vinho do Porto está superada
Castelos lusitanos inspiram romantismo
Bussaco enobrece até turista plebeu
1 euro dá vida a ruínas do séc. 2º em Conímbriga
Veja preços de pacotes para Portugal
Fiéis tomam Fátima nos domingos quentes
Especial
Veja galeria de fotos de Portugal
Veja o que já foi publicado sobre Portugal
Guias
Conheça o guia Passo a Passo Lisboa
Guia Visual resume a Europa em 20 países
Conheça o Guia de Conversação - Europa
Conheça o Guia Visual Portugal, Madeira e Açores
Portugal: Gemas adoçam lanche e sobremesa
da enviada especial da Folha de S.Paulo a PortugalAntigamente as freiras usavam a clara do ovo para engomar seus hábitos e, para não desperdiçar a gema, a utilizava como ingrediente para criar sobremesas. As bainhas engomadas se foram, mas os doces conventuais ficaram e há quem ainda faça questão de reproduzir as receitas originais, algumas de cerca de 500 anos.
É o caso de Cacilda Amaral Craveira Correia, proprietária da Pousadinha, em Montemor-o-Velho, a cerca de 20 km de Coimbra. A doceria tem uma funcionária e um quartinho especialmente designados para esticar a massa que envolve o crocante pastel-de-Tentúgal (0,75 cada um), cujo aspecto lembra o rolinho primavera e que tem recheio de ovos.
A massa, de farinha e água, esticada inúmeras vezes até ficar fina como uma folha de papel, envolve a iguaria. Diolinda Amaral cora as bochechas de tanto distendê-la ao fim de oito horas de jornada e confessa já estar farta de comer doces.
O mesmo não acontece com Cacilda, que se refestela numa mesa com um bocadinho de cada tipo de doce da casa.
Além das iguarias tradicionais, a doceira cria receitas próprias e prepara tudo com ingredientes naturais. A variedade convida o freguês a um belo lanche que o isenta da refeição noturna. Destaque para a barquinha de mondengo (0,80), doce de ovos acomodados numa massa em forma de bote e coberta de amêndoas. Já as claras que hoje sobram se transformam em suspiros, alguns gigantes (2,20), a serem divididos entre vários glutões.
O cúmulo da sobremesa gemada é a omelete ao rum (6,50) servida no Primavera dos Jerónimos, em Lisboa, e flambada na hora, formando uma casca. Os sabores do ovo e da bebida acabam se complementando.
Já sem a predominância do gosto das gemas, o pudim abade de Priscos tem ainda na lista de ingredientes açúcar, casca de limão, vinho do Porto e uma porção de toucinhos que lhe dá brilho, mas normalmente passa despercebido.
Pousadinha - Estrada Coimbra-Figueira da Foz, 111; Montemor-o-Velho, tel: 00/xx/351/239/951-158.
Leia mais
Especial
Guias
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.