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09/08/2004 - 04h33

Centro-sul da Califórnia: Feira às quintas adiciona sabor a San Luis Obispo

SILVIO CIOFFI
enviado especial da Folha de S.Paulo à Califórnia

San Luis Obispo, que dista 306 km de Los Angeles e o mesmo tanto de San Francisco, é tão pequena quanto arrebatadora, com seus 44.174 habitantes, um centro histórico bem mantido em torno de uma igreja colonial, muitas casinhas e clima neo-hippie.

Mas a viagem tem data para acontecer: quinta-feira. A Market Street, a rua principal, fecha, abaixo de Higuera St., para a realização de uma feirinha onde se encontram de produtos orgânicos a churrasco de costela.

É nesse dia que San Luis Obispo, cujo site oficial é www.sanluisobispocounty.com, passeia alegre. Pioneira, ela recebeu seus primeiros imigrantes europeus em 1769 e ganhou ares de cidade no início do século 20 por estar à beira da recém-aberta estrada 1, na época em que os calhambeques começaram a integrar o Estado da Califórnia.

Em 1927, quando os "fordinhos" eram novidade, surgiu ali o primeiro "motor-hotel", o Motel Inn. Mas os pioneiros que ali chegaram erraram ao julgar que haviam encontrado a baía de Monterrey (onde fica San Francisco).

No centro, a velha missão consagrada a San Luis Obispo de Tolosa, fundada em 1772, é o prédio mais velho da Califórnia e sobreviveu, sabe lá Deus como, a uma série de terremotos.

Os sinos da igreja, fundidos em Lima (Peru), são de 1818. Diante da igreja, uma estátua de 1988, de Paula Zima, mostra uma índia e um urso em uma fonte.

Quinta entre as 21 missões que, ao longo da costa, formaram a coluna dorsal do Estado, San Luis Obispo deve muito ao padre espanhol Junípero Serra (1713-1784).

Foi ele que catequizou os índios chumash, abrindo caminho para a consolidação da cidade, numa época em que russos vindos do Alasca e franceses corriam a costa em busca de peles e de comércio.

Orgânico

A Califórnia é o Estado que lidera a produção agrícola nos EUA, e San Luis Obispo é a cidade que mais contribui para isso. Além dos vinhedos, o brócolis (exportado para o Japão), as plantações de flores e de alface e a criação de gado estão na pauta de exportações do município.

Mas são os produtos orgânicos vendidos na feirinha das quintas-feiras que fazem a fama do local. De mel a azeite de oliva, passando por frutas e flores, o local é uma festa com direito a música ao vivo.

Há churrasco de costela nas ruas, e os restaurantes das cercanias também ficam repletos. Entre eles, o Nôvo, na rua Higuera, 726, é especialmente moderno e tem comida inventiva. O bar Grappolo tem, à noite, jazz ao vivo, no 1.040, Broad St.

Outro achado é a loja Decades/ Vintage Clothing and Collectibles, que vende roupas novas de época difíceis de encontrar, como o tênis All Star Jack Purcell, brinquedos e até livros.

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