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06/09/2004
-
08h15
A maior parte dos turistas que visita o Líbano ainda é composta por descendentes ou habitantes de países árabes. O que pode parecer uma limitação compreende, na verdade, um enorme universo de turistas: estima-se que haja 15 milhões de libaneses fora do país.
Os descendentes têm algumas facilidades quando visitam o Líbano. A primeira, óbvia, é quando dizem o sobrenome. Todos os libaneses são orgulhosos de saber que nomes de família do país se espalharam pelo mundo, especialmente no Brasil, onde está a maior comunidade libanesa do planeta, com cerca de 7 milhões de descendentes --a população do Líbano é de 4 milhões.
Sabendo disso, o governo e a iniciativa privada incentivam a ida de descendentes para lá. Todos os meses de julho, nos moldes do que ocorre em Israel com os judeus, centenas de jovens descendentes de libaneses visitam o país a convite do governo, que paga tudo, fora a passagem aérea.
Em outubro, outra centena de brasileiros de origem libanesa deve ir a Beirute para participar da maratona da cidade.
A segunda vantagem dos descendentes em relação aos outros turistas é a presença de parentes, ainda que primos distantes. Libaneses, eles fazem questão de oferecer o que há de melhor na culinária aos familiares do exterior. Pratos como arroz com frango e amêndoas, kibe de assadeira, charutos de folha de uva, esfiha. Tudo caseiro e regado a um dos bons vinhos libaneses, como o Château Mussar ou o Château Ksara.
A maior parte dos descendentes no Brasil não veio de Beirute, e sim de outras cidades, especialmente do vale do Beka, do sul e dos montes no norte. E isso torna o roteiro do descendente um pouco diferente da rota daqueles que não têm ligação com o país.
Para quem tem origem libanesa, ver uma igreja em Marajayon, comer à beira do rio Bardauni em Zahle, caminhar pelas ladeiras de Rachaya Aluad, visitar Hasbaya é voltar ao passado que não conheceu, às conversas das avós com as amigas, entender o porquê da saudade do país dos cedros.
Apesar do foco nos descendentes, o Líbano também quer receber quem não tem origem libanesa. E o país oferece uma série de passeios a quem não teve um avô nascido lá. Os pontos altos são Beirute e Baalbek. A capital, sem dúvida, por ser a cidade mais cosmopolita do mundo árabe, com inúmeros restaurantes, boates e até raves. Beirute tem uma vida noturna de cidade latina, como Buenos Aires, Madri e Barcelona.
Já Baalbek tem um dos sítios arqueológicos romanos mais preservados do mundo. Destaque para o templo de Júpiter. No verão, há festivais de música em meio às ruínas. O mesmo acontece em Tiro, no sul, onde também há ruínas dos tempos romanos.
Visitar Byblos, ao norte de Beirute, com belas praias e ruínas fenícias, também é obrigatório.
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Via Maris: País dos cedros estimula ida de descendente
da Folha de S.Paulo no Oriente MédioA maior parte dos turistas que visita o Líbano ainda é composta por descendentes ou habitantes de países árabes. O que pode parecer uma limitação compreende, na verdade, um enorme universo de turistas: estima-se que haja 15 milhões de libaneses fora do país.
Os descendentes têm algumas facilidades quando visitam o Líbano. A primeira, óbvia, é quando dizem o sobrenome. Todos os libaneses são orgulhosos de saber que nomes de família do país se espalharam pelo mundo, especialmente no Brasil, onde está a maior comunidade libanesa do planeta, com cerca de 7 milhões de descendentes --a população do Líbano é de 4 milhões.
Sabendo disso, o governo e a iniciativa privada incentivam a ida de descendentes para lá. Todos os meses de julho, nos moldes do que ocorre em Israel com os judeus, centenas de jovens descendentes de libaneses visitam o país a convite do governo, que paga tudo, fora a passagem aérea.
Em outubro, outra centena de brasileiros de origem libanesa deve ir a Beirute para participar da maratona da cidade.
A segunda vantagem dos descendentes em relação aos outros turistas é a presença de parentes, ainda que primos distantes. Libaneses, eles fazem questão de oferecer o que há de melhor na culinária aos familiares do exterior. Pratos como arroz com frango e amêndoas, kibe de assadeira, charutos de folha de uva, esfiha. Tudo caseiro e regado a um dos bons vinhos libaneses, como o Château Mussar ou o Château Ksara.
A maior parte dos descendentes no Brasil não veio de Beirute, e sim de outras cidades, especialmente do vale do Beka, do sul e dos montes no norte. E isso torna o roteiro do descendente um pouco diferente da rota daqueles que não têm ligação com o país.
Para quem tem origem libanesa, ver uma igreja em Marajayon, comer à beira do rio Bardauni em Zahle, caminhar pelas ladeiras de Rachaya Aluad, visitar Hasbaya é voltar ao passado que não conheceu, às conversas das avós com as amigas, entender o porquê da saudade do país dos cedros.
Apesar do foco nos descendentes, o Líbano também quer receber quem não tem origem libanesa. E o país oferece uma série de passeios a quem não teve um avô nascido lá. Os pontos altos são Beirute e Baalbek. A capital, sem dúvida, por ser a cidade mais cosmopolita do mundo árabe, com inúmeros restaurantes, boates e até raves. Beirute tem uma vida noturna de cidade latina, como Buenos Aires, Madri e Barcelona.
Já Baalbek tem um dos sítios arqueológicos romanos mais preservados do mundo. Destaque para o templo de Júpiter. No verão, há festivais de música em meio às ruínas. O mesmo acontece em Tiro, no sul, onde também há ruínas dos tempos romanos.
Visitar Byblos, ao norte de Beirute, com belas praias e ruínas fenícias, também é obrigatório.
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