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06/09/2004
-
08h49
enviada especial da Folha de S.Paulo a Monte Verde (MG)
Para quem aprecia natureza, mas não é simpático à idéia da exaustão total, fazer a trilha que liga a cidade de Monte Verde (MG) a São Francisco Xavier (SP) é uma opção de "aventura light".
Feito em um dia, o passeio reserva cinco horas de caminhada entre bosques e matas da serra da Mantiqueira, com direito a pausas em cenários inspiradores como a parada feita em um mirante a 2.040 m de altitude ou o "pit stop" ao lado de uma cachoeira.
"A trilha é relaxante por não ser das mais puxadas. O contato intensivo com a natureza pode ser estressante por fatores como frio e cansaço, mas esse percurso é tranqüilo", observa a fisioterapeuta Ana Paula Restiffe, 36, guia da operadora Pisa Trekking.
Depois de viajar cerca de duas horas de ônibus partindo da capital paulista, o time liderado por Restiffe dá adeus ao transporte motorizado nas vizinhanças da mata em Monte Verde.
O reencontro só acontecerá em São Francisco Xavier, ou seja, não há como desistir no meio do caminho. É seguir em frente.
A primeira parte da jornada se revela a mais exigente, pois prevê um subida íngreme por cerca de vinte minutos. Dá para sentir a freqüência cardíaca aumentar.
O destino final, entretanto, compensa: do alto da Pedra Partida, onde fica o mirante a 2.040 m de altitude, a vista é exuberante. Para qualquer lado que se olhe, dá para conferir um pouco mais da paisagem da região. Ao longe, uma cidade pode ser avistada com seus casarios diminuídos pela distância. É São Francisco Xavier, destino final dos andarilhos.
Daí para frente é só descida. Em largas estradas de terra ou em estreitas passagens no meio da vegetação, cruzando riachos, mantendo a atenção para não escorregar sobre as pedrinhas redondas que cobrem todo o caminho. Descendo sempre, a parte do corpo que mais sente é o joelho.
Por todo o percurso, barulho de água corrente. O efeito de relaxamento é imediato.
Mais uma pausa para renovar as energias, dessa vez numa clareira no meio da floresta, com direito a restos de fogueira deixados por alguém que passou a noite anterior por ali.
Um dos pontos altos da caminhada é entrar na fazenda Santa Cruz. A sensação é a de dar uma volta em algum dos quadros de Van Gogh (1853-1890) que retratam ambientes rurais.
Antes de deixar a propriedade, vale dar uma olhada para trás e conferir a panorâmica das serras.
Da fazenda até o ponto final da caminhada leva-se menos de uma hora. A essa altura o cansaço já deu seus primeiros sinais, mas isso acontece bem em tempo de a jornada terminar.
Tatiana Diniz viajou a convite da Pisa Trekking
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TATIANA DINIZenviada especial da Folha de S.Paulo a Monte Verde (MG)
Para quem aprecia natureza, mas não é simpático à idéia da exaustão total, fazer a trilha que liga a cidade de Monte Verde (MG) a São Francisco Xavier (SP) é uma opção de "aventura light".
Feito em um dia, o passeio reserva cinco horas de caminhada entre bosques e matas da serra da Mantiqueira, com direito a pausas em cenários inspiradores como a parada feita em um mirante a 2.040 m de altitude ou o "pit stop" ao lado de uma cachoeira.
"A trilha é relaxante por não ser das mais puxadas. O contato intensivo com a natureza pode ser estressante por fatores como frio e cansaço, mas esse percurso é tranqüilo", observa a fisioterapeuta Ana Paula Restiffe, 36, guia da operadora Pisa Trekking.
Depois de viajar cerca de duas horas de ônibus partindo da capital paulista, o time liderado por Restiffe dá adeus ao transporte motorizado nas vizinhanças da mata em Monte Verde.
O reencontro só acontecerá em São Francisco Xavier, ou seja, não há como desistir no meio do caminho. É seguir em frente.
A primeira parte da jornada se revela a mais exigente, pois prevê um subida íngreme por cerca de vinte minutos. Dá para sentir a freqüência cardíaca aumentar.
O destino final, entretanto, compensa: do alto da Pedra Partida, onde fica o mirante a 2.040 m de altitude, a vista é exuberante. Para qualquer lado que se olhe, dá para conferir um pouco mais da paisagem da região. Ao longe, uma cidade pode ser avistada com seus casarios diminuídos pela distância. É São Francisco Xavier, destino final dos andarilhos.
Daí para frente é só descida. Em largas estradas de terra ou em estreitas passagens no meio da vegetação, cruzando riachos, mantendo a atenção para não escorregar sobre as pedrinhas redondas que cobrem todo o caminho. Descendo sempre, a parte do corpo que mais sente é o joelho.
Por todo o percurso, barulho de água corrente. O efeito de relaxamento é imediato.
Mais uma pausa para renovar as energias, dessa vez numa clareira no meio da floresta, com direito a restos de fogueira deixados por alguém que passou a noite anterior por ali.
Um dos pontos altos da caminhada é entrar na fazenda Santa Cruz. A sensação é a de dar uma volta em algum dos quadros de Van Gogh (1853-1890) que retratam ambientes rurais.
Antes de deixar a propriedade, vale dar uma olhada para trás e conferir a panorâmica das serras.
Da fazenda até o ponto final da caminhada leva-se menos de uma hora. A essa altura o cansaço já deu seus primeiros sinais, mas isso acontece bem em tempo de a jornada terminar.
Tatiana Diniz viajou a convite da Pisa Trekking
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