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13/09/2004 - 09h41

Propaganda boca-a-boca divulga capital argentina

HELOISA LUPINACCI
Enviada especial a Buenos Aires

Se recentes pesquisas apontam que a propaganda boca-a-boca é uma das formas mais eficazes de divulgar um produto, a cidade de Buenos Aires pode logo virar um "case" a ser estudado em salas de aula de cursos de marketing.

A cidade viu seu número de turistas crescer 78% de 2002 a 2003. Segundo estudo realizado pela Secretaria de Turismo de Buenos Aires, grande parte da divulgação foi feita na base do boca-a-boca.

Gustavo Chacra/Folha Imagem

Grelha com miúdos e embutidos na capital da Argentina


O Brasil, segundo emissor de turistas à capital argentina, responsável por 12% dos visitantes no ano passado, atrás apenas do Uruguai, responsável por 17% dos turistas, é um desses focos de divulgação entre amigos.

Quem foi a Buenos Aires costuma recomendá-la. Os motivos são vários: os preços razoáveis dos pacotes, a estabilidade cambial, que mantém já há quase dois anos uma paridade entre o peso e o real --hoje R$ 1 compra 1,04 peso argentino-- e a diversidade de passeios.

Há o turístico Caminito, no bairro da Boca do Riachuelo, cheio de casas coloridas. Há o estádio do Boca Juniors, para fãs de futebol. Há o Malba e o Museu de Belas Artes, para quem busca tours culturais. Há a plaza de Mayo e toda a história que ainda se faz presente, como as mães que procuram seus filhos desaparecidos na ditadura. Há feiras de antigüidade, de moda, de artesanato, para quem gosta de garimpar. E um vasto turismo de compras, cujas estrelas são o couro, os sapatos e a malharia. Tudo isso enumerado em guias.

E há programas que servem como descanso a todos esses. A ida a um café revela que a tradição do expresso é grande. Esses cafés insinuam hábitos portenhos. Alguns mais turísticos --como o Tortoni-- borbulham de estrangeiros, enquanto os menos famosos são inundados pelo aroma dos grãos tão familiares aos brasileiros.

E familiaridade também é a tônica de outro programa indispensável na cidade: a parrillada.

Escolados em grelhas e carnes, brasileiros podem explorar as diferenças do assado nacional para o argentino em um dos restaurantes especializados no assunto que há por lá.

Convite

Saindo um pouco do circuito turístico padrão, uma feira distante incita no visitante a vontade de conhecer outras paragens do país vizinho. A feira de Mataderos reúne todas as regiões da Argentina, misturando comidas artesanais a danças regionais.

O convite para ir mais longe deve ser levado a sério. Enquanto Buenos Aires é responsável por 21% do turismo à Argentina, os 79% restantes são de viajantes que rumam a outras Províncias, como Santa Fé (10%), Córdoba (9%), Mendoza (5%) e Río Negro (5%).

Pós-crise

Os 21% do turismo argentino que cabem a Buenos Aires corresponderam, em 2003, a 5,25 milhões de visitantes. Nas férias de julho deste ano, o número de turistas vindos de outros países aumentou 14%. Foram 542.310 visitantes.

O turismo aumenta desde que a Argentina encontrou certa estabilidade, após a crise de 2001. Corrido o tempo, sobrou uma cidade com câmbio atraente e estável.

Segundo estudo realizado pela Secretaria de Turismo de Buenos Aires, essa estabilidade cambial somada à constância dos preços serviu de disparador para o crescimento do turismo.

O aumento do turismo trouxe o incremento dos pesos deixados pelos turistas estrangeiros. No ano passado, o gasto médio desse público em Buenos Aires foi de 224 pesos por dia, 21% mais do que a média de 2002. O que diminuiu foi o número de dias que esses turistas ficaram na cidade. Em 2003, eles passaram em média 7,3 dias em Buenos Aires, uma queda de 2,2% em relação a 2002.

Em julho deste ano, as médias foram de sete dias na cidade e de 146 pesos por dia.

O turismo foi responsável por um ingresso de 6,135 bilhões de pesos argentinos no comércio de Buenos Aires em 2003. Aumento de 127% em relação a 2002.

Durante as férias de julho deste ano, os visitantes foram responsáveis por um ingresso de 861 milhões de pesos, aumento de 14% em relação ao mesmo mês de 2003. No país, o turismo gerou, no ano passado, US$ 2,1 bilhões, o equivalente a 7,7% do PIB local.

Heloisa Lupinacci viajou a convite da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), da companhia aérea Aerolineas Argentinas e da rede Sheraton.

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