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13/09/2004
-
09h59
da Folha de S.Paulo, de Buenos Aires
Eles representam uma espécie de patrimônio cultural da cidade. Já foram cenário de filmes, em suas mesas foram escritos livros famosos, assinados acordos e, até hoje, é ali, nos cafés de Buenos Aires, que se discute política.
"Os cafés fazem parte da vida cotidiana e pertencem à memória coletiva da cidade", diz a subsecretária de Patrimônio Cultural de Buenos Aires, Silvia Fajre.
Tanto é assim que a Comissão de Proteção e Promoção dos Cafés, Bares, Bilhares e Confeitarias de Buenos Aires, com apoio da Secretaria de Patrimônio, editou um livro sobre eles: "Cafés de Buenos Aires". Há cerca de 50 bares e cafés considerados notáveis na capital argentina.
A qualquer hora do dia, a maioria está quase sempre lotada. Não importa se é para um encontro com um amigo ou para uma reunião de negócios. Qualquer compromisso é desculpa para um encontro em um café.
Não é à toa que a companhia de cinema de José Juan Campanella, diretor do filme "O Filho da Noiva", chama-se Cem Bares. "Colocamos esse nome porque os roteiros sempre começam a ser escritos nos bares ou nos cafés", conta.
Como se apossam de quase todas as esquinas, é preciso saber quais são os mais antigos, que escondem os segredos da cidade. Ao andar pelas ruas, é preciso atentar para as portas dos cafés.
Os que levam o selo "Cafés Notables" são, no mínimo, muito tradicionais e merecem uma visita, ainda que o selo não garanta qualidade de atendimento.
O primeira registro sobre a inauguração de um café em Buenos Aires data de 1801. O jornal "Telégrafo Mercantil" anunciava: "Amanhã, quarta, será aberta uma casa de café na esquina em frente ao colégio, com mesa de bar, confeitaria e bebidas".
O Tortoni é o café portenho mais conhecido pelos turistas. Fundado em 1858, a história do café afrancesado se confunde com a da cidade. Mas não é o único. As ruas bonairenses estão repletas de elegantes cafés e confeitarias que à noite se transformam em bares, muitos deles quase tão antigos e tradicionais quanto o Tortoni, à espera de uma visita.
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Cheios de histórias, cafés aromatizam ares portenhos
CLÁUDIA DIANNIda Folha de S.Paulo, de Buenos Aires
Eles representam uma espécie de patrimônio cultural da cidade. Já foram cenário de filmes, em suas mesas foram escritos livros famosos, assinados acordos e, até hoje, é ali, nos cafés de Buenos Aires, que se discute política.
"Os cafés fazem parte da vida cotidiana e pertencem à memória coletiva da cidade", diz a subsecretária de Patrimônio Cultural de Buenos Aires, Silvia Fajre.
Tanto é assim que a Comissão de Proteção e Promoção dos Cafés, Bares, Bilhares e Confeitarias de Buenos Aires, com apoio da Secretaria de Patrimônio, editou um livro sobre eles: "Cafés de Buenos Aires". Há cerca de 50 bares e cafés considerados notáveis na capital argentina.
A qualquer hora do dia, a maioria está quase sempre lotada. Não importa se é para um encontro com um amigo ou para uma reunião de negócios. Qualquer compromisso é desculpa para um encontro em um café.
Não é à toa que a companhia de cinema de José Juan Campanella, diretor do filme "O Filho da Noiva", chama-se Cem Bares. "Colocamos esse nome porque os roteiros sempre começam a ser escritos nos bares ou nos cafés", conta.
Como se apossam de quase todas as esquinas, é preciso saber quais são os mais antigos, que escondem os segredos da cidade. Ao andar pelas ruas, é preciso atentar para as portas dos cafés.
Os que levam o selo "Cafés Notables" são, no mínimo, muito tradicionais e merecem uma visita, ainda que o selo não garanta qualidade de atendimento.
O primeira registro sobre a inauguração de um café em Buenos Aires data de 1801. O jornal "Telégrafo Mercantil" anunciava: "Amanhã, quarta, será aberta uma casa de café na esquina em frente ao colégio, com mesa de bar, confeitaria e bebidas".
O Tortoni é o café portenho mais conhecido pelos turistas. Fundado em 1858, a história do café afrancesado se confunde com a da cidade. Mas não é o único. As ruas bonairenses estão repletas de elegantes cafés e confeitarias que à noite se transformam em bares, muitos deles quase tão antigos e tradicionais quanto o Tortoni, à espera de uma visita.
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