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20/09/2004 - 03h45

Colômbia: País reúne floresta, deserto e pico nevado

do enviado especial da Folha de S.Paulo à Colômbia

Bioceânica, a Colômbia tem 3.000 km de costas voltadas para o Atlântico e para o Pacífico. E, além de admirar o Caribe --nome que essa região transparente do Atlântico empresta ao mar-- e, em termos comerciais, de mirar o Pacífico, esse país de 1.138.914 km2 é ainda amazônico, tendo fronteiras terrestres para a imensa floresta, e andino, adentrado generosamente pela cordilheira, exibindo tanto cenários desérticos como o de neves perpétuas.

País essencialmente mestiço, como o Brasil, a Colômbia encerra diversas etnias. Mas é possível dizer, com alguma margem de arbitrariedade, que a população é mais afro-colombiana diante do mar do Caribe, em cidades mágicas como a colonial Cartagena, tem origem mais espanhola em grandes cidades, como na capital Bogotá, e encontra raízes nativas, indígenas, no interior.

Entre as riquezas minerais, o destaque é a esmeralda, um dos principais produtos do país.

As riquezas advindas da agricultura ainda são de suma importância para a economia: além do café, uma referência mundial de qualidade que desbancou a produção cafeeira do Brasil, a Colômbia planta orquídeas, sendo o segundo maior produtor mundial de flores, destacando-se também na produção de rosas.

Fazendo fronteira com o Brasil, o Peru, o Equador, o Panamá e a Venezuela, a Colômbia é o quarto maior país sul-americano em área e o 23º do mundo --na Europa, apenas a Rússia a excede em tamanho. Mas há também o explosivo problema da droga: as Farc, organização que na sua origem foi guerrilheira e revolucionária, e os produtores de droga dominam vastas áreas do país, onde seqüestros de colombianos endinheirados não-envolvidos no narcotráfico podem durar um par de anos.

História

Séculos antes da chegada dos espanhóis à América, diversos grupos indígenas habitavam a Colômbia: os primeiros rastros de ocupação humana da região remontam a 10 mil anos a.C.

No ano em que a América foi descoberta por Colombo, 1492, estima-se que a população indígena somava 850 mil pessoas, distribuídas em diversos grupos, muitos deles hábeis artesãos que deixaram a marca de sua existência moldada em ouro, como se pode ver também em Bogotá no Museu Nacional.

Entre esses, destacam-se os chibchas, posteriores aos agustinianos, que viveram nos séculos 2º e 3º. Depois, os taironas, quimbayas e calimas dominaram as artes da cerâmica e até montaram formas de governo, estabelecendo pactos políticos entre si.

Com a vinda dos colonizadores, os tesouros foram saqueados e houve perda de identidade durante o período de aculturação.

Entre 1509 e 1550, quando muitas das cidades colombianas foram fundadas, Santa Fé de Bogotá --hoje apenas chamada de Bogotá-- se tornou capital do vice-reino da Nova Granada e, em 20 de julho de 1810, data da independência, a capital contava com cerca de 50 mil moradores.

Dessa época até o fim da campanha do general Bolívar, em 7 de agosto de 1819, o país vivenciou revoltas que alcançaram o clímax na Guerra dos Mil Dias, entre 1899 e 1903, ano em que o Panamá promulgou a sua independência.

No século 20, os partidos Liberal e Conservador se revezaram no poder, e uma ditadura militar governou a Colômbia de 1953 a 1957, acomodando os dois grupos políticos sob a égide de uma Frente Nacional, de 1958 a 1974.

Nesse meio tempo, o país que decolou sua linha aérea já em 1919, a Avianca, segunda do mundo, depois apenas da holandesa KLM e que edificou estabelecimentos fabris e metrópoles como Bogotá, Medellín, Cali e Barranquilla, segue lutando para conquistar a estabilidade social e política. A Constituição, promulgada em 1991, não trouxe a paz definitiva que o país --que legou ao mundo de hoje talentos do quilate do escritor Gabriel García Márquez e do pintor Fernando Botero-- tanto almeja. Mas, a despeito de qualquer má notícia da política, a visita a locais como Bogotá e Cartagena, com sua cultura vibrante e arrebatadora, encerra gratas surpresas.

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