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27/09/2004
-
09h15
da Folha de S.Paulo
Nem escadas babilônicas nem dezenas de turistas forçando ao mesmo tempo a cordinha de segurança que protege uma obra de arte. A Frick Collection, em Nova York, um dos museus mais destacados do mundo, tem em sua escala diminuta um grande atrativo.
Próxima ao Metropolitan, a casa com vista para o Central Park conserva o ar elegante que remete ao tempo em que o magnata do aço Henry Clay Frick (1849-1919) morou lá.
Foram seus últimos cinco anos de vida, época em que dividiu os cômodos da residência com sua coleção. Diferentemente de outros grandes museus, a Frick conserva a alma de seu colecionador.
A maneira de dispor as obras pelas 16 galerias da casa são um jogo de analogias entre as obras, sem importar o vínculo histórico ou estilístico entre elas, como retratos de um mesmo personagem pintados por vários artistas.
Da imensa lista de mestres italianos que Frick carregou para seu casarão de estilo neoclássico francês, valem ser destacados, entre outros, a famosa tela de Giovanni Bellini (c.1450-1516), "Êxtase de São Francisco" ou "São João o Evangelista", de Piero della Francesca (1416-1492).
Além de outros nomes consagrados da pintura, como Vermeer, Goya, Rembrandt, ou mesmo uma sala especial só com pinturas de Jean-Honoré Fragonard, chamada de "O Progresso do Amor", há esculturas e peças de arte decorativa espalhadas por todos os ambientes da casa.
Apesar disso, vasos chineses, tapetes, lareiras de mármore e afrescos distribuídos em algumas paredes não chegam a fazer tropeçar o olhar de quem quer ver arte. Ao contrário. A atmosfera mais intimista de bancos, jardins e objetos, que não chegam a ser invasivos na cena, só favorece a reflexão entre uma obra e outra.
Bronze
Apesar de a coleção permanente ser o grande atrativo da casa, a Frick Collection organiza também exposições temporárias. Amanhã será inaugurada a mostra "Bronzes Europeus da Coleção Quentin", com 40 estatuetas européias dos séculos 15 ao 18.
É a primeira vez que a coleção será mostrada ao grande público. A mostra vai até 2 de janeiro e traz peças de mestres italianos como Giambologna e Antonio Susini.
FRICK COLLECTION - East 70th Street. De terça a sábado, das 10h às 18h, e aos domingos, das 13h às 18h. Entrada: US$ 12; www.frick.org.
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LUCRECIA ZAPPIda Folha de S.Paulo
Nem escadas babilônicas nem dezenas de turistas forçando ao mesmo tempo a cordinha de segurança que protege uma obra de arte. A Frick Collection, em Nova York, um dos museus mais destacados do mundo, tem em sua escala diminuta um grande atrativo.
Próxima ao Metropolitan, a casa com vista para o Central Park conserva o ar elegante que remete ao tempo em que o magnata do aço Henry Clay Frick (1849-1919) morou lá.
Foram seus últimos cinco anos de vida, época em que dividiu os cômodos da residência com sua coleção. Diferentemente de outros grandes museus, a Frick conserva a alma de seu colecionador.
A maneira de dispor as obras pelas 16 galerias da casa são um jogo de analogias entre as obras, sem importar o vínculo histórico ou estilístico entre elas, como retratos de um mesmo personagem pintados por vários artistas.
Da imensa lista de mestres italianos que Frick carregou para seu casarão de estilo neoclássico francês, valem ser destacados, entre outros, a famosa tela de Giovanni Bellini (c.1450-1516), "Êxtase de São Francisco" ou "São João o Evangelista", de Piero della Francesca (1416-1492).
Além de outros nomes consagrados da pintura, como Vermeer, Goya, Rembrandt, ou mesmo uma sala especial só com pinturas de Jean-Honoré Fragonard, chamada de "O Progresso do Amor", há esculturas e peças de arte decorativa espalhadas por todos os ambientes da casa.
Apesar disso, vasos chineses, tapetes, lareiras de mármore e afrescos distribuídos em algumas paredes não chegam a fazer tropeçar o olhar de quem quer ver arte. Ao contrário. A atmosfera mais intimista de bancos, jardins e objetos, que não chegam a ser invasivos na cena, só favorece a reflexão entre uma obra e outra.
Bronze
Apesar de a coleção permanente ser o grande atrativo da casa, a Frick Collection organiza também exposições temporárias. Amanhã será inaugurada a mostra "Bronzes Europeus da Coleção Quentin", com 40 estatuetas européias dos séculos 15 ao 18.
É a primeira vez que a coleção será mostrada ao grande público. A mostra vai até 2 de janeiro e traz peças de mestres italianos como Giambologna e Antonio Susini.
FRICK COLLECTION - East 70th Street. De terça a sábado, das 10h às 18h, e aos domingos, das 13h às 18h. Entrada: US$ 12; www.frick.org.
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