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21/10/2004 - 10h34

Monte Verde (MG) põe aventura à mesa

MARGARETE MAGALHÃES
enviada especial da Folha de S.Paulo a Monte Verde(MG)

Depois de pegar os turistas pelo coração e pelo estômago, Monte Verde, distrito mineiro de Camanducaia, a 170 km de São Paulo, que ganhou fama entre paulistanos e paulistas pelo clima romântico de montanha, com seus chalés aconchegantes, apfelstrudel (torta de maçã) e fondues de queijo e de chocolate, mostra que pode agarrar os visitantes pelas pernas e braços. Para tirar melhor proveito durante o final de semana neste rincão mineiro, basta colocá-los para funcionar.

É bom saber que nem todas as atividades exigem um superpreparo de esportista. Há trilhas de nível fácil, intermediário e difícil, clínica de escalada e mountain bike. E, para aqueles mais inclinados a contemplar a paisagem e menos afeitos a se meter em aventuras, há passeios em que dá para pegar uma carona, amenizando o esforço físico.

Várias trilhas estão à espera do turista. As mais difíceis são a do pico do Selado (a 2.080 metros de altitude, a mais alta de Monte Verde) e a da Pedra Partida (2.050 m), que merece uma parada anterior na Pedra Redonda (1.990 m). A trilha do Platô, considerada de nível médio, leva 30 minutos e dali é possível seguir para o Chapéu do Bispo (a 2.030 m). Uma das trilhas fáceis é a do Mirante.

A mais de 1.600 m de altitude e subindo cada vez mais, o visitante rapidamente perceberá a quantas anda o condicionamento físico. "O importante é manter o ritmo", aconselha Paulo Coelho, monitor do hotel Cabeça de Boi.

A grande compensação pelo esforço das pernas é a garantia de ter uma bela vista de Monte Verde ou do Vale do Paraíba e de poder descansar no topo das pedras. Mas não se esqueça de levar um agasalho, pois mesmo depois de muito suar, o vento, a cerca de 2.000 m de altitude, não perdoa.

Balanceando o esforço entre pernas e braços, a Multisport Mantiqueira (www.multisportmantiqueira.com.br; tel.: 0/xx/ 35/3438-2410) organiza clínica de escalada, ensinando as técnicas básicas para o montanhismo e para o rapel (descida com cordas).

Também há um tour de bicicleta de quatro horas -11 km de pedaladas-, acompanhado de um guia. O trajeto de volta é feito de carro. As atividades custam R$ 60 cada uma.

Num esquema em que se poupam um pouco mais as energias, o visitante pode escolher um city tour montado no lombo de um cavalo, a bordo de um jipe ou sobre um quadriciclo.

Mais inusitada do que os dois primeiros, a volta num veículo motorizado pelas ruas de terra de Monte Verde (algumas bem esburacadas) é uma grande diversão, especialmente quando a saída é feita em caravana de amigos.

Nos dez quilômetros rodados durante os 60 minutos de passeio, condutor e garupeiro vivenciam dois momentos. Na versão poética, tendo o verde e as araucárias emoldurando o caminho, a dupla lança um outro olhar sobre a paisagem nas subidas, descidas e curvas do percurso, e desvia de vacas e de cavalos que pastam no meio da estrada. Na menos bucólica, acelera nas ladeiras íngremes, passa por cima do cocô dos animais, levanta poeira e entra nos buracos com poças d'água para enlamear os companheiros de viagem e a si mesmos.

"Quando suja é que o pessoal gosta", confessa Geraldo Pedroso, 38, conhecido por Gera e um dos sócios da Verde Rumo Econaventura (www.verderumo.hpg.com.br, tel. 0/xx/11/9914-3009), que organiza os tours de quadriciclo.

Além da sujeira, no final do passeio o antebraço pode ficar dolorido, porque, durante as manobras, a força recai sobre ele. A volta de quadriciclo custa R$ 90 a hora na baixa temporada e é preciso ter mais de 18 anos e carta de motorista. Antes do tour, os motoristas fazem um treino numa pequena pista antes de sair pelas ruas de terra de Monte Verde.

Para manejar o veículo, Gera passa as instruções. Uma delas é que não se faz o mesmo jogo do corpo que quando se está numa moto. Um guia acompanha o passeio. No verão, coloca-se farol de milha nas máquinas, que entram em ação à noite.

Margarete Magalhães viajou a convite da AHPMV, Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde.

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