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25/11/2004 - 09h00

Berlim - 15 anos: Nostalgia resgata até a comida do Leste

do enviado especial da Folha de S.Paulo a Berlim

Uma das imagens mais fortes da queda do Muro de Berlim, em 1989, é a de jovens alemães, sorriso aberto, brindando à liberdade sobre os escombros de concreto. Passados 15 anos muita gente já percorre o caminho inverso e procura desenterrar memórias de um passado recente que está desaparecendo com a reunificação e a conseqüente ocidentalização da Alemanha comunista.

Em Berlim, você já pode até fazer um tour a bordo de um velho Trabant, um dos carros mais populares do antigo lado oriental. É o "Wild East Tour", que percorre a avenida Karl Marx com seus imensos prédios desocupados e bairros operários que hoje vivem uma transformação urbana.

Se pedir com jeitinho, os funcionários da Trabi Safari até deixam você dirigir um dos Trabant, com câmbio junto à direção e a indefectível fumaça preta saindo do escapamento. O preço (de ?20 a ?30) é um pouco salgado, mas a diversão é garantida.

Na hora do almoço, passe em alguma unidade da rede de supermercados Neto e vá à seção dedicada a produtos que eram fabricados pelo governo comunista. Há bolachas, enlatados e conservas.

Com sorte, pode ser que você encontre um pote de pepinos Spreenwald, os mesmos que o protagonista do filme "Adeus, Lênin" procurou na ficção para sua mãe --uma fervorosa seguidora do regime que ficou em coma durante a queda do Muro e teve o estilo de vida comunista simulado pelos filhos. Não deixe de assistir ao filme antes de viajar.

De noite, por que não encarar uma balada "ostalgie", termo criado para definir a nostalgia dos ossies pelo Leste? As últimas reuniram milhares de jovens ávidos por hinos militares e antigos uniformes escolares da era comunista. Uma busca na internet trará diversos sites com informações e dicas sobre a "ostalgie" --uma onda de nostalgia que lembra as festas "trash 80", nas quais se ouve de Ritchie a Menudo, passando por Dominó e Balão Mágico, e que se tornaram populares nas noitadas brasileiras.

Para quem se interessa por moda de rua, saiba que é possível comprar esses uniformes escolares comunistas --autênticos.

Há desde velhos artigos até modelos novos expostos nas vitrines de lojas descoladas. Da chique avenida Oranienburger à moderninha feira de antigüidades em Friedrichshain, onde os alemães que hoje estão na casa dos 30 anos vendem suas próprias relíquias do Leste. Agora que virou cult, uma camisa da abrigo usada com a logomarca da RDA pode custar até R$ 100.

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