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02/12/2004
-
12h56
Enviado especial a Santa Catarina
A lagoa da Conceição tem programas "de mané". Sem ofensas. Isso não significa que sejam programas "de índio". Pelo contrário. Florianópolis talvez seja o único lugar no Brasil onde "mané" é considerado um elogio. Os moradores locais referem-se a si mesmos muito mais como "manezinhos da ilha" que pelo gentílico florianopolitano.
Os programas "de mané" que os moradores da ilha costumam fazer são praticamente ignorados pelos turistas brasileiros e principalmente pelos estrangeiros.
Um deles é a visita à Costa da Lagoa. O bairro até há pouco tempo sofreu pela falta de alternância gênica. Explica-se: o local era uma remota comunidade de pescadores cujos moradores apresentavam algum grau de parentesco.
Para visitá-la há duas opções: fazer uma caminhada de 45 minutos por uma trilha ou navegar até lá partindo do recém-reformado ancoradouro do rio Vermelho. Os barcos saem de acordo com a chegada dos turistas e transportam no mínimo duas pessoas por vez. Cobram R$ 4 de cada uma.
A principal atração do bairro são os restaurantes, que oferecem frutos do mar, em geral, pescados de manhã e servidos no almoço, mas existe uma outra atividade que engloba suar a camisa, contemplar e saber um pouco mais dos problemas da região.
Não deixe de fazer o passeio de canoa havaiana. A embarcação existe no Brasil desde 2001. Embora tenha chegado a Santa Catarina no ano passado, a história da canoa possui mais de 3.000 anos.
Com 13,6 m de comprimento por 48 cm de largura, a kanaloa, como é batizada a canoa havaiana, tem seis bancos para os passageiros. Não adianta achar que será um passeio exclusivamente contemplativo. A moleza fica para depois. Todos têm a incumbência de remar. No lado esquerdo da embarcação, fica preso um estabilizador de três metros de comprimento, responsável por evitar que a canoa vire. Cada um dos bancos tem uma função específica e determinada pela experiência do remador.
A agência Truzz oferece tanto passeios pela lagoa na embarcação (R$ 10 por hora) quanto cursos. "A diferença é que o curso tem a característica de um treinamento, enquanto o passeio é meramente recreativo e contemplativo", diz Alexey Bevilacqua, o introdutor da embarcação em Florianópolis.
Após obedecer aos comandos de Bevilacqua para remar, vale a pena tomar o suco de limão adoçado com guaraná oferecido pela agência para repor as energias e passar uns minutos descansando e conversando com o instrutor.
Graduado em biologia, o canoísta discorre sobre os problemas da lagoa, como a poluição e eutrofização das águas --fenômeno verificado pelo aumento de vida no local, após obras de ligação da lagoa ao mar.
"Isso gera um crescimento no consumo do oxigênio dissolvido na água, o que acelera a morte da lagoa", explica Bevilacqua.
Para os iniciados, a empresa oferece passeios de canoa no mar (R$ 50 por hora). E, se o turista tiver sorte de visitar a ilha no período da lua cheia, uma das atrações é a remada noturna, cujo preço é o mesmo da saída marítima.
Além da canoagem, a empresa aluga e dá aulas de windsurfe (R$ 35 e R$ 45 por hora, respectivamente). Para os iniciantes, é indicado praticar na lagoa antes de desafiar as ondas.
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Santa Catarina: Na lagoa da Conceição, canoa integra passeio de "mané"
LUÍS FERRARIEnviado especial a Santa Catarina
A lagoa da Conceição tem programas "de mané". Sem ofensas. Isso não significa que sejam programas "de índio". Pelo contrário. Florianópolis talvez seja o único lugar no Brasil onde "mané" é considerado um elogio. Os moradores locais referem-se a si mesmos muito mais como "manezinhos da ilha" que pelo gentílico florianopolitano.
Os programas "de mané" que os moradores da ilha costumam fazer são praticamente ignorados pelos turistas brasileiros e principalmente pelos estrangeiros.
Um deles é a visita à Costa da Lagoa. O bairro até há pouco tempo sofreu pela falta de alternância gênica. Explica-se: o local era uma remota comunidade de pescadores cujos moradores apresentavam algum grau de parentesco.
Para visitá-la há duas opções: fazer uma caminhada de 45 minutos por uma trilha ou navegar até lá partindo do recém-reformado ancoradouro do rio Vermelho. Os barcos saem de acordo com a chegada dos turistas e transportam no mínimo duas pessoas por vez. Cobram R$ 4 de cada uma.
A principal atração do bairro são os restaurantes, que oferecem frutos do mar, em geral, pescados de manhã e servidos no almoço, mas existe uma outra atividade que engloba suar a camisa, contemplar e saber um pouco mais dos problemas da região.
Não deixe de fazer o passeio de canoa havaiana. A embarcação existe no Brasil desde 2001. Embora tenha chegado a Santa Catarina no ano passado, a história da canoa possui mais de 3.000 anos.
Com 13,6 m de comprimento por 48 cm de largura, a kanaloa, como é batizada a canoa havaiana, tem seis bancos para os passageiros. Não adianta achar que será um passeio exclusivamente contemplativo. A moleza fica para depois. Todos têm a incumbência de remar. No lado esquerdo da embarcação, fica preso um estabilizador de três metros de comprimento, responsável por evitar que a canoa vire. Cada um dos bancos tem uma função específica e determinada pela experiência do remador.
A agência Truzz oferece tanto passeios pela lagoa na embarcação (R$ 10 por hora) quanto cursos. "A diferença é que o curso tem a característica de um treinamento, enquanto o passeio é meramente recreativo e contemplativo", diz Alexey Bevilacqua, o introdutor da embarcação em Florianópolis.
Após obedecer aos comandos de Bevilacqua para remar, vale a pena tomar o suco de limão adoçado com guaraná oferecido pela agência para repor as energias e passar uns minutos descansando e conversando com o instrutor.
Graduado em biologia, o canoísta discorre sobre os problemas da lagoa, como a poluição e eutrofização das águas --fenômeno verificado pelo aumento de vida no local, após obras de ligação da lagoa ao mar.
"Isso gera um crescimento no consumo do oxigênio dissolvido na água, o que acelera a morte da lagoa", explica Bevilacqua.
Para os iniciados, a empresa oferece passeios de canoa no mar (R$ 50 por hora). E, se o turista tiver sorte de visitar a ilha no período da lua cheia, uma das atrações é a remada noturna, cujo preço é o mesmo da saída marítima.
Além da canoagem, a empresa aluga e dá aulas de windsurfe (R$ 35 e R$ 45 por hora, respectivamente). Para os iniciantes, é indicado praticar na lagoa antes de desafiar as ondas.
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