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17/02/2005 - 09h58

Texas: Kennedy leva 2 milhões de turistas por ano a Dallas

LUÍS SOUZA
Enviado especial ao Texas (EUA)

Passa do meio-dia de uma sexta-feira ensolarada em Dallas, a cidade que escancara em seu site para turistas (www.visitdallas.com) o fato de ser o destino mais visitado no Texas. Só não é dito o principal motivo disso. Talvez porque a cidade ainda se envergonhe do assassinato do presidente John F. Kennedy, ocorrido aqui mais de 40 anos atrás.

Os funcionários do centro de informações turísticas, contudo, não se acanham em falar disso. Afinal, 2 milhões de visitantes por ano fazem o tour Kennedy. É um passeio que consiste em uma visita aos principais lugares relacionados ao assassinato.

Basicamente, tudo se passou na praça Dealey, em frente à qual o centro de informações turísticas está estrategicamente localizado. Ali desembocam as ruas percorridas pelo cortejo presidencial e fica o prédio de onde vieram os tiros, que hoje abriga um museu. É o ponto alto do tour Kennedy.

O passeio termina geralmente no memorial dedicado ao presidente, a três quarteirões da praça. Um complemento interessante é o museu da Conspiração, também por ali. Os interessados podem reservar do Brasil um tour Kennedy com guia no site www.jfktours.com.

Cidade do ódio

São 12h27. Neste mesmo horário, em outra sexta-feira, 22 de novembro de 1963, o sol também brilhava, e a primeira-dama do Estado, Nellie Connally, dizia ao presidente John F. Kennedy que ninguém poderia afirmar que ele não era amado em Dallas.

Nellie, que estava na mesma limusine do presidente, parecia estar certa. Cerca de 200 mil pessoas saudavam o cortejo presidencial no centro da cidade. Só que três minutos depois, Kennedy seria assassinado, Dallas seria lembrada para sempre por isso, e a área onde tudo ocorreu viraria local de mórbida peregrinação turística.

Com o assassinato, o termo "cidade do ódio" foi popularizado como uma forma de se referir a Dallas. A expressão havia sido cunhada nos anos 1920 pela força do "Ku Klux Klan" (grupo que perseguia e matava negros) e revivida no começo dos anos 1960 pela força política da direita na cidade.

Segundo o "New York Times", logo após o assassinato, o prefeito de Dallas na época recebeu cartas de reprovação do país inteiro. Algumas diziam que a cidade fedia ou que o nome deveria ser mudado para Disgrace (desgraça). Seus cidadãos chegaram a ser expulsos de estabelecimentos no restante do país quando ao acaso falavam de onde vinham. A reação mais branda costumava ser: "Ah! Aquele lugar onde matam presidentes!" Isso os fez sentirem vergonha de morar em Dallas.

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