Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/06/2005 - 12h28

Noruega: Sol reina até de noite em país escandinavo

CLAUDIA PAS
Colaboração para a Folha, da Noruega

Com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo --qualificação que leva em conta a expectativa de vida, a renda per capita e o nível educacional dos países--, a Noruega tem geografia e natureza únicas.

Mais de 75 mil ilhas se espalham ao longo da costa de 1.752 km recortada por fiordes gigantes (golfos escarpados que se estendem desde o mar do Norte até o Ártico). Seu território montanhoso circunda três mares: o do Norte, o da Noruega e o de Barents. O Cabo Norte, o ponto mais setentrional, como o nome sugere, é destino de aventureiros e terra do sol da meia-noite, onde, durante o verão, de meados de maio ao fim de julho, o sol nunca se põe.

Origens

A história do reino da Noruega, país cujo nome significa terra dos homens do norte, remonta à Idade da Pedra. Mas, apesar do longo processo histórico, foi apenas em 7 de junho de 1905 que o país se tornou independente da Suécia, com quem ficou unificado após 1814, depois de mais de 400 anos sob o domínio da Dinamarca.

Em 2005 a Noruega tem muito a comemorar, além do fim da união com a Suécia. Entre outras conquistas, pode celebrar sua posição de destaque entre as nações mais desenvolvidas do mundo. Uma confortável situação econômica, espelhada no seu IDH, proporcionada principalmente pelos recursos obtidos com a indústria do petróleo, permitiu ao país acumular riquezas e se modernizar. Essa independência financeira permite que a Noruega fique fora da União Européia: em dois plebiscitos, realizados em 1972 e 1994, os noruegueses escolheram não participar do bloco.

O país se orgulha de ser a sede do Prêmio Nobel da Paz, de sua tradição na resolução de guerras e conflitos e na reconstrução das nações destruídas por eles.

Oslo é uma capital cosmopolita que oferece qualidade de vida de pequenas cidades. Com pouco mais de 500 mil habitantes, tem o mesmo charme das demais capitais européias e uma beleza rara, pois está localizada dentro do fiorde de Oslo. Reúne a arquitetura moderna a prédios antigos e oferece ao visitante uma vasta confluência de museus.

Ao longo da baía de Oslo estão localizados muitos bares e restaurantes da capital, que fervilham de pessoas de todo o mundo durante os longos dias de verão.

E o melhor: apesar do alto custo de vida, um passeio à Noruega não custa mais do que uma visita a qualquer outro país da União Européia pós-euro.

Centenário

O Reino da Noruega comemora no dia 7 de junho o primeiro centenário do fim da união com a Suécia, que durou de 1814 a 1905. O fim da unificação foi declarado unilateralmente, pela Noruega, no dia 7 de junho de 1905, depois de uma série de eventos políticos que levou à renúncia do então primeiro-ministro pró-Suécia, Christian Michelsen, criando uma oportunidade para que o Parlamento norueguês agisse pela independência.

Nesse dia o Parlamento anunciou que não aceitaria mais a autoridade do rei sueco, Oscar 2º, tomou para si o poder de governo e dissolveu a união.

A decisão norueguesa surpreendeu a Suécia e espalhou um clima de guerra pela Europa. Uma eventual reação negativa do governo sueco teria levado a um confronto militar entre as duas nações, pois os noruegueses estavam dispostos a lutar. Essa guerra nunca aconteceu, apesar da forte pressão da imprensa e dos políticos conservadores suecos.

A Suécia aceitou o fim da união em um acordo acertado entre os parlamentos dos dois países, segundo o qual um plebiscito nacional deveria ser convocado na Noruega.

Em 13 de agosto de 1905 os noruegueses votaram e decidiram pela independência. No dia 16 de outubro do mesmo ano, o Parlamento sueco aprovou a independência norueguesa e, no dia 27, o rei Oscar 2º abdicou o trono do país.

Líderes políticos republicanos foram fundamentais no movimento pela independência, mas, contrariando a forte tendência republicana, os noruegueses decidiram manter a monarquia em um novo plebiscito, realizado em 12 de novembro de 1905. Para esse resultado, foi decisivo o apoio dado pelo Reino Unido à Noruega, influenciando até mesmo os líderes republicanos, que, curiosamente, também defenderam a monarquia.

O príncipe Carl, da Dinamarca, que tinha ascendência norueguesa, foi escolhido para ocupar o trono. Casado com a princesa Maud, da Inglaterra, terceira filha do rei Edward 7º, foi coroado em 22 de junho de 1906, na catedral de Nidaros, em Trondheim, assumindo o nome de Hakoon 7º.

Leia mais
  • Noruega: Museus do centro concentram obras raras e preciosas
  • Noruega: Bela e luminosa, Oslo concentra atrações na orla
  • Confira algumas opções de pacotes para a Noruega

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre turismo na Noruega

    Guias
  • Guia Visual resume a Europa em 20 países
  • Conheça o Guia de Conversação - Europa
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade