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09/06/2005
-
11h01
Enviado especial a Nova York
Tim Zagat, 64, impera soberano no ramo dos guias de restaurantes nos EUA. Nova-iorquino até o estômago, ele tem uma aparência física e uma inteligência irrequietas que lembram as do jornalista Paulo Francis (1930-1997).
Graduado em direito, fala alto e grave. E fala bastante: "Nós não somos o "Michelin'", afirma, fazendo referência aos guias franceses de capa vermelha que avaliam com estrelas os restaurantes onde atuam os chefs de cozinha mais famosos do mundo.
"Nós ajudamos o consumidor a escolher", diz ele, para quem "as pessoas não dão a mínima para estrelas, querem é saber onde podem comer e quanto vão pagar antes de voltar para casa".
De fato, os guias "Zagat" não se atêm à qualidade da comida, dando notas de zero a 30 para os quesitos mercadoria, apresentação e serviço, classificando ainda o custo como I ("inexpensive", ou barato), M ("moderate", ou moderado), E ("expensive", ou caro) e VE ("very expensive", ou caríssimo). E, desde os restaurantes mais chiques até as bibocas mais infames, passando por rotisserias e lojas de comida, praticamente não há local em Nova York que não tenha na vitrina o adesivo "Zagat Rated".
Leia a seguir trechos de impressões colhidas pela Folha enquanto Tim Zagat visitava, com um grupo de jornalistas de diversos países, alguns dos restaurantes do novo prédio Time Warner Center diante do Columbus Circle, numa esquina do Central Park.
NOVA YORK - "Os guias "Zagat" ajudam a escolher -e estão em 71 cidades do mundo, incluindo 26 metrópoles da Europa e Tóquio. Agora mesmo estou indo para a China, mas considero Nova York a cidade número um para comer. Há mais restaurantes aqui que em qualquer outro lugar dos EUA, talvez mais que em qualquer lugar do planeta. Quer saber qual é o restaurante de que eu mais gosto? Do que o público gosta."
ESCOLHAS - "Cada dia as pessoas têm desejos gastronômicos diferentes: de comer comida chinesa, francesa, pizza. Tudo depende de quanto se quer gastar e do que se quer comer. Entre os 17 mil restaurantes de Nova York, há algo como 93 tipos de cozinha. Em 1979, haviam 19. Sempre que alguém me pergunta em que gênero investir, respondo: que preencha as lacunas. Hoje os pratos feitos no vapor estão na moda --e as frituras estão sendo banidas. Há alguns anos, se dissesse que há restaurantes que servem tigelas de arroz coberto com acompanhamentos cozidos no vapor, iam dizer isso era comida de cachorro."
TIME WARNER CENTER - "Mesmo os nova-iorquinos se sentem turistas nesse prédio novo, onde há restaurantes ultrachiques como o japonês Masa, o franco-nipônico Asiate, o The Gray e o Per Se. O Per Se, aliás, é do grupo do bistrô French Laundry, de Napa Valley, local onde se instalou a indústria vinícola da Califórnia. Nesse Per Se reservar uma mesa pode demorar um mês. Sua cozinha custou US$ 13 milhões (antes havia uma de US$ 15 milhões, mas ela pegou fogo e foi substituída por essa). E há o Masa, onde sentam 26 pessoas, o japonês mais caro dos EUA, pois o chef Takayama manda os ingredientes virem especialmente do Japão."
COLUMBUS CIRCLE - "As obras em Columbus Circle, onde há a rotatória com a estátua de Colombo no centro, diante do prédio Time Warner, estão demorando muito, mostrando ineficiência do governo, que já gastou muito dinheiro em seis anos. Mas o conjunto impressiona. Tem, além de restaurantes, lojas chiques e um grande supermercado, coisa rara aqui, onde imperam pequenas lojas que vendem comida."
Silvio Cioffi viajou a convite da consultoria em hotelaria X-Mart, da Continental Airlines e da Travel Industry Association of America (TIA)
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SILVIO CIOFFIEnviado especial a Nova York
Tim Zagat, 64, impera soberano no ramo dos guias de restaurantes nos EUA. Nova-iorquino até o estômago, ele tem uma aparência física e uma inteligência irrequietas que lembram as do jornalista Paulo Francis (1930-1997).
S.Cioffi/Folha Imagem |
Time Warner Center, sede do hotel Mandarin |
"Nós ajudamos o consumidor a escolher", diz ele, para quem "as pessoas não dão a mínima para estrelas, querem é saber onde podem comer e quanto vão pagar antes de voltar para casa".
De fato, os guias "Zagat" não se atêm à qualidade da comida, dando notas de zero a 30 para os quesitos mercadoria, apresentação e serviço, classificando ainda o custo como I ("inexpensive", ou barato), M ("moderate", ou moderado), E ("expensive", ou caro) e VE ("very expensive", ou caríssimo). E, desde os restaurantes mais chiques até as bibocas mais infames, passando por rotisserias e lojas de comida, praticamente não há local em Nova York que não tenha na vitrina o adesivo "Zagat Rated".
Leia a seguir trechos de impressões colhidas pela Folha enquanto Tim Zagat visitava, com um grupo de jornalistas de diversos países, alguns dos restaurantes do novo prédio Time Warner Center diante do Columbus Circle, numa esquina do Central Park.
NOVA YORK - "Os guias "Zagat" ajudam a escolher -e estão em 71 cidades do mundo, incluindo 26 metrópoles da Europa e Tóquio. Agora mesmo estou indo para a China, mas considero Nova York a cidade número um para comer. Há mais restaurantes aqui que em qualquer outro lugar dos EUA, talvez mais que em qualquer lugar do planeta. Quer saber qual é o restaurante de que eu mais gosto? Do que o público gosta."
ESCOLHAS - "Cada dia as pessoas têm desejos gastronômicos diferentes: de comer comida chinesa, francesa, pizza. Tudo depende de quanto se quer gastar e do que se quer comer. Entre os 17 mil restaurantes de Nova York, há algo como 93 tipos de cozinha. Em 1979, haviam 19. Sempre que alguém me pergunta em que gênero investir, respondo: que preencha as lacunas. Hoje os pratos feitos no vapor estão na moda --e as frituras estão sendo banidas. Há alguns anos, se dissesse que há restaurantes que servem tigelas de arroz coberto com acompanhamentos cozidos no vapor, iam dizer isso era comida de cachorro."
TIME WARNER CENTER - "Mesmo os nova-iorquinos se sentem turistas nesse prédio novo, onde há restaurantes ultrachiques como o japonês Masa, o franco-nipônico Asiate, o The Gray e o Per Se. O Per Se, aliás, é do grupo do bistrô French Laundry, de Napa Valley, local onde se instalou a indústria vinícola da Califórnia. Nesse Per Se reservar uma mesa pode demorar um mês. Sua cozinha custou US$ 13 milhões (antes havia uma de US$ 15 milhões, mas ela pegou fogo e foi substituída por essa). E há o Masa, onde sentam 26 pessoas, o japonês mais caro dos EUA, pois o chef Takayama manda os ingredientes virem especialmente do Japão."
COLUMBUS CIRCLE - "As obras em Columbus Circle, onde há a rotatória com a estátua de Colombo no centro, diante do prédio Time Warner, estão demorando muito, mostrando ineficiência do governo, que já gastou muito dinheiro em seis anos. Mas o conjunto impressiona. Tem, além de restaurantes, lojas chiques e um grande supermercado, coisa rara aqui, onde imperam pequenas lojas que vendem comida."
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