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23/06/2005
-
11h03
Enviado especial à África do Sul
Antes do amanhecer e depois do pôr-do-sol. São nesses horários que os bichos saem para se alimentar e beber água. E a chance de ver um "game", como eles são chamados, aumenta.
O traje para o passeio no amanhecer é o maior número de casacos possível. As camadas são tiradas conforme o sol aquece. No fim da tarde, o processo é o contrário: leve os casacos e se vista à medida que o sol se põe. A temperatura cai dos 25ºC no começo do passeio para uma sensação próxima de 0ºC no fim.
Cada jipe carrega quatro pessoas e é dirigido por um ranger. No começo, qualquer antílope que cruze o caminho é uma glória e motiva festa e muitas fotos.
Mas, apesar da empolgação, a ansiedade mesmo é para ver um dos animais grandes, como o leão, o elefante e o búfalo. Eles demoram a aparecer, e o temor de não ver nada aumenta.
Os rangers ficam antenados: trocam informações pelo rádio com colegas, que indicam onde há, por exemplo, um leão.
Leões podem ser vistos a menos de cinco metros de distância. Ao contrário do que se pode imaginar, eles não parecem ameaçadores. O ranger pede apenas para que ninguém fique de pé e muito menos desça do carro.
Segundo o guia, os animais estão acostumados ao jipe -vêem o carro como algo compacto. Já uma pessoa só pode ser vista como uma presa.
Cenas raras tornam o passeio ainda mais fantástico: uma família formada por mais de 40 elefantes, com muitos filhotes, caminha no pôr-do-sol.
O safári continua com pouca luz. Mas é o suficiente para avistar um grupo de rinocerontes ou ser acompanhado por uma girafa que parece estar desfilando.
Depois de ter visto tantos bichos, é comum o grupo passar batido, sem parar, por um grupo de zebras, por exemplo.
Dos olhos para a boca
Em geral, após o desembarque no lodge, há tempo apenas para um banho e um descanso rápido. Já que, à noite, o hotel organiza um churrasco de carne de caça conhecido como boma.
São servidas carnes de avestruz, antílope e outros animais. Os pratos são saborosos, mas é um pouco indigesto pensar que se está comendo a carne de bichinhos que acabaram de ser vistos saltitando alegremente durante o dia.
Mas assim é a cadeia alimentar, que qualquer um que assistiu ao "Rei Leão" sabe como funciona.
O antílope tem um gosto parecido ao do cordeiro. Já o do avestruz lembra o bife comum, porém um pouco mais adocicado.
No dia seguinte, às 4h, o telefone toca para um novo safári. E mais uma cena memorável: um grupo de leões devora um antílope.
Outro leão dorme sossegadão. Segundo o guia, ele comeu mais de 40 kg e só repetirá a dose uma semana depois. O bicho parece tão inofensivo que dá até vontade de fazer carinho na cabeça dele.
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GUSTAVO CHACRAEnviado especial à África do Sul
Antes do amanhecer e depois do pôr-do-sol. São nesses horários que os bichos saem para se alimentar e beber água. E a chance de ver um "game", como eles são chamados, aumenta.
O traje para o passeio no amanhecer é o maior número de casacos possível. As camadas são tiradas conforme o sol aquece. No fim da tarde, o processo é o contrário: leve os casacos e se vista à medida que o sol se põe. A temperatura cai dos 25ºC no começo do passeio para uma sensação próxima de 0ºC no fim.
Cada jipe carrega quatro pessoas e é dirigido por um ranger. No começo, qualquer antílope que cruze o caminho é uma glória e motiva festa e muitas fotos.
Mas, apesar da empolgação, a ansiedade mesmo é para ver um dos animais grandes, como o leão, o elefante e o búfalo. Eles demoram a aparecer, e o temor de não ver nada aumenta.
Os rangers ficam antenados: trocam informações pelo rádio com colegas, que indicam onde há, por exemplo, um leão.
Leões podem ser vistos a menos de cinco metros de distância. Ao contrário do que se pode imaginar, eles não parecem ameaçadores. O ranger pede apenas para que ninguém fique de pé e muito menos desça do carro.
Segundo o guia, os animais estão acostumados ao jipe -vêem o carro como algo compacto. Já uma pessoa só pode ser vista como uma presa.
Cenas raras tornam o passeio ainda mais fantástico: uma família formada por mais de 40 elefantes, com muitos filhotes, caminha no pôr-do-sol.
O safári continua com pouca luz. Mas é o suficiente para avistar um grupo de rinocerontes ou ser acompanhado por uma girafa que parece estar desfilando.
Depois de ter visto tantos bichos, é comum o grupo passar batido, sem parar, por um grupo de zebras, por exemplo.
Dos olhos para a boca
Em geral, após o desembarque no lodge, há tempo apenas para um banho e um descanso rápido. Já que, à noite, o hotel organiza um churrasco de carne de caça conhecido como boma.
São servidas carnes de avestruz, antílope e outros animais. Os pratos são saborosos, mas é um pouco indigesto pensar que se está comendo a carne de bichinhos que acabaram de ser vistos saltitando alegremente durante o dia.
Mas assim é a cadeia alimentar, que qualquer um que assistiu ao "Rei Leão" sabe como funciona.
O antílope tem um gosto parecido ao do cordeiro. Já o do avestruz lembra o bife comum, porém um pouco mais adocicado.
No dia seguinte, às 4h, o telefone toca para um novo safári. E mais uma cena memorável: um grupo de leões devora um antílope.
Outro leão dorme sossegadão. Segundo o guia, ele comeu mais de 40 kg e só repetirá a dose uma semana depois. O bicho parece tão inofensivo que dá até vontade de fazer carinho na cabeça dele.
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