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30/06/2005
-
10h30
Enviada especial Folha de S.Paulo às cidades históricas (MG)
Uma viagem por Minas Gerais, do Parque Natural do Caraça, nos municípios de Santa Bárbara e Catas Altas, rumo a Ouro Preto, parando em Mariana, ganha ares de déjà vu conforme se alcança a próxima cidade.
Os 102 km desse trecho religioso pertencente à Estrada Real mostram um entrelaçamento da história dessas localidades. Liga-se o Caraça --um parque de 11 mil hectares, onde já funcionou um colégio e que guarda uma igreja neogótica encravada na serra do Espinhaço-- a Ouro Preto, patrimônio histórico da humanidade pela Unesco desde 1980.
Para os que quiserem seguir as estradas nas quais os bandeirantes passaram nos séculos 17 e 18, há 50 km de terra entre Catas Altas e Mariana, atravessando Santa Rita Durão, Bento Rodrigues e Camargos. Todas as cidades se beneficiaram, cresceram e decaíram com a mineração. Fizeram parte da antiga Estrada Real e contemplam igrejas e obras barrocas de destaque para as artes.
Começando pelo Caraça, parque-santuário fundado no século 18, as trilhas feitas no início do roteiro são um aquecimento para o destino final. Ouro Preto requer boas pernas para encarar as subidas e descidas que desbravam as igrejas barrocas.
Durante o percurso, o viajante se dá conta das várias repetições. Embora a explosão dos anjos barrocos, o douramento das igrejas e as peças de Aleijadinho sejam vistos em Ouro Preto, em todo o trajeto há traços recorrentes e obras de Antônio Francisco Lisboa, como o Cristo na igreja matriz de Catas Altas. No caminho, vêem-se igrejas até homenageando os mesmos santos, como é o caso de são Francisco, que tem templos em Mariana e em Ouro Preto.
Os rastros de pintor, entalhador e dourador Manoel da Costa Athayde, que começam com a "A Ceia do Caraça", na igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, terminam na sua obra-mor, presente no forro da igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, na antiga Vila Rica, passando pelo forro da igreja matriz de Santo Antônio, em Santa Bárbara, e pelas pinturas do arco do cruzeiro da matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas.
Pena que na cidade natal de Athayde, Mariana, sua grande obra tenha virado pó no incêndio de 1999. A igreja Nossa Senhora do Carmo, após R$ 2 milhões gastos para reconstrução, quer ser um exemplo de segurança para outros templos de valor histórico.
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MARGARETE MAGALHÃESEnviada especial Folha de S.Paulo às cidades históricas (MG)
Uma viagem por Minas Gerais, do Parque Natural do Caraça, nos municípios de Santa Bárbara e Catas Altas, rumo a Ouro Preto, parando em Mariana, ganha ares de déjà vu conforme se alcança a próxima cidade.
Os 102 km desse trecho religioso pertencente à Estrada Real mostram um entrelaçamento da história dessas localidades. Liga-se o Caraça --um parque de 11 mil hectares, onde já funcionou um colégio e que guarda uma igreja neogótica encravada na serra do Espinhaço-- a Ouro Preto, patrimônio histórico da humanidade pela Unesco desde 1980.
Para os que quiserem seguir as estradas nas quais os bandeirantes passaram nos séculos 17 e 18, há 50 km de terra entre Catas Altas e Mariana, atravessando Santa Rita Durão, Bento Rodrigues e Camargos. Todas as cidades se beneficiaram, cresceram e decaíram com a mineração. Fizeram parte da antiga Estrada Real e contemplam igrejas e obras barrocas de destaque para as artes.
Começando pelo Caraça, parque-santuário fundado no século 18, as trilhas feitas no início do roteiro são um aquecimento para o destino final. Ouro Preto requer boas pernas para encarar as subidas e descidas que desbravam as igrejas barrocas.
Durante o percurso, o viajante se dá conta das várias repetições. Embora a explosão dos anjos barrocos, o douramento das igrejas e as peças de Aleijadinho sejam vistos em Ouro Preto, em todo o trajeto há traços recorrentes e obras de Antônio Francisco Lisboa, como o Cristo na igreja matriz de Catas Altas. No caminho, vêem-se igrejas até homenageando os mesmos santos, como é o caso de são Francisco, que tem templos em Mariana e em Ouro Preto.
Os rastros de pintor, entalhador e dourador Manoel da Costa Athayde, que começam com a "A Ceia do Caraça", na igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, terminam na sua obra-mor, presente no forro da igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, na antiga Vila Rica, passando pelo forro da igreja matriz de Santo Antônio, em Santa Bárbara, e pelas pinturas do arco do cruzeiro da matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas.
Pena que na cidade natal de Athayde, Mariana, sua grande obra tenha virado pó no incêndio de 1999. A igreja Nossa Senhora do Carmo, após R$ 2 milhões gastos para reconstrução, quer ser um exemplo de segurança para outros templos de valor histórico.
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